Humanidades

Aluz do COVID-19, o estudo analisa as compensações entre valor econa´mico e saúde pública
Os bancos tem o melhor desempenho no estudo, sendo economicamente significativos e relativamente pouco lotados.
Por Peter Dizikes, - 12/06/2020

Doma­nio paºblico

Bancos e livrarias. Academias e sucos. Consulta³rios odontola³gicos e lojas de departamento. A crise do COVID-19 fechou alguns tipos de nega³cios, enquanto outros permaneceram abertos. Mas quais lugares representam as melhores e as piores compensações, em termos de benefa­cios econa´micos e riscos a  saúde?

Um novo estudo realizado por pesquisadores do MIT utiliza uma variedade de dados sobre atividades de consumidores e nega³cios para resolver essa questão, medindo 26 tipos de nega³cios, tanto por sua utilidade quanto por seu risco. Formas vitais de comanãrcio relativamente desertas são as melhores do estudo; tipos menos significativos de empresas que geram multidaµes apresentam desempenho pior. Os resultados podem ajudar a informar as decisaµes políticas de funciona¡rios do governo durante a pandemia em andamento.

Por acaso, os bancos tem o melhor desempenho no estudo, sendo economicamente significativos e relativamente pouco lotados.

"Os bancos tem um impacto econa´mico desproporcional e tendem a ser Espaços maiores que as pessoas visitam de vez em quando", diz Seth G. Benzell, pa³s-doutorado na Iniciativa MIT sobre Economia Digital (IDE) e co-autor de um artigo publicado Quarta-feira que descreve o estudo. De fato, no estudo, os bancos estãoem primeiro lugar em importa¢ncia econa´mica, dentre os 26 tipos de nega³cios , mas apenas em 14º em risco.

Por outro lado, outros tipos de nega³cios criam muito mais aglomeração e tem muito menos importa¢ncia econa´mica. Isso inclui lojas de bebidas e tabaco; lojas de artigos esportivos; cafanãs, sucos e sobremesas; e academias. Todos eles estãona metade inferior das classificações de importa¢ncia econa´mica do estudo. Ao mesmo tempo, cafanãs, sucos e sobremesas, juntos, ocupam o terceiro lugar entre os 26 tipos de nega³cios em risco, enquanto os gina¡sios são os quintos de maior risco de acordo com as manãtricas do estudo - que incluem dados de localização de celulares, revelando como empresas americanas lotadas ficam.

"Os formuladores de políticas não estãodando explicações claras sobre como estãotomando suas decisaµes", diz Avinash Collis Ph.D. '20, economista treinado pelo MIT e coautor do novo artigo. "a‰ por isso que queremos fornecer um guia de políticas mais orientado a dados".

E se a pandemia do COVID-19 piorar novamente, a pesquisa podera¡ se aplicar novamente a s empresas fechadas.

"Nãose trata apenas de quais locais devem reabrir primeiro", diz Christos Nicolaides Ph.D. '14, pesquisador digital do IDE e co-autor do estudo. "Vocaª também pode vaª-lo da perspectiva de quais locais devem fechar primeiro, em outra onda futura do COVID-19".
 
O artigo, "Racionando o contato social durante a pandemia de COVID-19: risco de transmissão e benefa­cios sociais da localização nos EUA", aparece em Anais da Academia Nacional de Ciências , com Benzell, Collis e Nicolaides como autores. Benzell estãoprestes a comea§ar uma nova posição como professor assistente na Chapman University; em julho, Collis se tornara¡ professor assistente na Universidade do Texas em Austin; Nicolaides também émembro do corpo docente da Universidade de Chipre.

Risco cumulativo

Para conduzir o estudo, a equipe examinou dados de localização anonimizados de 47 milhões de celulares, de janeiro de 2019 a mara§o de 2020. Os dados inclua­ram visitas a 6 milhões de locais de nega³cios distintos nos EUA. Os 26 tipos de nega³cios do estudo representaram 57% deles visitas, o que significa que o estudo cobre uma ampla faixa da economia.

Ao examinar os dados de localização por um período prolongado, os pesquisadores conseguiram determinar qual éonívelta­pico de aglomeração para todos os tipos de nega³cios no estudo.

O estudo também utilizou dados de folha de pagamento, receita e emprego do US Census Bureau para avaliar a centralidade de diferentes setores na economia. As empresas no estudo representaram 1,43 milha£o de empresas, 32 milhões de funciona¡rios, US $ 1,1 trilha£o em folha de pagamento e US $ 5,6 trilhaµes em receita. Os pesquisadores também adicionaram uma pesquisa com 1.099 pessoas para avaliar as preferaªncias do paºblico sobre diferentes tipos de nega³cios.

Uma chave para a abordagem dos pesquisadores éreconhecer que, durante a pandemia, muitos consumidores estãotentando limitar as viagens que geram interação com estranhos, enquanto ainda precisam realizar transações aºteis e essenciais.

Como observa Benzell, "a idanãia era: como podemos pensar em racionar contatos sociais de uma maneira que nos daª o melhor retorno possí­vel, em termos de reuniaµes, mantendo o risco de transmissão COVID o mais baixo possí­vel?"

O estudo também classifica o risco com base na exposição pública agregada, por tipo de empresa. Individualmente, passar algumas horas em um cinema com estranhos pode parecer bastante arriscado. Mas em fevereiro de 2020, os cinemas tiveram cerca de 17,6 milhões de visitas de consumidores nos EUA, enquanto os restaurantes sentados tiveram quase 900 milhões de visitas no mesmo maªs. Como categoria de nega³cios, os restaurantes sentados provavelmente gerariam muito mais transmissão total do COVID-19.

"Nãoéum perigo por visita, mas éum perigo cumulativo", explica Nicolaides. "Se vocêolha para as salas de cinema, elas parecem perigosas, mas muitas pessoas não va£o ao cinema todos os dias ... e os restaurantes são um bom exemplo."

Outlier: lojas de bebidas permanecem abertas

Em muitos casos, dizem os pesquisadores, os formuladores de políticas tomaram decisaµes razoa¡veis ​​sobre quais tipos de nega³cios devem ser abertos e fechados. Mas háexceções a isso. Pegue lojas de bebidas alcoa³licas, que foram consideradas um nega³cio "essencial" em muitos estados dos EUA.

"O que realmente nos impressiona são as lojas de bebidas e tabaco", diz Benzell. "A maioria dos estados permitiu que as lojas de bebidas permanecessem abertas. Isso éum pouco ruim da nossa perspectiva, porque as lojas de bebidas não criam muito valor social. Se vocêperguntar a s pessoas quais lojas elas querem abrir, lojas de bebidas estãoperto do final da lista. Eles não tem muitos recibos ou funciona¡rios e tendem a ser esses lugares pequenos e cheios de gente, onde as pessoas se enfrentam tentando navegar ".

No estudo, as lojas de bebidas classificam 20 dos 26 tipos de nega³cios em importa¢ncia econa´mica, mas o 12º em maior risco.

Por outro lado, os pesquisadores são mais otimistas quanto a  dina¢mica da saúde pública de faculdades e universidades, que classificam em 8º dos 26 tipos de nega³cios em importa¢ncia econa´mica, mas apenas em 17º em termos de risco. Se os arranjos de moradia no campus pudessem ser mais seguros, pensam os pesquisadores, as outras partes da vida universita¡ria poderiam oferecer condições relativamente razoa¡veis.

"Faculdades e universidades realmente tem o potencial de oferecer bons compromissos de contato social", diz Benzell. "Eles tendem a ser locais com grandes campi, tendem a ser [compostos por] consistentemente o mesmo grupo de jovens, visitando os mesmos lugares. Quando as pessoas estãopreocupadas com faculdades e universidades, estãopreocupadas principalmente com dormita³rios e festas, pessoas são infectadas dessa maneira, e isso éjusto o suficiente. Mas [para] pesquisa e ensino, esses são grandes Espaços, com grupos bastante modestos de pessoas que produzem muito valor econa´mico e social ".

Os estudiosos observam que o estudo contanãm classificações nacionais e reconhecem que também pode haver alguma variação regional em vigor.

"Se um governo local quiser aplicar este documento [a s suas políticas], pode ser uma ideia melhor inserir seus pra³prios dados para tomar decisaµes", diz Nicolaides. Dito isto, o estudo não indicou resultados significativamente diferentes para ambientes urbanos e rurais, algo que os pesquisadores avaliaram.

Certamente, algumas empresas estãose adaptando a  pandemia usando novos protocolos ou medidas de segurança , como clientes limitados em salaµes de cabeleireiro ou divisãorias de segurança nos caixas dos supermercados. Estudar estabelecimentos comerciais com essas medidas de segurança também seria valioso, observam os estudiosos.

"No futuro, um exerca­cio interessante seria ver quanto perigosos esses locais são quando vocêimplementa essas estratanãgias de mitigação". Diz Collis. "Essas são todas questões interessantes em aberto, para ver quais nega³cios se adaptam. E algumas dessas adaptações provavelmente sera£omudanças tempora¡rias, mas outras prática s de nega³cios podem permanecer na era da COVID".

 

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