Humanidades

Intervenções simples podem ajudar as pessoas a encontrar manchetes falsas
Mas ajudar as pessoas a identificar informaa§aµes nefastas on-line pode ser possí­vel por meio do alcance da alfabetizaa§a£o de ma­dia digital de baixo custo, de acordo com um estudo liderado pela Universidade de Princeton,
Por Universidade de Princeton - 22/06/2020


Ajudar as pessoas a identificar informações nefastas on-line pode ser possí­vel por meio
de um alcance econa´mico de alfabetização de ma­dia digital.
Crédito: Egan Jimenez, Universidade de Princeton

A avalanche de conteaºdo on-line dispona­vel para pessoas de todo o mundo ultrapassou a capacidade dos humanos de separar fatos do que pode ser ficção altamente ta³xica e atéperigosa.

Mas ajudar as pessoas a identificar informações nefastas on-line pode ser possí­vel por meio do alcance da alfabetização de ma­dia digital de baixo custo, de acordo com um estudo liderado pela Universidade de Princeton, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) .

Uma equipe de pesquisadores estudou os esforços do Facebook para educar os usuários sobre como identificar desinformação. Depois de serem expostas a dicas sobre como identificar informações erradas, as pessoas nos Estados Unidos e na andia eram menos propensas a dizer que uma manchete falsa era verdadeira.

Os pesquisadores também descobriram, no entanto, que a capacidade das pessoas de detectar informações erra´neas enfraqueceu-se ao longo do tempo, levando os autores a concluir que a alfabetização digital precisa ser ensinada com regularidade.

"A maioria das pessoas luta para avaliar com segurança a qualidade das informações que encontra online, mesmo nas condições mais ideais", disse Andy Guess, professor assistente de pola­tica e assuntos paºblicos. "Isso ocorre porque eles não possuem as habilidades e conhecimentos necessa¡rios para distinguir entre conteaºdo de nota­cias de alta e baixa qualidade. Conclua­mos que o esfora§o para promover a alfabetização digital pode melhorar a capacidade das pessoas de avaliar a precisão do conteaºdo on-line"

Os colaboradores de Guess foram Michael Lerner da Universidade de Michigan, Benjamin Lyons da Universidade de Utah, Jacob M. Montgomery da Universidade de Washington em St. Louis, Brendan Nyhan da Dartmouth College, Jason Reifler da Universidade de Exeter e Neelanjan Sircar de Ashoka. Universidade.

Este estudo estãoentre os primeiros a explorar sistematicamente o papel dos danãficits em alfabetização de ma­dia digital.

A equipe originalmente se propa´s a explorar por que as pessoas são vitimas de desinformação, selecionando os Estados Unidos e a andia, pois os doispaíses lutam com campanhas de desinformação (especialmente durante as eleições nacionais).

A equipe analisou os efeitos das "Dicas para detectar nota­cias falsas" do Facebook, que apareceram no topo dos feeds de nota­cias dos usuários em 14países em abril de 2017. A lista também foi impressa como um anaºncio de pa¡gina inteira em muitos jornais dos EUA e uma versão apareceu na andia também.
 
Essas dicas provavelmente foram a intervenção de alfabetização de ma­dia digital mais amplamente distribua­da. Eles também não são excessivamente complexos, permitindo uma rápida tomada de decisaµes. Por exemplo, uma dica alerta os leitores a serem canãticos em relação a s manchetes, alertando que, se as reivindicações parecem inacredita¡veis, provavelmente são.

Os pesquisadores então empregaram um "design de painel de duas ondas", estudando o mesmo grupo de pessoas imediatamente após a exposição a s dicas e novamente várias semanas depois, permitindo que eles vissem se os esforços de alfabetização de ma­dia digital se enraizaram ao longo do tempo.

Os participantes foram expostos a s dicas e, em seguida, apresentados com a mesma sanãrie de manchetes simuladas, avaliadas pela precisão. As manchetes foram equilibradas em termos de meios de comunicação partida¡rios, bem conhecidos e menos conhecidos, bem como conteaºdo de baixa qualidade e mainstream. Embora as dicas fossem oferecidas aos entrevistados, elas não podiam ser forçadas a laª-las, então os pesquisadores levaram isso em consideração na modelagem.

Esse projeto de duas ondas foi realizado on-line nos EUA e na andia, embora entrevistas pessoais também tenham sido realizadas em áreas rurais da andia, onde hámaior polarização religiosa e risco potencialmente maior de disseminação de informações erradas.

A equipe descobriu que a intervenção melhorou a capacidade das pessoas de discernir entre as manchetes das principais nota­cias e as falsas em 26,5% nos EUA e 17,5% na andia. Nos EUA, isso diminuiu, mas permaneceu mensura¡vel várias semanas depois. Um tera§o dos participantes também tinha maior probabilidade de apontar um tí­tulo menos preciso. Suas classificações de ta­tulos falsos como "muito precisas" ou "um pouco precisas" passaram de 32% para 24%.

Embora os resultados on-line entre os doispaíses tenham sido semelhantes, as entrevistas pessoais da andia renderam resultados diferentes. Nãohavia evidaªncias de que a exposição a s dicas aumentasse a precisão percebida dos principais artigos de nota­cias. Dito isto, este grupo tinha muito menos experiência na avaliação de nota­cias on-line, disseram os pesquisadores.

Os pesquisadores listaram algumas advertaªncias com seu trabalho. Primeiro, os efeitos foram modestos e a intervenção não eliminou completamente a crena§a nas manchetes das nota­cias falsas. Os efeitos também diminua­ram com o tempo, sugerindo a necessidade de reforço regular dessas lições. Por fim, não estãoclaro se todo mundo realmente leu as dicas.

Ainda assim, o estudo oferece oportunidades para pesquisas futuras. Em vez de usar uma intervenção feita por uma empresa de tecnologia, os acadaªmicos poderiam tomar isso por suas próprias ma£os, amostrando pessoas de outrospaíses e contextos eleitorais. Da mesma forma, modelos de treinamento mais intensivos podem ser usados ​​para verificar se os efeitos são mais dura¡veis.

"Nãovemos nenhuma razãopara que isso não funcione para qualquer tipo de desinformação. Atualmente, existem fontes que espalham informações enganosas ou atéperigosas sobre o Covid-19 sobre medidas de proteção, vacinas e curas milagrosas. Acreditamos que essa intervenção poderia funcionar na saúde pública. doma­nio também ", disse Guess.

O artigo, "Uma intervenção em alfabetização de ma­dia digital aumenta o discernimento entre as principais nota­cias e as nota­cias falsas nos Estados Unidos e na andia", foi publicado nesta segunda-feira, 22, no PNAS on line.

 

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