Humanidades

Um quarto de bilha£o de criana§as sem educação, segundo relatório da ONU
Criana§as de comunidades mais pobres , além de meninas, deficientes, imigrantes e minorias anãtnicas estavam em desvantagem educacional distinta em muitospaíses, afirmou a UNESCO, organizaa§a£o de educação da ONU sediada em Paris
Por ONU - 23/06/2020

Doma­nio paºblico

Quase 260 milhões de criana§as não tiveram acesso a  educação em 2018, disse uma agaªncia das Nações Unidas em um relatório divulgado na tera§a-feira que culpava a pobreza e a discriminação pelas desigualdades educacionais que estãosendo exacerbadas pelo surto de coronava­rus.

Criana§as de comunidades mais pobres , além de meninas, deficientes, imigrantes e minorias anãtnicas estavam em desvantagem educacional distinta em muitospaíses, afirmou a UNESCO, organização de educação da ONU sediada em Paris.

Em 2018, "258 milhões de criana§as e jovens foram totalmente exclua­dos da educação, sendo a pobreza o principal obsta¡culo ao acesso", constatou o relatório.

Isso representou 17% de todas as criana§as em idade escolar , a maioria delas no sul e no centro da asia e na áfrica subsaariana.

As disparidades pioraram com a chegada da crise do coronava­rus, que viu mais de 90% da população estudantil global afetada pelo fechamento de escolas , segundo o relatório.

E embora criana§as de fama­lias com recursos possam continuar estudando em casa usando laptops, telefones celulares e internet, milhões de outras pessoas foram cortadas completamente.

"Lições do passado - como o Ebola - mostraram que as crises de saúde podem deixar muitas pessoas para trás, em particular as meninas mais pobres, muitas das quais nunca podem voltar a  escola", escreveu a diretora geral da UNESCO, Audrey Azoulay, em um prefa¡cio.

'Empurrado'

O relatório observou que empaíses de baixa e média renda , os adolescentes dos 20% mais ricos tinham três vezes mais chances de concluir a primeira parte do ensino manãdio - atéos 15 anos de idade - do que os de lares pobres.

As criana§as com deficiência tiveram 19% menos probabilidade de atingir umnívelma­nimo de proficiaªncia em leitura em 10 dessespaíses.

Em 20países pobres , principalmente na áfrica Subsaariana, quase nenhuma garota rural completa o ensino manãdio, afirmou a UNESCO.

E nospaíses mais ricos, as criana§as de 10 anos de idade, ensinadas em outro idioma que não a la­ngua materna, obtiveram 34% a menos de falantes nativos nos testes de leitura.

Nos Estados Unidos, os estudantes LGBTI tiveram quase três vezes mais chances de ficar em casa longe da escola porque se sentiram inseguros.

"Infelizmente, grupos desfavorecidos são mantidos afastados ou expulsos dos sistemas educacionais por meio de decisaµes mais ou menos sutis que levam a  exclusão de curra­culos, objetivos irrelevantes de aprendizado, esterea³tipos em livros dida¡ticos, discriminação na alocação e avaliação de recursos, tolera¢ncia a  violência e negligaªncia de necessidades". disse o relatório.

'Segregação da educação'

Doispaíses africanos ainda proa­bem as meninas gra¡vidas da escola, 117países permitem o casamento infantil e 20 ainda não ratificaram uma convenção internacional que proa­be o trabalho infantil.

Cerca de 335 milhões de meninas frequentaram escolas que não lhes prestavam os servia§os de a¡gua, saneamento e higiene de que precisam para permanecer na sala de aula enquanto menstruam.

Em váriospaíses da Europa Central e Oriental, as criana§as ciganas são segregadas nas escolas regulares.

E na asia, pessoas deslocadas como os Rohingya são ensinadas em sistemas separados.

"Muitospaíses ainda praticam a segregação educacional, o que reforça os esterea³tipos, a discriminação e a alienação", afirmou o relatório.

"Apenas 41países em todo o mundo reconheceram oficialmente a linguagem gestual e, globalmente, as escolas estavam mais ansiosas por obter acesso a  Internet do que por alunos com deficiências", afirmou.

A UNESCO instou ospaíses a se concentrarem nas criana§as desfavorecidas quando as escolas reabrem após o bloqueio dos coronava­rus.

"Para enfrentar os desafios do nosso tempo, éimprescinda­vel uma mudança em direção a uma educação mais inclusiva", disse Azoulay. "A falta de ação prejudicara¡ o progresso das sociedades".

 

.
.

Leia mais a seguir