Humanidades

Sabemos o que queremos em um parceiro roma¢ntico? Provavelmente não mais do que um estranho aleata³rio
Novas pesquisas que saem da Universidade da Califa³rnia, Davis, sugerem que as preferaªncias ideais de parceiros das pessoas não refletem nenhuma percepa§a£o pessoal única.
Por Karen Nikos-Rose - 12/07/2020

Crédito: Getty Images / UC Davis

Todos nospodemos descrever nosso parceiro ideal. Talvez eles sejam engraçados, atraentes e curiosos. Ou talvez eles sejam práticos, inteligentes e atenciosos. Mas nosrealmente temos uma visão especial de nosmesmos, ou estamos apenas descrevendo qualidades positivas de que todo mundo gosta?

Novas pesquisas que saem da Universidade da Califa³rnia, Davis, sugerem que as preferaªncias ideais de parceiros das pessoas não refletem nenhuma percepção pessoal única. O artigo, " Evidaªncia insignificante de que as pessoas desejam parceiros que se encaixem exclusivamente em seus ideais ", foi publicado na semana passada no Journal of Experimental Social Psychology.

"As pessoas em nosso estudo poderiam facilmente listar seus três principais atributos em um parceiro ideal", observou Jehan Sparks, ex-aluno de doutorado da UC Davis e principal autor do estudo. “Quera­amos ver se esses três principais atributos realmente importavam para a pessoa que os listou. Como se viu, eles não o fizeram.

Na pesquisa, mais de 700 participantes nomearam seus três principais ideais em um parceiro roma¢ntico - atributos como engraçado, atraente ou curioso. Depois, relataram seu desejo roma¢ntico por uma sanãrie de pessoas que conheciam pessoalmente: algumas eram parceiras de encontros a s cegas, outras eram parceiras roma¢nticas e outras ainda eram amigas.

Os participantes experimentaram um desejo mais roma¢ntico na medida em que esses conhecidos pessoais possua­am os três principais atributos. Se Vanessa listou engraçado, atraente e curioso, ela experimentou mais desejo por parceiros engraçados, atraentes e curiosos.

"Aparentemente, isso parece promissor", observou Paul Eastwick, professor do Departamento de Psicologia da UC Davis e coautor.

“Vocaª diz que deseja esses três atributos e gosta das pessoas que os possuem. Mas a história não termina aa­".

- Paul Eastwick, UC Davis

O que um estranho diria?

Os pesquisadores inclua­ram uma reviravolta: cada participante também considerou atéque ponto os mesmos conhecidos pessoais possua­am três atributos nomeados por outra pessoa aleata³ria no estudo. Por exemplo, se Kris listou os panãs no cha£o, inteligentes e atenciosos como seus três principais atributos, Vanessa também experimentou um desejo maior de conhecer pessoas que eram prática s, inteligentes e atenciosas.

"Então, no final, queremos parceiros que tenham qualidades positivas", disse Sparks, "mas as qualidades que vocêlista especificamente não tem realmente um poder preditivo especial para vocaª". Os autores consideram essas descobertas como significando que as pessoas não tem uma visão especial do que elas pessoalmente desejam em um parceiro.

Eastwick comparou com pedir comida em um restaurante. “Por que encomendamos o carda¡pio para nosmesmos? Porque parece a³bvio que gostarei do que escolher. Nossas descobertas sugerem que, no doma­nio roma¢ntico, émelhor vocêpedir um estranho aleata³rio para você- éprova¡vel que vocêacabe gostando do que recebe. ”

As descobertas tem implicações na maneira como as pessoas abordam o namoro on-line. As pessoas costumam passar muitas horas lendo perfis de namoro on-line na busca de alguém que corresponda especificamente aos seus ideais. A pesquisa de Sparks e colegas sugere que esse esfora§o pode ser extraviado.

"a‰ realmente fa¡cil gastar tempo procurando on-line alguém que parece corresponder aos seus ideais", observou Sparks. “Mas nossa pesquisa sugere uma abordagem alternativa: não seja muito exigente com antecedaªncia sobre se um parceiro corresponde aos seus ideais no papel. Ou, melhor ainda, deixe seus amigos escolherem suas datas para vocaª. ”

Sparks agora épesquisador de pa³s-doutorado na Universidade de Cola´nia. Seus coautores: Eastwick; Christine Daly, Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana; Brian Wilkey, Universidade do Texas, Austin; Daniel Molden, Universidade do Noroeste; e Eli J. Finkel, Universidade Northwestern. Foi financiado pela National Science Foundation.

 

.
.

Leia mais a seguir