Humanidades

Reimaginando ambientes urbanos pa³s-pandemia
Com colegas do Yale Urban Design Workshop (YUDW), Rubin estãoconsiderando como a arquitetura urbana pode se adaptar pa³s-pandemia para melhorar a saúde pública.
Por Bess Connolly - 22/07/2020


(© stock.adobe.com)

Amedida que os efeitos do COVID-19 nas cidades atingidas pela pandemia do mundo estãose tornando mais claros, o mesmo ocorre com as possa­veis respostas de arquitetos e planejadores urbanos.

Na primavera, o COVID-19 subiu cidades ao redor do mundo, transformando-as em cidades fantasmas virtuais. Na cidade de Nova York, o distanciamento e a quarentena sociais tornaram-se regras de vida, como especialistas em saúde pública pediram em todo opaís. Os nega³cios fecharam, o metra´ parou de funcionar e as ruas perderam a agitação costumeira.

Em meio a isso, os moradores urbanos mais desfavorecidos experimentaram os efeitos do va­rus com força extra.

" Essa pandemia nos oferece a oportunidade de olhar para trás, séculos atrás, sobre discriminação nopaís, relacionada a  raça e ao Espaço, e para reafirmar a conexão entre espaço urbano e saúde pública", disse Elihu Rubin, professor associado de arquitetura e urbanismo da a Yale School of Architecture e um professor de estudos americanos. "As pessoas pobres são desproporcionalmente afetadas por essa crise porque vivem em condições que, ao longo de décadas, viram esses riscos a  saúde pública se intensificarem".

"As pessoas pobres são desproporcionalmente afetadas por essa crise porque vivem em condições que, ao longo de décadas, viram os riscos a  saúde pública se intensificarem".

Elihu Rubin

Com colegas do Yale Urban Design Workshop (YUDW), Rubin estãoconsiderando como a arquitetura urbana pode se adaptar pa³s-pandemia para melhorar a saúde pública.

Rubin recentemente ensinou um webinar chamado "Coronava­rus e a Nova Cidade Fantasma Americana". Organizado pela  Yale Alumni Academy  - uma nova iniciativa da Associação de Alunos de Yale, que oferece programas de aprendizado e viagens ao longo da vida - o semina¡rio conta a história das cidades fantasmas americanas, do "Oeste Selvagem" ao coração do "pa³s-industrial" contempora¢neo cidade, incluindo uma visão de como a pandemia transformou as cidades do mundo em cidades fantasmas virtuais, com milhões de pessoas abrigadas no local. 

Baseado na Escola de Arquitetura de Yale, o YUDW trabalha com comunidades de Connecticut e do mundo todo para fornecer assistaªncia de planejamento e design em projetos que variam de planos abrangentes, estratanãgias de desenvolvimento econa´mico e visaµes da comunidade ao design de Espaços paºblicos, paisagens urbanas e individuais. instalações comunita¡rias. Recentemente, o YUDW se concentrou no desenvolvimento e na implantação de estratanãgias para aumentar a resiliencia costeira e urbana em resposta a desastres como o furaca£o Sandy em 2012. 

A pandemia destacou a necessidade de maior colaboração entre planejadores urbanos e lideres em saúde pública e ressaltou a necessidade de um pensamento mais interdisciplinar em geral, disse Alan Plattus, professor de arquitetura e diretor executivo da YUDW. Aluz do COVID-19, os lideres da YUDW estãopensando em como lidar com a habitabilidade da saúde pública em comunidades urbanas desfavorecidas nas cidades dopaís e do mundo. 

Plattus enfatizou que as disparidades em moradias e a necessidade de moradias populares incluem ter espaço decente suficiente para trabalhar em casa e em quarentena, se necessa¡rio. "Grandes fama­lias extensas em muito pouco espaço estãola¡ em casas de repouso para espalhar o va­rus entre populações vulnera¡veis", acrescentou.

Durante a pandemia, os moradores da cidade que tentavam escapar dos limites de seus apartamentos encontraram uma graça salvadora em Espaços abertos urbanos - principalmente parques, por exemplo. Mas mesmo esses Espaços trouxeram a  tona questões de desigualdade, disse Andrei Harwell, que dirige o YUDW e o Center for Design Research em New Haven e écrítico saªnior da Escola de Arquitetura de Yale. Novos parques são frequentemente desenvolvidos com fundos privados e tendem a estar localizados adjacentes a novos locais de desenvolvimento e, portanto, não são igualmente distribua­dos pelas cidades. 

" Isso significa que, se vocêépobre, um parque pode estar a uma distância do metra´", explicou Harwell. “Temos que comea§ar a pensar de maneiras muito mais integradas sobre sistemas de parques. Espero que haja mais interesse e aªnfase no desenvolvimento desses tipos de Espaços nas cidades. Esse éo tipo de inovação que eu gostaria de ver sair dessa pandemia. ” 

Se a pandemia demonstrou a necessidade de Espaços abertos mais uniformemente distribua­dos na cidade, a vida em quarentena também mostrou a importa¢ncia de varandas e varandas para os moradores de prédios urbanos.

" As pessoas interagiam atravanãs dessas varandas", disse Plattus. “Esses Espaços proporcionavam ar fresco, camaradagem - um lugar para ver os outros e ser visto. Eles também foram usados ​​em comemoração para mostrar apoio aos trabalhadores da linha de frente que lutam para salvar vidas em Nova York, Ita¡lia e Espanha. 

" Incentivarei todos os clientes com os quais nos associamos a desenvolver moradias populares para incluir varandas e varandas daqui para frente", continuou Plattus. "Eles agora são cruciais."

A história da arquitetura e do urbanismo americanos sempre foi a história da desigualdade, disse Rubin. "a‰ vital entender esses padraµes e processos, porque eles são indicativos do que estamos observando hoje", acrescentou.

 

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