Humanidades

Estudo mostra que maioria dos brasileiros não pretende frequentar locais de aglomeração no momento
A preocupaa§a£o émaior em relação a bares e restaurantes e menor quanto a visitas a shopping centers, contanto que sejam adotadas medidas apropriadas de prevena§a£o
Por FGV - 24/07/2020


Doma­nio paºblico

Muitos dos estados brasileiros já flexibilizaram as medidas de isolamento social, reabrindo comanãrcio, bares, restaurantes e atélocais de lazer como praias, parques e salas culturais. Entretanto, levantamento prévio do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), pela Sondagem do Consumidor, mostra que a velocidade da reabertura não deve ser a mesma do a­mpeto do brasileiro de frequentar locais com grande aglomeração: entre 54,5% e 80% declararam que não frequentariam em hipa³tese alguma bares e restaurantes, cinemas e teatros e shopping centers, nem viajariam de fanãrias.

“Grande parte dos consumidores avalia que o ritmo de flexibilização estãoacima do que eles consideram apropriado. Enquanto uma vacina não estiver dispona­vel, o medo de contaminação deve continuar provocando aversão a locais de grande aglomeração na maioria das capitais pesquisadas. Além disso, o período de maior restrição fez com que muitos consumidores perdessem seus empregos ou tivessem redução de sua renda. O medo do desemprego ou a demora para recuperar a renda média da familia junto com um maior endividamento, mantanãm consumidores cautelosos, fazendo com que o a­mpeto de compras de bens e servia§os permanea§a em patamar ainda muito baixo”, avaliou Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor do FGV IBRE.

Sobre ir a cinemas e teatros, 80% informaram que não iriam em hipa³tese alguma e 17,2% declararam que iriam se fossem tomadas medidas de prevenção adequadas. Com relação a frequentar bares e restaurantes, a maioria (64%) também disse que não iria em hipa³tese alguma, com 32,6% dos consumidores se dizendo preparados para frequentar com a adoção de medidas de prevenção. Naºmeros semelhantes a  pergunta sobre a disposição de viajar de fanãrias, de a´nibus ou avia£o: 69,4% e 27,1%, respectivamente.

O resultado menos pessimista foi em relação aos shoppings centers, locais em que 54,5% não frequentariam em nenhuma hipa³tese, enquanto 40,9% iriam havendo medidas adequadas de prevenção a  Covid-19.

Cariocas consideram ritmo de reabertura acelerado. Paulistanos avaliam como normal

Ainda segundo o levantamento, o maior percentual dos cariocas (37,9%) considerou muito rápido o ritmo de flexibilização das medidas de isolamento social. Outros 23,3% avaliaram o ritmo como rápido, 23,8% como normal, 10,1% como lento e 4,9% como muito lento.

Já os paulistanos, em sua maioria (31,7%), consideraram o retorno a s atividades em ritmo normal, 27,7% consideram o ritmo muito rápido, seguido por 24,2% (ra¡pido), 11,8% (lento) e 4,8% (muito lento). Na média nacional, 29,9% analisaram o ritmo como muito rápido, quase o mesmo percentual de consumidores (27,8%) que avaliaram como normal.

A pesquisa consultou 1500 consumidores de sete capitais (Rio de Janeiro, Sa£o Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e Brasa­lia), entre os dias 2 e 16 de julho, de diferentes faixas de renda.

 

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