Humanidades

O risco individual de suica­dio pode ser drasticamente alterado pela semelhança social
Os pesquisadores descobriram que a semelhança social reduziu os conhecidos riscos individuais de suica­dio para menores de 45 anos, desempregados, viaºvos, brancos, negros ou não nascidos nos Estados Unidos.
Por Universidade de Indiana - 06/10/2020


Bernice Pescosolido Crédito: Indiana University

Semelhana§as entre indivíduos que vivem nas mesmas comunidades podem mudar dramaticamente seu risco de morrer por suica­dio, de acordo com um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Indiana.

O estudo, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences , examinou a relação entre suica­dio e "mesmice" social - viver em comunidades com outros indivíduos que compartilham caracteri­sticas sociais comuns, como emprego e estado civil, etnia ou local de nascimento. Os pesquisadores descobriram que a semelhança social reduziu os conhecidos riscos individuais de suica­dio para menores de 45 anos, desempregados, viaºvos, brancos, negros ou não nascidos nos Estados Unidos.

Mas a mesmice nem sempre era protetora. A similaridade social aumenta o risco de suica­dio para indivíduos que nasceram nos Estados Unidos, nunca se casaram ou eram nativos do Alasca, americanos nativos, hispa¢nicos ou asia¡ticos, de acordo com o estudo.

"Este estudo quebra uma barreira de longa data para a compreensão da ligação entre o risco individual de suica­dio e o risco comunita¡rio", disse Bernice Pescosolido, co-autora do estudo e distinta professora de Sociologia na Faculdade de Artes e Ciências da IU Bloomington. "Isso oferece novos insights sobre a complexidade da relação entre suica­dio e conexões culturais e sociais . A ciência foi desafiada a ir além da divisão entre olhar para os indivíduos e olhar para as comunidades nos EUA. A mesmice nos permite pensar sobre o papel da conexão na novos caminhos."

"Com o peso que as pessoas estãoenfrentando devido a  pandemia, este estudo reforça os apelos por novas abordagens para entender o risco de suica­dio", disse Pescosolido. "Saber como o contexto social altera o risco individual de suica­dio fornece um caminho para estratanãgias personalizadas e sob medida para programas, políticas e tratamento anti-suica­dio."


Os pesquisadores mesclaram dados de várias fontes, incluindo o National Violence Data Reporting System e a American Community Survey, para examinar se a "semelhança" entre os indivíduos e o local onde vivem afetou seu risco de suica­dio nos Estados Unidos entre 2005 e 2011.

O suica­dio na Amanãrica estãoem alta, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doena§as dos Estados Unidos, pressionando a necessidade de novas abordagens para reduzir o risco. Embora os riscos individuais de suica­dio tenham sido previamente documentados em indiva­duos, a descoberta de que esses riscos mudam dependendo da geografia social foi anteriormente difa­cil de estabelecer nos EUA, disse Pescosolido.

"Essas descobertas desafiam a ideia de uma abordagem 'tamanho aºnico' para programas que tentam reduzir o suica­dio - mesmo para grupos-alvo como adolescentes, onde o aumento foi grande", disse ela. "Precisamos considerar onde eles estão."

Os esforços tradicionais de tratamento e prevenção tem se concentrado na ideia de que fortes laa§os sociais protegem as pessoas do suica­dio, e acredita-se que aqueles que perdem ou não tem essas conexões correm maior risco de suica­dio.

Mas, de acordo com Pescosolido e seus colegas, a semelhança social nem sempre éuma alavanca forte para reduzir o risco de suica­dio. Por exemplo, suas descobertas sugerem que em comunidades isoladas ou em comunidades onde a devastação socioecona´mica foi grande, a similaridade pode realmente aumentar os riscos de suica­dio.

"Com o peso que as pessoas estãoenfrentando devido a  pandemia, este estudo reforça os apelos por novas abordagens para entender o risco de suica­dio", disse Pescosolido. "Saber como o contexto social altera o risco individual de suica­dio fornece um caminho para estratanãgias personalizadas e sob medida para programas, políticas e tratamento anti-suica­dio."

 

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