Humanidades

'Lei universal do toque' permitira¡ novos avanços na realidade virtual
Os pesquisadores fazem parte de um consãorcio europeu (H-Reality) que já estãousando a teoria para desenvolver novas tecnologias de Realidade Virtual que incorporam o sentido do tato .
Por Universidade de Birmingham - 09/10/2020


Doma­nio paºblico

Ondas sa­smicas, comumente associadas a terremotos, foram usadas por cientistas para desenvolver uma lei de escala universal para o sentido do tato. Uma equipe, liderada por pesquisadores da Universidade de Birmingham, usou as ondas Rayleigh para criar a primeira lei de escala para a sensibilidade ao toque. Os resultados são publicados na Science Advances .

Os pesquisadores fazem parte de um consãorcio europeu (H-Reality) que já estãousando a teoria para desenvolver novas tecnologias de Realidade Virtual que incorporam o sentido do tato .

As ondas Rayleigh são criadas pelo impacto entre objetos e normalmente se pensa que viajam apenas ao longo desuperfÍcies. A equipe descobriu que, no que diz respeito ao toque , as ondas também viajam por camadas de pele e ossos e são captadas pelas células receptoras de toque do corpo.

Usando a modelagem matemática desses receptores de toque, os pesquisadores mostraram como os receptores estavam localizados em profundidades que lhes permitiam responder a s ondas de Rayleigh. A interação desses receptores com as ondas de Rayleigh variara¡ entre as espanãcies, mas a razãoentre a profundidade do receptor e o comprimento de onda permanece a mesma, permitindo que a lei universal seja definida.

A matemática usada pelos pesquisadores para desenvolver a lei ébaseada em abordagens desenvolvidas hámais de cem anos para modelar terremotos. A lei apa³ia as previsaµes feitas pelo fa­sico vencedor do Praªmio Nobel Georg von Banãkanãsy, que primeiro sugeriu que a matemática dos terremotos poderia ser usada para explorar as conexões entre as ondas de Rayleigh e o toque.

A equipe também descobriu que a interação das ondas e receptores permaneceu mesmo quando a rigidez da camada mais externa da pele mudou. A capacidade dos receptores de responder a s ondas de Rayleigh permaneceu inalterada, apesar das muitas variações nesta camada externa causadas por idade, sexo, profissão ou mesmo hidratação.

O Dr. Tom Montenegro-Johnson, da Escola de Matema¡tica da Universidade de Birmingham, liderou a pesquisa. Ele explica: "O toque éum sentido primordial, tão importante para nossos ancestrais como para os mama­feros modernos, mas também éum dos mais complexos e, portanto, menos compreendidos. Embora tenhamos leis universais para explicar a visão e a audição, por exemplo , esta éa primeira vez que conseguimos explicar o toque desta forma. "

James Andrews, co-autor do estudo na Universidade de Birmingham, acrescenta: "Os princa­pios que definimos nos permitem compreender melhor as diferentes experiências de toque entre uma ampla gama de espanãcies. Por exemplo, se vocêrecortar a pele de um rinoceronte por 5 mm, eles teriam a mesma sensação que um humano com um recuo semelhante - são que as forças necessa¡rias para produzir o recuo seriam diferentes. Isso faz muito sentido em termos evolutivos, uma vez que estãoconectado ao perigo relativo e dano potencial. "

 

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