Humanidades

1 em cada 12 pais dizem que seu filho adolescente assistiu a uma demonstração sobre racismo ou reforma policial
E embora muitos pais estejam tratando da questãonacional com seus filhos em casa, o relatório da pesquisa Mott indica diferenças raciais entre as fama­lias no que diz respeito a essas interaçaµes.
Por Universidade de Michigan - 26/10/2020


A principal preocupação dos pais envolvendo adolescentes que participam de manifestações éa segurança de seus filhos. Crédito: Pesquisa Nacional do Hospital Infantil CS Mott sobre Saúde Infantil em Michigan Medicine

Um número crescente de manifestantes que saem a s ruas para protestar contra a brutalidade policial e a injustia§a racial pode incluir adolescentes, sugere uma nova pesquisa nacional.

Um em cada 12 pais diz que seu filho adolescente participou de um evento sobre racismo ou reforma policial este ano, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde Infantil do CS Mott Children's Hospital em Michigan Medicine.

E embora muitos pais estejam tratando da questãonacional com seus filhos em casa, o relatório da pesquisa Mott indica diferenças raciais entre as fama­lias no que diz respeito a essas interações.

Traªs quartos dos pais dizem que conversaram com seus filhos adolescentes sobre os protestos em andamento. Mas os pais negros são mais propensos do que os brancos a relatar discussaµes profundas (39% contra 29%) e dizer que seus filhos adolescentes participaram de um evento sobre racismo (16% contra 6%).

"Muitas fama­lias estãose envolvendo em torno do tema do racismo e do que tem acontecido nopaís nos últimos meses, com um em cada três pais brancos e dois em cada cinco pais negros tendo conversas profundas sobre os protestos com seus adolescentes", disse o codiretor da Mott Poll Sarah Clark, MPH

"Os pais podem ter visto seus filhos adolescentes demonstrando um interesse mais complexo pelo mundo ao seu redor e um número substancial desses jovens parece ter ido além da discussão para a ação."

Enquanto isso, 43% dos pais pesquisados ​​tiveram alguma discussão com os adolescentes e 27% dizem que tiveram pouca ou nenhuma conversa sobre as manifestações com seus filhos.

Preocupações com a segurança do adolescente nas manifestações

A grande maioria dos pais cujos adolescentes participaram de uma demonstração ou outro evento sobre racismo sistemico apoiou o envolvimento de seus filhos adolescentes (55% com entusiasmo e 38% com algumas reservas); 5% dos pais reprovaram e 2% não sabiam sobre o atendimento do adolescente, segundo o relatório.

Os pais negros são mais propensos a dizer que o assunto éestressante para seus
adolescentes, que podem ter um risco maior de enfrentar a brutalidade policial. Crédito:
Pesquisa Nacional do Hospital Infantil CS Mott sobre Saúde Infantil em Michigan Medicine

Os pais brancos tem quase duas vezes mais probabilidade do que os pais negros (57% contra 31%) de acreditar que os adolescentes não pertencem a essas manifestações.

A principal preocupação dos pais éa segurança de seus filhos adolescentes: 73% dos pais temem que os manifestantes possam se tornar violentos, enquanto 58% estãopreocupados que a pola­cia possa usar a força contra os manifestantes. A preocupação com os manifestantes se tornando violentos émaior entre os pais brancos (76% vs 62%), enquanto a preocupação com o uso da força pela pola­cia émais comum entre os pais negros (77% vs 49%).
 
Quase metade dos pais (45%) dizem que temem que seus filhos adolescentes não entendam os riscos de participar de manifestações. Isso inclui a preocupação de que os adolescentes que participam das manifestações possam ser presos (39%) e não conhea§am seus direitos legais (35%).

“Vimos diferenças raciais substanciais envolvendo pontos de vista sobre quem pode instigar a violência em uma manifestação”, disse Clark. “Os pais negros estãomuito mais preocupados do que os brancos com o uso da força pela pola­cia, enquanto os pais brancos estãomais preocupados com os manifestantes se tornando violentos.

"Isso pode refletir as próprias experiências dos pais, bem como a influaªncia das representações da ma­dia sobre as manifestações e os eventos que as conduziram."

Mais pais brancos do que pais negros acreditam que os adolescentes são muito imaturos para entender os verdadeiros desafios que a pola­cia enfrenta (46% contra 21%) e que as manifestações mostram falta de respeito para com a pola­cia (46% contra 13%).

Os pais negros também costumam dizer que o assunto éestressante para seus filhos adolescentes, que podem ter um risco maior de enfrentar a brutalidade policial. Metade dos pais negros diz que pensar sobre a brutalidade policial e o racismo causa estresse para seus filhos, em comparação com um quarto dos pais brancos.

"Onívelde estresse mais alto relatado por pais negros écompreensa­vel. As manifestações destacaram inaºmeras vitimas negras da violência policial , e adolescentes negros podem se ver em risco", disse Clark. “Muitos pais negros tem conversas difa­ceis com seus filhos desde cedo sobre como o racismo pode afetar suas vidas.

“Nossas descobertas da pesquisa refletem as diferentes experiências vividas e perspectivas das fama­lias. Essas experiências provavelmente ira£o moldar as opiniaµes dos pais sobre o envolvimento de seus adolescentes em manifestações e outras ações para lidar com o racismo sistemico”.

A pesquisa de representação nacional ébaseada em 1.025 respostas de pais de adolescentes de 13 a 18 anos que responderam a perguntas sobre suas opiniaµes sobre o envolvimento de adolescentes em manifestações.

 

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