Humanidades

Exclusão social, limitações de carreira prejudicam profissionais de STEM LGBTQ
O orgulho dos profissionais LGBTQ por suas ciências, tecnologia, engenharia e matemática não écorrespondido, dizem os pesquisadores.
Por Jared Wadley - 18/01/2021


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O orgulho dos profissionais LGBTQ por suas ciências, tecnologia, engenharia e matemática não écorrespondido, dizem os pesquisadores.

Esses profissionais STEM são mais propensos a experimentar limitações de carreira, exclusão social e assanãdio e desvalorização de seu conhecimento cienta­fico e tanãcnico do que seus pares não LGBTQ, de acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Michigan.

Trabalhadores LGBTQ também relatam mais dificuldades de saúde, bem como maiores intenções de deixar disciplinas STEM e setores de emprego - padraµes não explicados por diferenças de treinamento, experiência ou dedicação ao trabalho.

Nas últimas décadas, maiores esforços para diversificar os campos STEM se intensificaram para mudar a dina¢mica das profissaµes dominadas por homens brancos. Estudos anteriores documentaram a desigualdade com base em raça e gaªnero, mas o socia³logo da UM, Erin Cech, e seu colega Tom Waidzunas, da Temple University, analisaram as experiências entre os profissionais LGBTQ.

“A questãode saber se os profissionais LGBTQ encontram desvantagens sistemicas em STEM ... éimportante não apenas para mapear completamente o panorama da desigualdade demogra¡fica em STEM, mas para identificar lugares onde STEM não cumpre seus ideais meritocra¡ticos”, escreveram os pesquisadores.

"Essas desvantagens não afetaram apenas as carreiras dos profissionais LGBTQ, mas também os afetaram de maneiras profundamente pessoais - ampliando experiências de estresse, insa´nia e outros problemas de saúde."


Os dados vieram de sociedades profissionais relacionadas a s STEM com cerca de 25.000 membros, incluindo 1.000 indivíduos que se identificam como lanãsbicas, gays, bissexuais, transgêneros ou queer. Cech e Waidzunas examinaram as potenciais desigualdades por status LGBTQ ao longo de cincoDimensões : oportunidades de carreira , desvalorização profissional, exclusão social, dificuldades de saúde e bem-estar e intenções de deixar o STEM.

Profissionais LGBTQ tem menos oportunidades de desenvolver suas habilidades do que colegas não-LGBTQ e menos acesso aos recursos de que precisam para fazer bem seu trabalho, indicou o estudo. Além disso, se se sentirem ameaa§ados, tera£o menos confianção para denunciar sem medo de retaliação.

Cerca de 20% dos profissionais LGBTQ também disseram que se sentem desvalorizados sobre sua experiência em STEM, apesar de terem a mesma experiência enívelde educação que seus colegas não LGBTQ.

Um tera§o dos entrevistados encontra exclusão social, em comparação com 22% de seus colegas não LGBTQ. Cerca de 30% dos entrevistados LGBTQ sofreram assanãdio no local de trabalho no ano passado, mostrou o estudo.

Devido ao ambiente de trabalho negativo, alguns funciona¡rios LGBTQ sofreram desafios de saúde e bem-estar no ano passado. Alguns resultados citados foram estresse, depressão e insa´nia.

Finalmente, 22% dos profissionais LGBTQ consideraram deixar o STEM pelo menos uma vez no último maªs, em comparação com 15% para seus colegas. Cerca de 12% dos entrevistados LGBTQ (vs. 8% dos não LGBTQ) planejavam encontrar uma carreira diferente nos pra³ximos cinco anos, relatou o estudo.

"Suspeitamos que podera­amos descobrir que os profissionais LGBTQ vivenciaram a marginalização entre seus colegas, devido a tendaªncias persistentes em relação a s pessoas que se identificam com LGBTQ", disse Cech, professor assistente de sociologia. “O que foi surpreendente foi que essas desigualdades se estendiam a  forma como os colegas tratavam suas contribuições cienta­ficas e técnicas.

"Essas desvantagens não afetaram apenas as carreiras dos profissionais LGBTQ, mas também os afetaram de maneiras profundamente pessoais - ampliando experiências de estresse, insa´nia e outros problemas de saúde."

As descobertas aparecem na edição atual da Science Advances

 

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