Humanidades

Falar ao telefone por 10 minutos pode fazer vocêse sentir menos solita¡rio, diz estudo
Falar com alguém ao telefone por 10 minutos várias vezes por semana - se vocêestiver no controle da conversa - pode diminuir a solida£o, revelou um novo estudo.
Por Megan Marples, CNN - 03/03/2021


Um maªs de telefonemas de 10 minutos pode fazer vocêse sentir 20% menos solita¡rio, descobriu um novo estudo.

Falar com alguém ao telefone por 10 minutos várias vezes por semana - se vocêestiver no controle da conversa - pode diminuir a solida£o, revelou um novo estudo.

Metade dos 240 participantes do estudo foi selecionada para receber breves telefonemas de voluntários ao longo de um maªs, e eles relataram se sentir 20% menos solita¡rios em média, de acordo com o estudo publicado na tera§a-feira na revista JAMA Psychiatry.

Volunta¡rios brevemente treinados em habilidades de comunicação empa¡tica, que envolvem ouvir ativamente e fazer perguntas sobre o que o assunto estãofalando, disse o autor do estudo Maninder "Mini" Kahlon, professor associado de saúde populacional e diretor executivo de Factor Health na Dell Medical School at The Universidade do Texas em Austin.

Os participantes do estudo, todos clientes da Meals on Wheels Central Texas, conduziram as conversas, o que lhes permitiu definir a agenda das ligações.

"a€s vezes, a agenda éapenas a sensação de que eles tem controle", disse Kahlon.
Eles podem não ter controle em outros aspectos de suas vidas, mas podem controlar a conversa, disse ela.

Na primeira semana, os voluntários ligaram para os participantes cinco dias durante a semana, nos hora¡rios que os participantes disseram ser os melhores para eles. Nas semanas subsequentes, os participantes optaram por receber no ma­nimo duas ligações por semana ou no ma¡ximo cinco.

As conversas duraram pouco mais de 10 minutos na primeira semana, disse Kahlon, mas elas se equilibraram para 10 minutos durante o resto do estudo de um maªs. Os participantes falaram sobre uma variedade de assuntos, incluindo suas próprias vidas dia¡rias e perguntaram sobre a vida de seus voluntários.

Tanto os participantes que receberam ligações quanto o grupo controle que não teve solida£o, ansiedade e depressão mensurados em escalas cienta­ficas no ini­cio e no final do maªs. Os pesquisadores também mediram a ansiedade e a depressão dos participantes do estudo porque esses distúrbios também poderiam ser afetados pelas ligações, disse Kahlon.

Na Escala de Solida£o da UCLA com três questões , que varia de três a nove, os participantes das ligações telefa´nicas tiveram média de 6,5 no ini­cio e terminaram com 5,2.

Nãoháuma maneira padronizada de interpretar quanto de uma mudança éclinicamente significativa, disse Kahlon, mas o número de participantes caiu significativamente "o que significa que realmente causamos um impacto significativo sobre eles", disse ela.

A ansiedade e a depressão tiveram uma redução ainda maior, com uma redução de mais de 30% na escala GAD-7 e uma redução de quase 24% na escala PHQ-8, respectivamente.

Esses resultados foram "ainda mais impressionantes do que o impacto da solida£o, porque não espera¡vamos necessariamente esse grau de resultados", disse Kahlon.

Este estudo épromissor e pode ajudar a orientar como as pessoas traduzem as evidaªncias em prática , disse Julianne Holt-Lunstad, professora de psicologia e Neurociênciada Universidade Brigham Young em Provo, Utah, que não esteve envolvida no estudo.

Ela disse que viu muitas abordagens baseadas na comunidade para diminuir a solida£o, mas éraro encontrar uma abordagem clinicamente testada.

Holt-Lunstad disse que gostaria que os na­veis emocionais dos voluntários fossem medidos além do telefonema e dos participantes do grupo de controle, porque eles também podem ter vistomudanças emocionais positivas.

"Algumas pesquisas sugerem que fornecer apoio e voluntariado também pode impactar significativamente alguns desses mesmos resultados, incluindo a solida£o", disse Holt-Lunstad.

Colocando as descobertas em prática

a‰ importante estender a ma£o a  familia e aos amigos que vocêvaª que podem estar se sentindo mal, disse Kahlon.

"Eu definitivamente tento melhorar minha comunicação com minha ma£e", disse ela, e ela trabalha para priorizar ouvir seus entes queridos e permitir que eles conduzam as conversas.

Se vocêestiver se sentindo sozinho, Kahlon recomendou entrar em contato com alguém de sua familia e amigos em quem vocêconfia para falar com eles.

Pode ser difa­cil porque "a realidade éque isso são pode acontecer se houver outra pessoa que se interesse por vocaª", disse ela.

Ela sugeriu olhar para a sua rede e procurar quem vocêacredita que "não fara¡ julgamentos e estara¡ verdadeiramente interessado em ouvi-lo".

O objetivo de Kahlon écontinuar testando esse manãtodo de programa e aplicando-o em uma escala maior para que mais pessoas possam se beneficiar dos resultados.

 

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