Como preservar o processo criativo por trás da alta gastronomia éexplorado em um evento online do GSAPP.
Fotos de pratos no L'Arpa¨ge de Emily L. Spratt e Alain Passard
Em 16 de fevereiro de 2021, Emily L. Spratt , uma pesquisadora de pa³s-doutorado no Data Science Institute , fez uma apresentação online, “IA e a arte da culina¡ria: Algoritmos gastrona´micos entre Alain Passard e Giuseppe Arcimboldo,†patrocinada pela Escola de Pa³s - Graduação de Arquitetura, Planejamento e Preservação do Programa de Preservação hista³rica .
O Diretor do Programa de Preservação Hista³rica, Jorge Otero-Pailos, apresentou Spratt e elogiou seu trabalho por reimaginar o patrima´nio cultural por meio do uso da inteligaªncia artificial.
“Mesmo que não sejamos especialistas em culina¡ria francesa, mas apenas em preservação em geralâ€, disse Otero-Pailos, “como podemos pensar na preservação como uma expressão, como algo que precisa ser criado, e algo que todos nosexperimentamos esteticamente?"
Spratt explorou o processo criativo por trás dos pratos, ou apresentações de comida, de Alain Passard, chef e proprieta¡rio do restaurante L'Arpa¨ge, com sede em Paris e três estrelas Michelin. Seu interesse pelo trabalho dele foi despertado por sua observação de que seus pratos se assemelham a pinturas.
Um prato de algoritmo gastrona´mico de comida de um
evento da Universidade de Columbia Emily L. Spratt,
Thomas Fan, com Alain Passard, Gastronomic
Algorithm (ilustração 7p62fa2ffptl), 2019
Um prolafico colunista, Passard éconhecido por empregar o meio como inspiração para seus pratos. O cientista da computação Thomas Fan e a equipe da L'Arpa¨ge também contribuaram para o projeto de algoritmos gastrona´micos, que énotadamente a primeira aplicação de Redes Adversariais Generativas ao mundo da alta gastronomia.Â
“Embora os recentes desenvolvimentos de inteligaªncia artificial para gerar conteaºdo visual com técnicas de aprendizagem profunda, especialmente GANs, tenham oferecido possibilidades radicalmente novas para suas aplicações criativas no meio visual, tem havido pouca investigação sobre seu uso como uma ferramenta para explorar o envolvimento de os sentidos além da visão apenas â€, disse Spratt.Â
Preservando a Gastronomia como Patrima´nio Imaterial
Spratt falou sobre a preservação das tradições culina¡rias ea história do patrima³nio cultural gastrona´mico, mostrando fotografias de menus do Titanic e diagramas ilustrando 17 th -century linho técnicas dobra¡veis. Embora artefatos tangaveis como esses revelem associações de uma experiência culina¡ria particular, ela apontou a insuficiência deles em capturar a experiência completa de uma refeição.Â
"Vertumnus", Guiseppe Arcimboldo, 1591
Como as tradições culina¡rias podem ser preservadas, Spratt perguntou, quando a comida édestinada ao consumo? A UNESCO reconhece a culina¡ria francesa como um patrima´nio imaterial, que define como “não a manifestação cultural em si, mas a riqueza de conhecimentos e habilidades que são transmitidos por meio dela de uma geração a outraâ€.Â
Já o projeto de algoritmos gastrona´micos enfatiza a própria manifestação cultural. Especificamente, o projeto enfoca a dimensão artastica do chapeamento por meio do uso de colagens de Passard para conceber visualmente pratos reais de comida. Dando um passo adiante, o projeto também explora como pinturas embelezadas com frutas e vegetais do artista renascentista italiano Giuseppe Arcimboldo (1526-1593) poderiam ser reproduzidas atravanãs do uso de ferramentas de inteligaªncia artificial.Â
Spratt, então, fez a pergunta principal de sua pesquisa: “Como os GANs, uma forma generativa de IA, emulariam as imagens culina¡rias e, ao fazaª-lo, revelariam visualmente qualquer coisa sobre o processo criativo entre as noções abstratas do chef sobre os pratos e colagens, e seus execução visual real como pratos? â€
Experimentação com conjuntos de dados
Embora as colagens de Passard sejam uma fonte de inspiração para seus platings, não existe uma correlação visual direta entre a aparaªncia de ambos. O conjunto de dados inicialmente compreendia fotos postadas por Passard no Instagram, imagens fornecidas pelos funciona¡rios do restaurante e fotos capturadas por Spratt no L'Arpa¨ge durante cada uma das diferentes temporadas. Mais tarde, isso foi complementado por imagens de vegetais e frutas em pratos, bem como variações fatiadas obtidas na Internet usando ferramentas de raspagem da web.Â
Para imitar aspectos dos retratos cheios de comida de Arcimboldo, Spratt se baseou em um conjunto de dados de 300 retratos gerados por um modelo baseado em GANs. Apa³s os testes iniciais, o conjunto de dados e algoritmos foram ajustados para aumentar a diferenciação de frutas e vegetais individuais caracterasticos dos pratos projetados por L'Arpa¨ge.
“Os pratos produzidos pelos GANs tem ao mesmo tempo uma qualidade estanãtica atraente e assustadora, já que um carpaccio de tomate parece ser capaz de abrir os olhos e piscar, e os floreios vegetais parecem ter crescido tufos de cabeloâ€, disse Spratt.
Visando uma versão mais abstrata, Spratt adicionou colagens - criadas por Passard e um algoritmo de inteligaªncia artificial - ao conjunto de dados de imagem preexistente. Combinações únicas como essas diferenciam o projeto de outras obras de arte geradas por IA. Â
A criatividade por trás da arte culina¡ria
Otero-Pailos pediu a Spratt que falasse sobre a divisão entre documentação e expressão artastica na arte culina¡ria. “A linha para vocêprecisa necessariamente ser borrada nesta forma de documentação? Ou vocêficaria bem com apenas uma simples fotografia da placa como um registro? â€
O projeto, disse Spratt, desafia intencionalmente a definição da UNESCO de patrima´nio imaterial. Além da mera documentação, o ponto crucial do projeto se concentra na criatividade por trás da arte culina¡ria. “Como esse processo criativo [realizado no L'Arpa¨ge] pode ser codificado como patrima´nio imaterial? Como capturamos isso? â€