Humanidades

Oportunidades para despedidas finais devem ser priorizadas na pandemia de COVID-19
Parentes enlutados descreveram a dor conta­nua de estar ausente no final da vida de um ente querido. Muitos não viam seus parentes por semanas ou meses devido a  pandemia.
Por Oxford - 31/03/2021


Parentes enlutados descreveram a dor conta­nua de estar ausente no final da vida de um ente querido. Crédito da imagem: Shutterstock

Parentes enlutados descreveram a dor conta­nua de estar ausente no final da vida de um ente querido. Muitos não viam seus parentes por semanas ou meses devido a  pandemia. As oportunidades devem ser priorizadas para conexões essenciais entre as fama­lias no atendimento ao fim da vida. O primeiro artigo a dar voz aos enlutados durante a pandemia foi publicado hoje na Palliative Medicine . Pesquisadores das Universidades de Oxford, Sheffield e Liverpool exploram o impacto da restrição de visitas a hospitais e lares de idosos devido ao COVID-19 na experiência dos parentes nos últimos dias de seus entes queridos.

O estudo faz recomendações importantes para profissionais de saúde e assistaªncia social que prestam cuidados no final da vida durante uma pandemia:

Priorize a conexão entre pacientes e parentes por meio de chamadas de va­deo e telefone.

Fornea§a aos parentes atualizações regulares por telefone sobre os aspectos pessoais dos cuidados (como o que comeram e se puderam se comunicar).

Oferea§a conselhos e orientações sobre como preparar os filhos para a morte de um ente querido.

Facilite as oportunidades para os parentes 'se despedirem' pessoalmente antes da morte, sempre que possí­vel.

A equipe de pesquisa diz que adotar essas recomendações éimportante, pois pesquisas anteriores mostram que quando as necessidades dos parentes são atendidas no momento em que um membro da familia estãomorrendo, eles lidam e se ajustam melhor no luto com melhores resultados psicola³gicos e satisfação com os cuidados no final da vida .

Durante a pandemia, os parentes relatam que estãocientes das maºltiplas demandas dos profissionais de saúde e assistaªncia social e sentiram que estão'fazendo o melhor possí­vel, dada a situação', mas identificammudanças prática s que poderiam ter feito diferença em sua experiência de luto e perda.

A colider, Dra. Catriona Mayland, do Departamento de Oncologia e Metabolismo da Universidade de Sheffield, disse: “Os profissionais de saúde e assistaªncia social tiveram muito pouco tempo para se preparar ou treinar para o impacto da pandemia. Eles enfrentaram um aumento da carga de trabalho com demandas concorrentes e complexidade elevada. '

O autor principal, Dr. Jeff Hanna, Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford, disse: 'Esta pesquisa oportuna relata recomendações importantes para profissionais de saúde e assistaªncia social a  medida que fornecem cuidados de fim de vida durante uma pandemia. Eles tem um papel fundamental na facilitação de interações vitais entre parentes e seus entes queridos. O grande número de mortes no Reino Unido significa que este trabalho fornece lições importantes para apoiar fama­lias no fim da vida. '

O Dr. Stephen Mason, La­der de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade de Cuidados Paliativos da Universidade de Liverpool, disse: 'Nossa análise das experiências de parentes enlutados e profissionais de saúde e assistaªncia social continua, com a esperana§a de fornecer mais insights sobre como podemos manter e, potencialmente, melhorar o atendimento dentro das limitações das restrições de saúde pública pandaªmicas necessa¡rias. '

 

.
.

Leia mais a seguir