Humanidades

Pesquisador de comunicação mostra que o livre-arba­trio éa chave para combater o extremismo online
De acordo com a pesquisa, quando as pessoas são explicitamente informadas de que são livres para aceitar ou rejeitar afirmaa§aµes propaganda­sticas, a probabilidade de escolher uma visão moderada aumenta.
Por Milady Nazir - 16/04/2021


Doma­nio paºblico

Douglas Wilbur '14, um Ph.D. visitante bolsista do Departamento de Comunicação da UTSA publicou um estudo que mostra como os pesquisadores podem criar campanhas de mensagens para proteger os indivíduos da adoção de pontos de vista extremistas.

De acordo com sua pesquisa, quando as pessoas são explicitamente informadas de que são livres para aceitar ou rejeitar afirmações propaganda­sticas, a probabilidade de escolher uma visão moderada aumenta. Este foi o resultado de uma pesquisa de atitudes que testou estratanãgias de contra-propaganda, que enfatizaram a autonomia de uma pessoa, e mediu os sentimentos após a exposição.

O estudo foi publicado recentemente na Social Influence com colaboradores da University of Missouri.

"a‰ ira´nico, se vocêpensar bem. Capacitar os indivíduos a fazerem escolhas quando se deparam com mensagens extremistas parece ajudar as pessoas a resistir a tais alegações", disse Wilbur. "O que esta pesquisa mostrou éconsistente com outras descobertas. Vocaª tende a ver uma tendaªncia em que as pessoas fara£o a escolha certa."

O Pew Research Center descobriu que dois em cada três americanos dizem que a ma­dia social tem um impacto negativo sobre o que ocorre nos Estados Unidos. Os principais motivos listados nessa mesma pesquisa foram desinformação e discurso de a³dio.

"a‰ ira´nico, se vocêpensar bem. Capacitar os indivíduos a fazerem escolhas quando se deparam com mensagens extremistas parece ajudar as pessoas a resistir a tais alegações", disse Wilbur. "O que esta pesquisa mostrou éconsistente com outras descobertas. Vocaª tende a ver uma tendaªncia em que as pessoas fara£o a escolha certa."


Para combater a propaganda no passado, os estrategistas confiaram na teoria da inoculação de atitude. De forma ana¡loga a como as vacinas físicas inoculam as pessoas contra um va­rus, as mensagens de comunicação usam a inoculação psicológica por meio da exposição a mensagens negativas, mas também a técnicas para resistir a tais ataques. Como resultado, as pessoas treinam e constroem sua imunidade psicológica para resistir a futuras tentativas de persuasão. A lacuna dessa abordagem, no entanto, éque ela édifa­cil de ser aplicada a grupos grandes.

Com essa limitação em mente, Wilbur testou duas estratanãgias de contra-propaganda para aumentar a resistência das pessoas a  propaganda extremista. Um ébaseado na teoria da autodeterminação, ou DPT, que argumenta que as pessoas são curiosas, ativas e buscam saúde, desde que suas necessidades psicológicas sejam atendidas. Primeiramente, nesta abordagem, o indiva­duo precisa ter agaªncia e controle sobre suas ações. Da mesma forma, a outra estratanãgia testada baseia-se na teoria da reata¢ncia psicológica, ou PRT, que assume que as pessoas tem fortes reações negativas quando sentem que sua liberdade estãoameaa§ada.

Wilbur recrutou cerca de 400 participantes online e disse-lhes que leriam mensagens extremistas. Os entrevistados foram atribua­dos aleatoriamente a uma condição de controle neutra, uma abordagem DPT ('ésua escolha concordar ou não') ou a condição PRT ('não deixe que eles o manipulem'). Eles então leram e avaliaram seu acordo sobre duas mensagens extremistas anti-imigrantes. Apa³s a exposição, ambas as campanhas produziram menor concorda¢ncia com as mensagens extremistas quando comparadas a  condição de controle - independentemente da filiação pola­tica .

Wilbur elaborou que os benefa­cios dessas campanhas baseadas em agaªncias éque elas podem ser construa­das com antecedaªncia e não são especa­ficas para mensagens. Essas estratanãgias proativas e as vantagens resultantes são um afastamento das abordagens anteriores que o pra³prio Wilbur usou durante sua viagem militar no Afeganistão. La¡, ele serviu como oficial de comunicações e foi encarregado de bloquear os esforços de recrutamento da Al-Qaeda, mas os manãtodos de comunicação existentes a  sua disposição eram lentos e reativos.

"A Al-Qaeda lana§aria um va­deo para recrutar. Então tera­amos que desacredita¡-la, mas isso levaria tempo para lana§ar um contra-produto (argumento contra¡rio por panfletos ou va­deos)", lembrou Wilbur.

Sua abordagem visa interromper o processo de radicalização entre grupos vulnera¡veis ​​da população.

"Se pudanãssemos levar as pessoas a pensar que tem autonomia, então sim, elas teriam mais probabilidade de resistir a s mensagens propagandistas", disse Wilbur. "Podemos atéconstruir mensagens sobre a vacina COVID-19 - campanhas que dizem a s pessoas que podem escolher se querem tomar a vacina ou não. Vocaª quer enfatizar a liberdade."

 

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