O novo trabalho de Andres Sevtsuk estima o tra¡fego de pedestres nas cidades - portanto, planejadores e desenvolvedores podem estudar o fluxo de pessoas, não apenas de veaculos.
Contando os pedestres na área de Kendall Square em Cambridge, Massachusetts, o professor associado do MIT, Andres Sevtsuk, produziu um novo modelo de fluxos de pedestres em redes de ruas que podem ser usados ​​para o planejamento da cidade. Créditos: Imagem: Christine Daniloff, MIT
Uma parte importante do campus do MIT se sobrepaµe a Kendall Square, a área movimentada em East Cambridge onde estudantes, residentes e funciona¡rios de tecnologia correm entre as aulas, reuniaµes e refeições. Para onde eles estãoindo? Existe uma maneira de dar sentido a essa agitação dia¡ria de pedestres?
Na verdade, existe: O professor associado do MIT, Andres Sevtsuk, fez da Kendall Square a base de um modelo recanãm-publicado de movimento de pedestres que poderia ajudar planejadores e desenvolvedores a compreender melhor o fluxo do tra¡fego de pedestres em todas as cidades.
O trabalho de Sevtsuk enfatiza a funcionalidade dos elementos de um bairro, acima e além de sua forma física, tornando o modelo um que poderia ser usado de Cambridge a Cidade do Cabo.
“Este modelo nos permite estimar quantas viagens de pedestres podem ocorrerâ€, diz Sevtsuk. “Ele também prevaª a distribuição de viagens. Isso depende diretamente do que estãodisponavel perto dos pedestres e de quantos destinos eles podem acessar a panã. â€
O modelo de Sevtsuk pode ajudar a preencher uma lacuna no planejamento urbano. a‰ normal que um relatório de avaliação de impacto de tra¡fego (TIA) seja necessa¡rio para novos desenvolvimentos, estimando o tra¡fego de automa³veis que o projeto provavelmente criara¡. Mas não existe um padrãoequivalente para o tra¡fego de pedestres, deixando a maioria dos funciona¡rios e planejadores que tomam decisaµes sobre projetos urbanos com maior incerteza.
Resumindo, a contagem de pedestres pode ajudar na contagem de pedestres.
“Ha¡ toda essa história de tratar o tra¡fego [de automa³veis] numericamenteâ€, diz Sevtsuk, “Cada investimento em estradas éacompanhado por uma análise de custo-benefacio. Mas esses benefacios são voltados para a movimentação de carros. As pessoas em volta da mesa que tem números são engenheiros de tra¡fego. As cidades tem a³timos dados sobre redes veiculares, mas sabemos muito pouco sobre cala§adas na maioria das cidades. â€
O artigo que apresenta o modelo, “Estimating Pedestrian Flows on Street Networksâ€, foi publicado no Journal of the American Planning Association . Sevtsuk, o aºnico autor, éCharles e Ann Spaulding Professor Associado de Desenvolvimento de Carreira de Ciência Urbana e Planejamento no MIT e diretor do City Form Lab do MIT.
Rua principal movimentada
O pra³prio modelo baseia-se na análise de rede, considerando a maioria das viagens de pedestres como viagens funcionais entre várias origens e destinos: residaªncias, escrita³rios, estações de metra´, restaurantes e outras amenidades. Sevtsuk colocou um raio ma¡ximo na maioria das viagens e permitiu uma “taxa de desvio†de até15 por cento, o que significa que as viagens de pedestres no modelo podem ir além do caminho mais curto para ir de um ponto a outro.
Para adquirir dados para o modelo, Sevtsuk obteve dados denívelde propriedade da cidade e fez com que os observadores contassem os pedestres em 60 segmentos de rua em Kendall Square para fins de calibração (antes da pandemia de Covid-19) durante duas horas do dia: um período do meio-dia a partir de 12h00 a s 14h00 e hora¡rio do rush noturno das 16h00 a s 20h00
Entre outras coisas, Sevtsuk e seus assistentes de pesquisa descobriram que a média desses segmentos de rua da Kendall Square tinha 872 pedestres durante o período do meio-dia e 1.711 durante a noite. A rua principal de Kendall Square - que possui uma estação de metra´, muitos edifacios do MIT e escrita³rios do Google e Amazon, entre outras empresas - teve uma média de 11.311 viagens de pedestres durante o período noturno de quatro horas.
“Precisamos de dados do mundo real para calibrar o modelo e éisso que nos coloca em uma estimativa de estimativas precisas em todas as ruasâ€, diz Sevtsuk. “A amostra representativa são precisa ocorrer em algumas ruas. Mas uma vez calibrado nessas 60 ruas, as estimativas são boas para ir para muito mais ruas - centenas ou milhares de ruas podem ser estimadas. â€
Uma ferramenta para a prancheta também
Como enfatiza Sevtsuk, o modelo pode ser aplicado a quase qualquer ambiente urbano, e não apenas a locais que se assemelham fisicamente a Praça Kendall. Com destinos para caminhar e condições de rua decentes para conecta¡-los, as pessoas caminhara£o por todos os tipos de bairros. Â
“As estimativas não são apenas comparativas de alguns lugares semelhantesâ€, diz Sevtsuk. “Eles são viagens estimadas diretamente de edifacios específicos para outros edifacios específicos nas proximidades, dependendo de seus usos.â€
a‰ verdade que o estudo gerou uma sanãrie de observações especaficas sobre a Kendall Square, onde cerca de 40 por cento dos trabalhadores e estudantes parecem ir todos os dias para um restaurante.
Mas de forma mais ampla, enfatiza Sevtsuk, o modelo também pode ser integrado ao planejamento urbano para ajudar a moldar os desenvolvimentos ainda na prancheta de várias maneiras - para estimar os fluxos de pedestres, para ajudar nas decisaµes de zoneamento e para garantir que as frentes de varejo estejam em seus lugares com fluxo significativo de pedestres, entre outras coisas.
“O que éparticularmente útil éque pode ser aplicado não apenas a áreas existentes como Kendall, mas também a locais recanãm-planejadosâ€, observa Sevtsuk. “Mesmo se estivanãssemos planejando uma nova área, apenas sabendo qual seráa configuração construada do empreendimento futuro e quais usos do solo ele pode conter, podemos ter uma previsão fundamentada sobre como seráo fluxo de pedestres.â€