Humanidades

Pontos nulos: as empresas da economia gigante não conseguem pontuar para os princa­pios do Oxford Fairwork
Com base em um relatório divulgado hoje pela Fairwork, um projeto do Oxford Internet Institute que avalia as melhores e piores pra¡ticas na economia de plataforma.
Por Oxford - 25/05/2021


As grandes organizações, que geralmente são usua¡rias desses servia§os, podem fazer a diferença assinando o compromisso da Fairwork e promovendo as melhores prática s na economia de plataforma. Crédito: Shutterstock.

Milhaµes de trabalhadores no Reino Unido estãotendo o sala¡rio ma­nimo e os direitos trabalhistas ba¡sicos negados por grandes empresas da 'economia gigante ', com base em um relatório divulgado hoje pela Fairwork, um  projeto do Oxford Internet Institute que avalia as melhores e piores prática s na economia de plataforma.

A equipe da Fairwork avaliou 11 plataformas de trabalho digital nos setores de servia§os domanãsticos, entrega de comida, correio e transporte de passageiros. Apenas dois alcana§aram mais de cinco pontos em dez - Just Eat and Pedal Me. A maioria das empresas conhecidas não cumpriu os princa­pios de trabalho do tipo 'Fairwork'. Estes são:

"Apenas dois alcana§aram mais de cinco pontos em dez - Just Eat and Pedal Me"


1. Pagamento justo - uma renda decente. Apenas duas plataformas demonstram que seus trabalhadores tem garantido o sala¡rio ma­nimo, após os custos.

2. Condições justas - condições de trabalho seguras. Seis plataformas podem mostrar que fornecem proteção de saúde e segurança.

3. Contratos justos - termos e condições compreensa­veis e acessa­veis. Fornecido apenas por cinco.

4. GestãoJusta - políticas e processos identifica¡veis. Apenas quatro puderam comprovar que possuem um processo formal de apelação.

5. Representação Justa - o direito de se organizar e ser representado. Apenas um, o Pedal Me, facilita a expressão da voz coletiva dos trabalhadores.

"Amazon, Ola e Bolt não receberam pontos por nenhuma dessas prática s, sendo incapazes de fornecer evidaªncias para atender a qualquer princa­pio de Fairwork"


De acordo com a pesquisa, em um ma¡ximo de dez, Amazon, Ola e Bolt não receberam pontos por nenhuma dessas prática s, sendo incapazes de fornecer evidaªncias para atender a qualquer princa­pio de Fairwork. Helpling e Stuart receberam uma marca cada e Uber, Uber Eats e Task Rabbit receberam dois pontos. Enquanto isso, Pedal Me recebeu oito pontos e Just Eat recebeu seis, enquanto Deliveroo recebeu cinco. 

'Esses resultados mostram que o trabalho justo épossí­vel no Reino Unido', diz Alessio Bertolini, um dos integrantes da equipe do projeto Fairwork. "Mas o que descobrimos éque a maioria das plataformas estãoum pouco distante dos padraµes ba¡sicos de trabalho aceita¡veis."

"A maioria das plataformas estãoum pouco distante dos padraµes ba¡sicos de trabalho aceita¡veis ​​... a‰ possí­vel operar este modelo de nega³cios sem prática s explorata³rias. Pedal Me e Just Eat mostram que isso pode ser feito"

Dr. Alessio Bertolini

De acordo com o relatório, a maioria das plataformas no Reino Unido não garante um sala¡rio ma­nimo aos seus trabalhadores. Em 2017, o Escrita³rio de Estata­sticas Nacionais estimou 2,8 milhões de pessoas trabalhando na economia de 'plataforma'. Os números aumentaram muito nos últimos anos, especialmente durante a pandemia de COVID-19.

O Dr. Bertolini afirma: 'Uma alta porcentagem das pessoas na economia de plataforma são vulnera¡veis ​​e podem ter dificuldade em encontrar oportunidades de trabalho mais tradicionais'

Existem benefa­cios potenciais para a economia da plataforma, 'O trabalho da plataforma pode ser flexa­vel e mais fa¡cil de acessar. Eles podem ser uma boa oportunidade, mas muitas vezes vem com a falta de direitos e proteções.

Ele explica ainda que, 'Nem todas as plataformas tem prática s de trabalho ruins. Com esta pesquisa, esperamos destacar que todas as plataformas não são iguais. a‰ possí­vel operar este modelo de nega³cios sem prática s explorata³rias. Pedal Me e Just Eat mostram que isso pode ser feito. Isso éalgo que pode mudar. '

Apelando a organizações do setor paºblico e privado e indivíduos para usarem as classificações para recompensar as boas prática s, o Dr. Bertolini diz: 'Grandes organizações, que muitas vezes são usua¡rias desses servia§os, podem fazer a diferença agora assinando o compromisso de Fairwork e juntando-se a nosna promoção prática s na economia de plataforma.

"As baixas pontuações de muitas plataformas populares ... demonstra claramente a necessidade de intervenção regulata³ria para garantir que os trabalhadores do show não caiam mais nas rachaduras"

Professor Mark Graham

Clamando por proteções mais fortes, o professor Mark Graham, professor de geografia da Internet no Oxford Internet Institute e diretor da Fairwork, afirma: 'As pontuações baixas de muitas plataformas populares na tabela da Fairwork UK demonstram claramente a necessidade de intervenção regulata³ria para garantir que os trabalhadores de show não mais caindo pelas rachaduras. A maioria das plataformas não estãoenfrentando o desafio de entregar um trabalho justo. '

 

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