Humanidades

A modelagem baseada em agentes para a arqueologia pode simular a complexidade das sociedades
O livro foi idealizado por Iza Romanowska, bolsista do Instituto de Estudos Avana§ados Aarhus, Colin Wren, da University of Colorado — Colorado Springs, e Stefani Crabtree, bolsista de sistemas complexos biossociais da ASU-SFI.
Por Instituto Santa Fe - 03/07/2021


Crédito: Santa Fe Institute

Quanto mais aprendemos sobre o passado, mais entendemos que as sociedades antigas compartilham algumas semelhanças impressionantes com a nossa. Desde as primeiras ondas de migração da áfrica para o Pueblo Ancestral, os povos do passado criaram arte, migraram para novas terras, lutaram em guerras, criaram fama­lias e exploraram recursos naturais para moradia, comida e ferramentas - assim como nós. Com a ajuda de uma ferramenta computacional poderosa chamada modelagem baseada em agente, os arqueólogos podem descobrir novas fronteiras de conhecimento que nos ajudam a entender melhor não apenas o passado, mas também o mundo de hoje, sugere um novo livro da SFI Press.

Pretendido como um livro-texto para arqueólogos com pouca ou nenhuma experiência com a técnica, ele explica o que émodelagem baseada em agente - "um tipo de simulação de computador que permite a investigação de fena´menos complexos de baixo para cima" - e como os leitores podem tirar o ma¡ximo proveito de a ferramenta em prosa clara. Arqueólogos de todas as especialidades apreciara£o os exemplos de modelos baseados em agentes que estãoajudando a responder algumas das maiores questões arqueola³gicas do campo. Os autores exploram como a ferramenta pode ajudar a decodificar por que algumas sociedades prosperam enquanto outras entram em colapso, por exemplo, e desenterrar padraµes de migração anteriormente ocultos.

O livro foi idealizado por Iza Romanowska, bolsista do Instituto de Estudos Avana§ados Aarhus, Colin Wren, da University of Colorado — Colorado Springs, e Stefani Crabtree, bolsista de sistemas complexos biossociais da ASU-SFI. Embora a modelagem baseada em agentes seja uma técnica comumente usada em ecologia, émais um nicho em arqueologia, diz Crabtree. Sua esperana§a éque o livro, Modelagem Baseada em Agente para Arqueologia: Simulando a Complexidade das Sociedades, fornea§a a orientação e inspiração de que os arqueólogos precisam para aplicar a ferramenta em seu pra³prio trabalho.

“Essa tecnologia tem algumas décadas, mas acho que havia a necessidade de um livro para ensinar as pessoas como fazer isso”, diz Crabtree, que junto com seus coautores ministra workshops sobre a técnica. E a necessidade da ferramenta nunca foi tão grande, acrescenta ela.

“Usando o passado como um conjunto de dados de calibração, podemos entender melhor onde estamos hoje e para onde estamos indo”, escrevem os autores no livro. “O passado éuma ferramenta poderosa para examinar como indivíduos e grupos reagem em uma infinidade de situações diferentes. Desta forma, pode ser visto como um conjunto de 'experiências já realizadas”, que nos mostram as soluções a³timas para os desafios que as sociedades enfrentam . Esses experimentos são tudo o que temos para continuar enquanto tentamos prever a trajeta³ria de nosso futuro. "

 

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