Humanidades

Machu Picchu mais velha do que o esperado, estudo revela
A descoberta sugere que Pachacuti, cujo reinado colocou o Inca no caminho para se tornar o maior e mais poderoso impanãrio da Amanãrica pré-colombiana, ganhou poder e começou suas conquistas décadas antes do que as fontes textuais indicam.
Por Mike Cummings - 13/08/2021


(Foto de Pedro Szekely. Licenciado sob Creative Commons Atribuição ShareAlike CC BY-SA 2.0)

Machu Picchu, a famosa 15 th -century local Inca no sul do Peru, éde atévárias décadas mais velhos do que se pensava, segundo um novo estudo conduzido por Yale arqueólogo Richard Burger.

Burger e pesquisadores de várias instituições norte-americanas usadas acelerador de espectrometria de massa (AMS) - uma forma avana§ada de datação por radiocarbono - para restos humanos data recuperado durante o ini­cio dos anos 20 º século na monumental propriedade rural complexa e única vez de imperador inca Pachacuti localizado na face leste da Cordilheira dos Andes.

Suas descobertas, publicadas no jornal Antiquity , revelam que Machu Picchu esteve em uso por volta de 1420 DC a 1530 DC - terminando na anãpoca da conquista espanhola - tornando o local pelo menos 20 anos mais velho do que o registro hista³rico aceito sugere e levantando questões sobre nossa compreensão da cronologia Inca.

Fontes hista³ricas que datam da invasão espanhola do Impanãrio Inca indicam que Pachacuti tomou o poder em 1438 DC e posteriormente conquistou o vale do baixo Urubamba, onde Machu Picchu estãolocalizado. Com base nesses registros, os estudiosos estimam que o local foi construa­do depois de 1440 DC, e talvez até1450 DC, dependendo de quanto tempo levou para Pachacuti dominar a regia£o e construir o pala¡cio de pedra.

O teste AMS indica que a linha do tempo hista³rica éimprecisa.

“ Atéagora, as estimativas da antiguidade de Machu Picchu e da duração de sua ocupação baseavam-se em relatos hista³ricos contradita³rios escritos por espanha³is no período que se seguiu a  conquista espanhola”, disse Burger, o professor Charles J. MacCurdy de antropologia na Faculdade de Artes de Yale e Ciências. “Este éo primeiro estudo baseado em evidaªncias cienta­ficas para fornecer uma estimativa para a fundação de Machu Picchu e a duração de sua ocupação, dando-nos uma imagem mais clara das origens e da história do local.”

A descoberta sugere que Pachacuti, cujo reinado colocou o Inca no caminho para se tornar o maior e mais poderoso impanãrio da Amanãrica pré-colombiana, ganhou poder e começou suas conquistas décadas antes do que as fontes textuais indicam. Como tal, tem implicações para a compreensão mais ampla da história inca pelas pessoas, disse Burger.

“ Os resultados sugerem que a discussão sobre o desenvolvimento do impanãrio Inca com base principalmente nos registros coloniais precisa de revisão”, disse ele. “Os manãtodos modernos de radiocarbono fornecem uma base melhor do que os registros hista³ricos para a compreensão da cronologia Inca.”

A técnica AMS pode datar ossos e dentes que contenham atémesmo pequenas quantidades de material orga¢nico, expandindo o reservata³rio de resíduos adequados para análises cienta­ficas. Para este estudo, os pesquisadores usaram para analisar amostras humanas de 26 indivíduos que foram recuperados de quatro cemitanãrios em Machu Picchu em 1912 durante escavações lideradas pelo professor de Yale Hiram Bingham III, que havia “redescoberto” o local no ano anterior.

Os ossos e dentes usados ​​na análise provavelmente pertenciam a lacaios, ou assistentes, que foram designados para a propriedade real, afirma o estudo. Os restos mortais mostram poucas evidaªncias de envolvimento em trabalho fa­sico pesado, como construção, o que significa que provavelmente são do período em que o local funcionava como um pala¡cio de campo, e não quando estava sendo construa­do, disseram os pesquisadores.

Em 30 de novembro de 2010, a Universidade de Yale e o governo peruano chegaram a um acordo para a devolução ao Peru dos materiais arqueola³gicos que Bingham escavou em Machu Picchu. Em 11 de fevereiro de 2011, Yale assinou um acordo com a Universidade Nacional de San Antonio Abad del Cusco estabelecendo o Centro Internacional para o Estudo de Machu Picchu e da Cultura Inca, que se dedica a  exibição, conservação e estudo das coleções arqueola³gicas das escavações de Bingham em 1912. Todos os restos humanos e outros materiais arqueola³gicos de Machu Picchu foram posteriormente devolvidos a Cusco, a antiga capital do Impanãrio Inca, onde são conservados no Museu Machu Picchu.

 

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