Humanidades

Condições ambientais dos primeiros humanos na Europa
A investigaa§a£o faz parte do projeto Orce (ProyectORCE) financiado pela autarquia local da Andaluzia e liderado pela Universidade de Granada, do qual participam desde 2017 investigadores da Universidade de Helsa­nquia.
Por Universidade de Helsinque - 08/09/2021


Visão do artista sobre os primeiros povos da Europa. Imagem de reconstrução da localidade de Dmanisi, Gea³rgia. Crédito: Mauricio Anta³n

Compreender as condições ambientais sob as quais os humanos primitivos se dispersaram para fora da áfrica éimportante para compreender os fatores que afetaram a evolução humana. Esta éuma questãoatual que permanece debatida. Um estudo recente preparado em colaboração com pesquisadores da Universidade de Helsinque e das Universidades de Granada, Tarragona, Zaragoza, Barcelona, ​​Salamanca, Madrid e Ta¼bingen fornece novas informações sobre o contexto ambiental das primeiras ocupações humanas na Europa durante o Pleistoceno.

A investigação faz parte do projeto Orce (ProyectORCE) financiado pela autarquia local da Andaluzia e liderado pela Universidade de Granada, do qual participam desde 2017 investigadores da Universidade de Helsa­nquia. O projeto éresponsável por escavações arqueola³gicas / paleentola³gicas e pesquisa relacionada na Andaluzia, Espanha.

O estudo estãofocado na Bacia Guadix-Baza, Andaluzia, Espanha, onde os pesquisadores usaram a distribuição de caracteri­sticas ecomanãtricas denta¡rias em comunidades de grandes mama­feros fa³sseis para reconstruir varia¡veis ​​clima¡ticas e produção prima¡ria la­quida de comunidades de plantas de ca. 4,5 milhões de anos a ca. 400.000 anos atrás.

A bacia do Guadix-Baza éde particular importa¢ncia para a compreensão dos primeiros ambientes humanos fora da áfrica, porque inclui alguns locais que estãoentre os primeiros locais de ocupação humana na Europa, Barranco Lea³n e Fuente Nueva 3 perto da cidade de Orce, que foram datado de ca. 1,4-1,2 milhões de anos de idade.

Com base nas estimativas, o clima na Bacia de Guadix-Baza variou de aproximadamente semelhante ao atual (por exemplo, Venta Micena, cerca de 1,6 milhões de anos atrás) a mais aºmido, com maior produção prima¡ria anual. Os primeiros locais de ocupação humana na Bacia Guadix-Baza, como Barranco Lea³n e Fuente Nueva 3, tendiam a ter uma produção prima¡ria mais alta do que na regia£o hoje. A vegetação era principalmente semelhante a  floresta mediterra¢nea sem vegetação rasteira significativa, tornando-a diferente dos ambientes de savana dominados por grama africanos.

O autor principal Juha Saarinen da Universidade de Helsinque disse: "Ana¡lises dietanãticas baseadas no desgaste denta¡rio indicam que a maioria dos grandes mama­feros herba­voros nestes ambientes não consomem quantidades significativas de grama, atestando ainda mais a escassez de vegetação grama­nea. Este éum aspecto importante. descoberta, pois sugere que já os primeiros locais de ocupação humana na Europa eram frequentemente diferentes das savanas grama­neas africanas em termos de vegetação e interações entre a grande fauna de mama­feros e a vegetação. "

As condições sob as quais os primeiros membros do gaªnero Homo se dispersaram fora da áfrica também foram analisadas em uma escala mais ampla, em toda a Europa durante o Pleistoceno Inferior e Manãdio. O modelo ébaseado na comparação da distribuição de caracteri­sticas funcionais de grandes mama­feros herba­voros em locais com evidaªncias arqueola³gicas ou fa³sseis de presença humana e em locais que não possuem evidaªncias da presença humana.

Com base nos resultados, os primeiros humanos ocorreram em uma ampla variedade de ambientes, mas estavam concentrados em locais onde a distribuição de caracteri­sticas funcionais sugere um clima relativamente ameno e diversos ambientes, pelo menos parcialmente arborizados, especialmente na fase inicial de dispersão. Além disso, em um esta¡gio posterior, depois que os humanos já haviam se estabelecido na Europa durante o Pleistoceno Manãdio, os humanos estavam ausentes de alguns locais onde as caracteri­sticas dos mama­feros sugerem condições particularmente severas (frio, seco ou ambos).

 

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