Humanidades

As criana§as ira£o confrontar os seus pares, mas a forma como o fazem varia consoante as culturas
Da forma como dizemos 'ala´' ao lado da estrada em que dirigimos, todas as sociedades tem normas - ou 'regras' - que moldam a vida cotidiana das pessoas.
Por Universidade de Plymouth - 27/12/2021


Uma representação visual do estudo - uma criana§a classificou os blocos e a outra observou. Crédito: PNAS

Da forma como dizemos 'ala´' ao lado da estrada em que dirigimos, todas as sociedades tem normas - ou 'regras' - que moldam a vida cotidiana das pessoas.

Agora, um novo estudo - o primeiro desse tipo - mostrou que criana§as em todo o mundo desafiara£o seus pares se eles quebrarem as 'regras', mas a forma como os desafiam varia entre as culturas.

Liderado pela Universidade de Plymouth, no Reino Unido, e pela Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, o estudo analisou o comportamento de 376 criana§as de cinco a oito anos de oito sociedades na áfrica, asia, Europa e Amanãrica do Sul.

Cada criana§a foi ensinada a jogar um jogo de classificação de blocos - metade ensinada a separar os blocos por cor e a outra metade a classifica¡-los por forma. Eles foram então colocados em pares, com um jogando o jogo e o outro observando.

A pesquisa mostrou que os observadores intervinham com mais frequência quando a outra criana§a parecia brincar com o conjunto errado de regras. Quanto mais uma criana§a interveio, maior a probabilidade de seu parceiro mudar seu comportamento. O estudo também mostrou que o tipo de intervenção variava - com criana§as de áreas rurais usando mais o protesto verbal imperativo do que criana§as de áreas urbanas.

O estudo éo primeiro a analisar o comportamento das criana§as ao desafiar as violações de normas em culturas em todo o mundo e aumenta nossa compreensão de como as normas permitem que as pessoas alcancem coordenação e cooperação.

A autora principal, Dra. Patricia Kanngiesser, da Universidade de Plymouth, disse: "O que háde novo neste estudo éque observamos o comportamento das criana§as e viajamos pelo mundo todo para isso - não perguntamos a s criana§as o que pretendiam fazer, mas medimos o que realmente fez nas interações sociais da vida real.

“Tambanãm foi muito interessante ver que a forma como as criana§as se corrigiam variava conforme a localidade. Para nossa surpresa, as criana§as de comunidades rurais de pequena escala protestaram tanto ou mais do que as criana§as de ambientes urbanos. Presumimos isso, porque todos se conhecem caso contra¡rio, em comunidades de pequena escala, as intervenções diretas seriam menos comuns, pois as pessoas poderiam contar com meios mais indiretos, como a reputação, para garantir o cumprimento das regras. Mas, na verdade, descobrimos que o oposto éverdadeiro.

"O pra³ximo passo éexplorar mais o que motiva as criana§as a intervir e como elas aprendem a intervir. Por exemplo, elas aprendem com adultos ou criana§as mais velhas como reagir a  violação de regras?"

 

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