Humanidades

As cidades podem ser parte da solução na sustentação de espanãcies
A expansão urbana de até1,53 milha£o de quila´metros quadrados de novas terras ameaa§ara¡ a sobrevivaªncia de mais de 800 espanãcies, mas o foco no planejamento urbano que protege os habitats pode mitigar o impacto.
Por Fran Silverman - 16/03/2022


Cortesia

Nos pra³ximos 30 anos, a população urbana global devera¡ aumentar em 2,5 bilhaµes de pessoas, o que aumentara¡ muito a expansão urbana. Grande parte dessa expansão urbana estãoprevista para ocorrer em hotspots de biodiversidade, colocando em risco uma grande variedade de espanãcies, muitas das quais já estãoameaa§adas de extinção.

A expansão estãoprojetada para resultar em até1,53 milha£o de quila´metros quadrados de novas terras urbanas, ameaa§ando diretamente 855 espanãcies, de acordo com as descobertas de um novo estudo PNAS co-autoria de Karen Seto , Yale School of the Environment Frederick C. Hixon Professor of Geography e Urbanization Science, estudante de doutorado da YSE Rohan Simkin , Walter Jetz , diretor do Yale Center for Biodiversity and Global Change e professor de ecologia e biologia evolutiva, e Robert McDonald, cientista lider de soluções baseadas na natureza na The Nature Conservancy.

O estudo identificou cidades de hotspots que se prevaª terem impactos particularmente grandes nos habitats das espanãcies. Muitas das cidades hotspot estãoem regiaµes equatoriais onde o crescimento urbano coincide com habitats biodiversos. As cidades que representam a maior ameaça a s espanãcies devido a  expansão estãolocalizadas predominantemente nas regiaµes tropicais em desenvolvimento da áfrica Subsaariana, Amanãrica do Sul, Mesoamanãrica e Sudeste Asia¡tico.

"Podemos construir cidades de forma diferente do que construa­mos no passado. Eles podem ser bons para o planeta; podem salvar espanãcies; eles podem ser centros de biodiversidade e salvar terras para a natureza.''


Karen SetoFrederick C. Hixon Professor de Geografia e Ciências da Urbanização, Yale School of the Environment

As espanãcies ameaa§adas na Lista Vermelha da Unia£o Internacional para a Conservação da Natureza estãodesproporcionalmente representadas entre as espanãcies fortemente impactadas.

Mas concentrar os esforços globais na minimização dos impactos nos habitats dessas regiaµes de crescimento pode ajudar a conservar e proteger as espanãcies, dizem os autores.

855

Espanãcies ameaa§adas
A nova expansão de terras urbanas estãoameaa§ando diretamente 855 espanãcies. Explore os padraµes projetados de expansão urbana e impacto na biodiversidade.



O estudo baseou-se em dados do Mapa da Vida de Yale osuma coleção de dados de distribuição de espanãcies usados ​​para monitorar, pesquisar e criar políticas que protegem as espanãcies em todo o mundo. Tambanãm usou um conjunto recentemente desenvolvido de projeções de uso da terra para avaliar a futura perda de habitat da expansão de terras urbanas para mais de 30.000 espanãcies terrestres em todo o mundo. Ele descobriu que a expansão da terra urbana éum fator significativo de perda de habitat para cerca de um tera§o deles.

O relatório vem quando a 15ª Conferência das Partes se reaºne em abril para decidir a nova estrutura de conservação da biodiversidade pa³s 2020. O estudo demonstra a necessidade de esforços globais de conservação para incluir políticas de preservação de espanãcies em áreas urbanas.

“As cidades são, na verdade, parte da solução”, diz Seto. “Podemos construir cidades de forma diferente do que construa­mos no passado. Eles podem ser bons para o planeta; podem salvar espanãcies; eles podem ser centros de biodiversidade e salvar terras para a natureza.''

O estudo descobriu que os maiores impactos sobre as espanãcies não foram das maiores cidades do mundo, mas de áreas urbanas com uma infinidade de espanãcies endaªmicas onde a expansão pode destruir habitats. E essas áreas estãorapidamente se tornando mais urbanizadas.

“Um dos objetivos do estudo foi identificar essas espanãcies, não apenas ameaa§adas, mas especificamente ameaa§adas pelo desenvolvimento urbano”, diz Simkin, principal autor do estudo. “Acho que a pessoa comum nas ruas estãomuito ciente da crise climática agora, mas não tenho certeza se eles estãocientes da crise da biodiversidade.”

Mas os obsta¡culos para conter a expansão incluem pressaµes econa´micas, estruturas de governana§a e conscientização da importa¢ncia dos habitats e da preservação da biodiversidade. a‰ mais fa¡cil construir, não aumentar, observa Seto.

As espanãcies sob maior pressão de expansão estãoconcentradas em áreas do centro do Manãxico atéa Amanãrica Central, Caribe, Haiti, Niganãria, Camaraµes, Sri Lanka, Indonanãsia, Mala¡sia, Taila¢ndia, Brasil e Equador.

“Estamos em um momento crítico em que os governos do mundo estãorenegociando seus compromissos com a Convenção sobre Diversidade Biola³gica. Este estudo éimportante, pois permite quantificar, pela primeira vez, quais espanãcies especa­ficas estãomais ameaa§adas pelo crescimento urbano e onde as áreas protegidas urbanas são necessa¡rias para protegaª-las'', diz McDonald.

Acordos globais sobre biodiversidade e conservação que se concentram na proteção do habitat de espanãcies que se prevaª serem as mais vulnera¡veis, investimentos do Fundo Global para o Meio Ambiente e ações direcionadas em escalas locais podem ajudar a mitigar o impacto sobre as espanãcies.

“O estudo oferece suporte vital para decisaµes em regiaµes de todo o mundo para planejar o crescimento urbano que minimize a perda de biodiversidade'', diz Jetz. “Ele aproveita o andice de Habitat de Espanãcies, um indicador central de mudança de biodiversidade do esboa§o do Quadro Global de Biodiversidade pa³s-2020 da Convenção sobre Diversidade Biola³gica, para avaliar cenários futuros.”

Seto diz que apesar do potencial de perda de espanãcies da expansão da terra, o estudo destaca como as cidades podem proteger proativamente a biodiversidade.

“A maioria desses lugares ainda não foi construa­da”, observa ela. “Pola­ticas baseadas na ciência que orientam como as cidades de amanha£ sera£o construa­das tera£o um efeito tremendo.”

Seto éo principal autor coordenador do capa­tulo de mitigação urbana do pra³ximo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Clima¡ticas (IPCC), que abordara¡ a compreensão física mais atualizada do sistema clima¡tico global e dasmudanças climáticas.

 

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