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A fertilização in vitro não aumenta os rearranjos cromossa´micos nas células fetais e placenta¡rias
Um estudo internacional publicado recentemente indica que, ao contra¡rio do que se suspeita com base em estudos com animais, os tratamentos de fertilizaa§a£o in vitro não aumentam as alteraçaµes cromossa´micas nas linhagens de células placenta¡ria
Por Paivi Lehtinen - 05/12/2019


FOTO: MOSTPHOTOS

Pesquisadores da Universidade de Helsinque e do Hospital Universita¡rio participaram de colaboração internacional, onde foram examinados os rearranjos cromossa´micos associados aos tratamentos de fertilização in vitro.

Estudos anteriores mostraram quantidade significativa de mosaicismo cromossa´mico em embriaµes derivados de fertilização in vitro: número alterado de cromossomos e duplicação ou exclusão de regiaµes cromossa´micas. Cromossomos insta¡veis ​​podem afetar significativamente a taxa de sucesso das transferaªncias de embriaµes e tratamentos de fertilização in vitro. Além disso, os rearranjos cromossa´micos aumentaram a preocupação com o efeito do ambiente in vitro suba³timo na integridade genanãtica e na saúde de criana§as derivadas de fertilização in vitro.

Este estudo diz respeito a uma parcela significativa e em constante crescimento da população. Os tratamentos reprodutivos assistidos resultaram em mais de sete milhões de criana§as desde 1978. Segundo o instituto finlandaªs de saúde e bem-estar, 5,4% das criana§as nascidas na Finla¢ndia em 2016 foram derivadas de tratamentos de fertilização in vitro.

A quantidade de rearranjos cromossa´micos foi examinada comparando 49 DNA derivado de fertilização in vitro e 62 DNA de recanãm-nascidos concebidos naturalmente, coletados do sangue e do tecido placenta¡rio. Para discernir novas mutações das herdadas, também foi coletado DNA dos pais. a‰ importante ressaltar que os embriaµes de fertilização in vitro selecionados para transferaªncia intra-uterina não foram rastreados quanto a possa­veis rearranjos cromossa´micos antes da transferaªncia.

No total, alterações cromossa´micas não herdadas dos pais foram encontradas em doze placentas de 111 (10,8%). Houve 15 alterações no total, das quais quatro foram observadas no sangue do recanãm-nascido e 11 apenas na placenta.

No grupo de fertilização in vitro, houve alterações cromossa´micas apenas em três placentas e em dois casos foram detectadas também nas amostras de sangue do recanãm-nascido. Nãoforam observadas indicações de quaisquer efeitos dos manãtodos específicos utilizados nos tratamentos - microinjeção e embria£o fresco ou congelado - neste estudo.

Nove alterações cromossa´micas foram observadas nas placentas naturalmente concebidas. Duas dessas alterações foram detectadas também no sangue dos recanãm-nascidos.

Quando apenas os recanãm-nascidos com peso de nascimento adequado foram inclua­dos no exame, o número de alterações cromossa´micas nas amostras derivadas de FIV foi de 3/48 (6,3%, todas as alterações associadas a  FIV estavam nesse grupo) e 6/50 (12%) em as amostras concebidas naturalmente.

“De acordo com este estudo, a fertilização in vitro não aumenta o número de rearranjos cromossa´micos nas células da placenta ou do recanãm-nascido. O aumento do mosaicismo cromossa´mico observado no esta¡gio inicial do blastocisto desaparecera¡ durante os seguintes períodos de desenvolvimento antes do nascimento. Além disso, sabe-se que o desenvolvimento de parte dos embriaµes éinterrompido no esta¡gio inicial ”, diz Docent Nina Kaminen-Ahola, da Universidade de Helsinque.

As alterações cromossa´micas foram espalhadas aleatoriamente pelo genoma, sem qualquer conseqa¼aªncia funcional observada na biologia placenta¡ria ou na saúde fetal.

As amostras recolhidas em finlandesas epiART e epiFASD projectos foram envolvidos neste estudo.

O estudo foi publicado na Nature Medicine .

 

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