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Indústria éprimeiro setor afetado pelo Coronava­rus
Os segmentos que se mostraram mais afetados pela pandemia no maªs foram: Petra³leo e biocombusta­veis (88,3%) e Quí­mica (61,4%). O levantamento aponta que chegaria a afetar 90,5% e 80,2% das empresas desses segmentos nos pra³ximos meses, respectivam
Por FGV - 04/04/2020



O coronava­rus foi se espalhando pelo mundo e desde janeiro acompanhamos mais de perto a sua evolução. No Brasil, a indústria começou a sentir os efeitos da pandemia em mara§o. Pesquisa realizada no a¢mbito das sondagens empresariais e do consumidor, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), mostra que em mara§o de 2020, quase metade das empresas da indústria (43%) já percebia os efeitos nos nega³cios, seguidas por comanãrcio (35,4%) e servia§os (30,2%).

Na indaºstria, os segmentos que se mostraram mais afetados pela pandemia no maªs foram: Petra³leo e biocombusta­veis (88,3%) e Quí­mica (61,4%). O levantamento aponta que chegaria a afetar 90,5% e 80,2% das empresas desses segmentos nos pra³ximos meses, respectivamente. Para quase todas as empresas de Petra³leo (90,7%), a principal causa para esse impacto seria a demanda externa reduzida, e para 83,1% dos produtores químicos seria o fornecimento de insumos importados.

“Os efeitos do coronava­rus na economia começam a ser sentidos em mara§o, mas certamente passa a ser mais forte após o poder paºblico estabelecer as medidas de restrições. Nãosabemos ainda qual seráo impacto total na economia, pois atinge todos os setores, segmentos e consumidores. O resultado dependera¡ do tempo que ainda levara¡ para retomar as atividades”, analisou Viviane Seda, coordenadora das Sondagens do FGV IBRE e da pesquisa.

Para os pra³ximos meses, 15 dos 19 segmentos tem mais de 50% das empresas dizendo que sofrera¡ impactos devido ao coronava­rus. Entre os que esperam ser mais afetados estão: ma¡quinas e materiais elanãtricos (91,5%), limpeza e perfumaria (90,2%), informa¡tica e eletra´nicos (89,4%), couros e cala§ados (85,9%) e vea­culos automotores (82,7%) e metalurgia (82%).

A principal preocupação dos empresa¡rios, em sua maioria, écom o fornecimento de insumos importados. Nesse quesito, produtores de bens de consumo dura¡veis são os mais preocupados (86,6%). A questãode paralisação por problemas de saúde foi citada por 23,0% das empresas, tendo maior incidaªncia nos produtos de bens de consumo não dura¡veis (34,6%).

Curiosamente, empresas do vestua¡rio são as que esperam menor impacto em suas atividades, com apenas 26%. O a­ndice émais baixo que o indicado por empresa¡rios de produtos considerados essenciais como alimentos e farmacaªuticos: mais de 40% espera ser impactado pelo va­rus.

Feita entre 1º e 25 de mara§o, majoritariamente antes do fechamento das escolas e do comanãrcio, a pesquisa apontava que mesmo antes das restrições mais de 30% das empresas de todos os setores sentiam os efeitos da pandemia. Já para a quase totalidade (81,4%) dos 1700 consumidores consultados entre os dias 1º e 19 de mara§o, iria prejudicar de maneira forte ou moderada a economia.

O estudo completo estãodispona­vel no site.

 

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