Um estudo divulgado hoje pela Universidade de Oxford éo primeiro a destacar a importa¢ncia da idade e da ciência demogra¡fica na explicaça£o da diferença de fatalidades entre ospaíses afetados pelo varus.
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A pesquisa, de Jennifer Beam Dowd, Melinda Mills e colegas do Leverhulme Center for Demographic Science, Universidade de Oxford e Nuffield College, enfatiza o potencial de taxas de mortalidade dramaticamente mais altas empaíses e localidades com populações mais velhas.
"A pesquisa enfatiza o potencial de taxas de mortalidade dramaticamente mais altas empaíses e localidades com populações mais velhas"
Atualmente, o risco de mortalidade por Covid-19 éaltamente concentrado em idades mais avana§adas, principalmente nas pessoas com mais de 80 anos. A compreensão da demografia eta¡ria de umpaís pode ajudar a prever a carga de casos craticos e ajudar no planejamento mais preciso da disponibilidade de leitos hospitalares, equipe e outros recursos.
'Atéque dados mais sutis sobre comorbidades estejam disponaveis, a concentração de risco de mortalidade nas idades mais antigas éuma das melhores ferramentas que temos para entender e lidar com o Covid-19 nos naveis local e nacional' ', explica a principal autora, Jennifer Dowd, Professor Associado de Demografia e Saúde da População.
O estudo foi motivado pela surpreendente gravidade precoce e número de mortes por Covid-19 na Ita¡lia. Em comparação com a Coranãia do Sul, que também teve um aumento precoce de casos, a Ita¡lia tem uma das populações mais antigas do mundo, com 23,3% acima dos 65 anos, em comparação com 14% na Coranãia do Sul.
Usando a atual taxa de mortalidade por casos específicos por idade na Ita¡lia, os pesquisadores ilustram como a estrutura eta¡ria da população interage com altas taxas de mortalidade por Covid-19 em idades mais avana§adas para gerar grandes diferenças no número de mortes. Na Ita¡lia, o número previsto de mortes foi 1,7 vezes maior do que na Coranãia do Sul.Â
"Além da demografia eta¡ria, as interações intergeracionais também são importantes para entender a disseminação do Covid-19", diz Melinda Mills, professora de Nuffield e diretora do Leverhulme Center for Demographic Science. «A Ita¡lia éumpaís caracterizado por extensos contatos intergeracionais e proximidade residencial entre filhos adultos e seus pais. As políticas de mitigação da Covid-19 precisam considerar essa interação entre as situações da vida familiar e a concentração de populações vulnera¡veis.Â
"Nossa abordagem de previsão da ciência demogra¡fica mostra como o Covid-19 poderia se desenvolver em diferentes lugares e poderia ser uma ferramenta importante para governos e formuladores de políticas".
Projeções demogra¡ficas também podem ser usadas para entender como a estrutura eta¡ria da população pode influenciar fatalidades em diferentespaíses do mundo. Para demonstrar como a estrutura eta¡ria da população pode afetar ospaíses que ainda sofrem um grande aumento no varus, os autores simularam taxas de mortalidade em potencial em doispaíses com tamanhos populacionais semelhantes, mas com distribuições eta¡rias muito diferentes: e Niganãria, onde apenas 0,2% da população tem mais de 80 anos. Esse cena¡rio viu mais de três vezes mais mortes no Brasil, apenas com base na estrutura eta¡ria - mas a densidade populacional e a capacidade do sistema de saúde também são importantes.
"Nossa abordagem de previsão da ciência demogra¡fica mostra como o Covid-19 poderia se desenvolver em diferentes lugares e poderia ser uma ferramenta importante para governos e formuladores de políticas", diz Jennifer Dowd. Mantendo outros fatores, como a capacidade médica constante, uma estrutura eta¡ria mais jovem deve fornecer proteção a uma população. Maspaíses e localidades com populações mais velhas precisara£o tomar medidas de proteção mais agressivas para permanecer abaixo do limiar de casos craticos que ultrapassam a capacidade do sistema de saúde.'