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Pesquisadores criam mapas globais de arsaªnico nas a¡guas subterra¢neas para destacar ameaa§as
A pandemia atual chamou a atenção do mundo e por boas razaµes. Mas outras ameaa§as continuam colocando milhões de pessoas em risco.
Por Bob Yirka - 23/05/2020


Probabilidade modelada de concentração de arsaªnico nas a¡guas subterra¢neas superior
a 10 µg por litro (vermelho: alta probabilidade, azul: baixa probabilidade).
Crédito: Joel Podgorski, Michael Berg, Eawag

Um par de pesquisadores do Instituto Federal Sua­a§o de Ciência e Tecnologia Aqua¡tica criou um mapa global que destaca áreas nas quais háprova¡veis ​​na­veis perigosos de arsaªnico nas a¡guas subterra¢neas. Em seu artigo publicado na revista Science , Joel Podgorski e Michael Berg descrevem a combinação de dados de várias fontes para treinar um algoritmo de aprendizado de ma¡quina para destacar possa­veis pontos quentes em um mapa global. Yan Zheng, da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul, publicou um artigo em Perspectiva descrevendo o trabalho do par de pesquisas na mesma edição da revista.

A pandemia atual chamou a atenção do mundo e por boas razaµes. Mas outras ameaa§as continuam colocando milhões de pessoas em risco. Um deles, como observa Zheng, éo consumo de arsaªnico . Comumente conhecido como um tipo de veneno usado para matar rivais, o arsaªnico éum metala³ide que, quando consumido, pode causar sanãrios problemas médicos e, éclaro, morte. a‰ também um elemento qua­mico que écomumente encontrado no solo e nas rochas. Em alguns casos, existem condições que permitem que o arsaªnico entre nas a¡guas subterra¢neas, onde pode ser puxado e consumido, colocando as pessoas em risco.

Os cientistas estãocientes do problema do envenenamento por arsaªnico nas a¡guas subterra¢neas em lugares como Argentina, Bangladesh e Vietna£. A OMS também estãociente do problema - eles estabeleceram uma concentração de 10 microgramas por litro como limite de segurança na águaconsuma­vel. Nesse novo esfora§o, Podgorski e Berg, um cientista ambiental e hidrologista, respectivamente, suspeitaram que provavelmente hámais hotspots do que os atualmente conhecidos; portanto, eles se propuseram a revelar hotspots prova¡veis ​​em todo o mundo, analisando grandes quantidades de dados.

O trabalho envolveu a montagem de dados de mais de 80 estudos e o uso de um algoritmo de aprendizado de ma¡quina que processou os dados e fez estimativas sobre a probabilidade de na­veis de arsaªnico nas a¡guas subterra¢neas para pacotes de 1 km 2 cobrindo todo o mundo. Eles então usaram as previsaµes para criar um mapa mostrando os na­veis de ameaça de arsaªnico. O mapa mostrou que até220 milhões de pessoas em todo o mundo podem estar em risco de beber águacontaminada com na­veis perigosos de arsaªnico.

 

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