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Cientistas descobrem sistema de falhas no sudeste do Nepal
As falhas recentemente encontradas mostram que a frente do movimento tecta´nico no cintura£o das montanhas fica 40 quila´metros mais ao sul do que os cientistas pensavam anteriormente.
Por Katie Willis - 14/07/2020


Estudante de graduação Mike Duvall realiza trabalho de campo no sudeste do Nepal em 2017. Duvall e seu supervisor John Waldron faziam parte de uma equipe internacional de cientistas que identificaram uma sanãrie de falhas anteriormente desconhecidas na regia£o. Crédito: John Waldron

Um sistema de falhas recentemente identificado no sudeste do Nepal tem o potencial de causar terremotos em uma área densamente povoada, de acordo com dois cientistas da Universidade de Alberta que faziam parte de uma equipe internacional que fez a descoberta.

"Descobrimos uma sanãrie de falhas no sopéda cordilheira do Himalaia que nunca foram vistas antes", explicou o gea³logo John Waldron, do U A, co-autor do estudo com Mike Duvall.

Waldron explicou que as falhas recentemente encontradas mostram que a frente do movimento tecta´nico no cintura£o das montanhas fica 40 quila´metros mais ao sul do que os cientistas pensavam anteriormente.

"Nossa pesquisa destaca a necessidade de olhar abaixo dasuperfÍcie e mais longe, para entender completamente os terremotos e as estruturas no Himalaia", disse Duvall, cujo trabalho no estudo foi supervisionado por Waldron.

"Ao longo da frente das montanhas do Nepal háfalhas de empuxo, formadas onde o subcontinente indiano estãosendo empurrado para a asia", disse Waldron. "O movimento éinsta¡vel, o que produz terremotos. Por ser uma parte densamente povoada do mundo, esses terremotos podem ser catastra³ficos".


"Essa rede de falhas mostra que a deformação do Himalaia alcana§a mais longe do que pensa¡vamos anteriormente e fornece um vislumbre da geometria e formação de cadeias de montanhas nascentes".

A equipe de pesquisa usou perfis sa­smicos - imagens que parecem fatias nos primeiros quila´metros da crosta terrestre. Esses perfis foram originalmente coletados durante a exploração de petra³leo, registrando ondas sonoras refletidas em camadas sedimentares enterradas sob a plana­cie de inundação Ganga no rio Ganges, que carrega grande parte do sedimento erodido no Himalaia.

Os dados mostram que, embora atualmente o sudeste do Nepal esteja quase plano, o impulso produzido pelo movimento das placas tecta´nicas já atingiu essa área.

Waldron disse que, embora não tenha havido um terremoto registrado na área desde o ini­cio de registros cienta­ficos precisos, cerca de um século atrás, seus resultados de pesquisa sugerem que hápotencial para terremotos.

"A maioria dessas falhas são escapa a cada mil anos", explicou. "Descobrimos que uma parte substancial desta área tem uma falha quase horizontal embaixo dela, que tem o potencial de escorregar e causar um terremoto prejudicial".

Por mais de 100 milhões de anos, o subcontinente indiano estãoflutuando para o norte. Nos últimos 40 ou 50 milhões de anos, o subcontinente começou a colidir com a asia, dando origem ao Himalaia, a maior cordilheira do mundo. A andia ainda estãodeslizando para o norte, na asia, a uma taxa de quase dois centa­metros por ano - quase tão rápido quanto as unhas crescem, observou Waldron.

"Ao longo da frente das montanhas do Nepal háfalhas de empuxo, formadas onde o subcontinente indiano estãosendo empurrado para a asia", disse ele. "O movimento éinsta¡vel, o que produz terremotos. Por ser uma parte densamente povoada do mundo, esses terremotos podem ser catastra³ficos".

Em 2015, um grave terremoto em Kathmandu, Nepal, com magnitude 7,8 na escala Richter, destruiu centenas de milhares de casas, matando quase 9.000 pessoas e ferindo mais de 20.000. Embora as falhas recentemente identificadas não estejam na cidade de Katmandu, a porção sudeste do Nepal édensamente povoada.

Os colaboradores da pesquisa incluem Laurent Godin, da Queen's University, e Yani Najman, da Lancaster University.

O estudo, "Falhas ativas de deslizamento e um impulso frontal externo na bacia do Himalaia Foreland", foi publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences .

 

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