Muitos são microsca³picos, enquanto outros, como as a¡guas-vivas, podem atingir tamanhos relativamente grandes.
Domanio paºblico
O pla¢ncton ocea¢nico éo derivador do mundo marinho. Eles incluem algas, animais, bactanãrias e protistas que estãoa mercaª da marée das correntes. Muitos são microsca³picos, enquanto outros, como as a¡guas-vivas, podem atingir tamanhos relativamente grandes.
Durante décadas, os pesquisadores ficaram intrigados com o fato de a diversidade entre pla¢ncton ocea¢nico ser muito maior do que o esperado. Geralmente, em qualquer amostra do oceano, existem muitas espanãcies raras de pla¢ncton e um pequeno número de espanãcies abundantes. Pesquisadores da Universidade de Pa³s-Graduação em Ciências e Tecnologia do Instituto Okinawa (OIST) publicaram um artigo no Science Advances que combina modelos matema¡ticos com metagena´mica e ciências marinhas para descobrir por que isso pode ser o caso.
"Durante anos, os cientistas perguntam por que existem tantas espanãcies no oceano", disse a professora Simone Pigolotti, que lidera a Unidade de Complexidade Biola³gica do OIST . O professor Pigolotti explicou que o pla¢ncton pode ser transportado por grandes distâncias por correntes, para que não parea§am ser limitados pela dispersão. Isso sugeriria que a preferaªncia de nicho éo fator que determina a diversidade de espanãcies - em outras palavras, uma única espanãcie superara¡ todas as outras espanãcies se o ambiente for mais adequado para elas, levando a comunidades com apenas algumas espanãcies altamente abundantes.
"Nossos resultados apoiam a teoria de que as correntes oceânicas: afetam positivamente a diversidade de protistas aqua¡ticos raros, criando essas barreiras", disse o professor Pigolotti. "O projeto foi muito interdisciplinar. Ao combinar a física tea³rica, a ciência marinha e a metagena´mica, lana§amos uma nova luz sobre um problema cla¡ssico em ecologia, que érelevante para a biodiversidade marinha".
"Nossa pesquisa explorou a teoria de que as correntes oceânicas: promovem a diversidade de espanãcies , não porque elas ajudam o pla¢ncton a se dispersar, mas porque na verdade podem limitar a dispersão criando barreiras", disse o professor Pigolotti. "Em contraste, quando analisamos amostras de lagos, onde hápouca ou nenhuma corrente, encontramos espanãcies mais abundantes, mas menos espanãcies".
Aprimeira vista, isso pode parecer contra-intuitivo. Mas, embora as correntes possam transportar pla¢ncton de uma área para outra, elas também impedem que o pla¢ncton atravesse para o outro lado da corrente. Assim, essas correntes reduzem a competição e forçam cada espanãcie de pla¢ncton a coexistir com outras espanãcies, embora em pequeno número.
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Combinando testes de DNA com modelos matema¡ticos
Por mais de um século, os ecologistas medem a diversidade contando o número de espanãcies, como pa¡ssaros ou insetos, em uma determinada área. Isso lhes permitiu encontrar as proporções de espanãcies abundantes versus espanãcies raras. Hoje, a tarefa ésimplificada por meio de modelagem quantitativa que pode prever a distribuição de espanãcies e a metagena´mica - em vez de apenas contar espanãcies, os pesquisadores podem coletar com eficiência todo o DNA de uma amostra.
"Simplesmente contar a quantidade de espanãcies em uma amostra consome muito tempo", disse o professor Tom Bourguignon, que lidera a Unidade de Gena´mica Evolutiva do OIST . "Com os avanços nas tecnologias de sequenciamento, podemos executar apenas um teste e ter milhares de sequaªncias de DNA, o que representa uma boa estimativa da diversidade plancta´nica".
Para este estudo, os pesquisadores estavam particularmente interessados ​​em protistas - organismos plancta´nicos microsca³picos, geralmente unicelulares. O grupo criou um modelo matema¡tico que considerava o papel das correntes oceânicas: na determinação da genealogia dos protistas atravanãs de simulações. Eles não podiam simplesmente simular uma comunidade protista noníveldo DNA, porque haveria um grande número de indivaduos. Em vez disso, eles simularam os indivíduos em uma determinada amostra do oceano.
Para descobrir como os indivíduos estavam intimamente relacionados e se eram da mesma espanãcie, os pesquisadores então olharam para o passado. "Criamos uma trajeta³ria que remonta a cem anos", disse o professor Pigolotti. "Se dois indivíduos vieram de um ancestral comum na escala de tempo de nossa simulação, então os classificamos como a mesma espanãcie".
O que eles estavam medindo especificamente era o número de espanãcies e o número de indivíduos por espanãcie. O modelo foi simulado com e sem correntes oceanicas. Como os pesquisadores haviam levantado a hipa³tese, mostrou que a presença de correntes oceânicas: causava um aumento acentuado no número de espanãcies protistas, mas um declanio no número de indivíduos por espanãcie.
Para confirmar os resultados desse modelo, os pesquisadores analisaram conjuntos de dados de dois estudos de protistas aqua¡ticos. O primeiro conjunto de dados foi de sequaªncias de DNA de protistas oceânicos e o segundo, sequaªncias de DNA de protistas de águadoce. Eles descobriram que, em média, as amostras oceânicas: continham espanãcies mais raras e espanãcies menos abundantes e, em geral, possuaam um número maior de espanãcies. Isso concordou com as previsaµes do modelo.
"Nossos resultados apoiam a teoria de que as correntes oceânicas: afetam positivamente a diversidade de protistas aqua¡ticos raros, criando essas barreiras", disse o professor Pigolotti. "O projeto foi muito interdisciplinar. Ao combinar a física tea³rica, a ciência marinha e a metagena´mica, lana§amos uma nova luz sobre um problema cla¡ssico em ecologia, que érelevante para a biodiversidade marinha".