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Presente de US $ 25 milhões lana§a novo e ambicioso esfora§o para combater a pobreza e asmudanças climáticas
A Iniciativa King para Aa§a£o Clima¡tica da J-PAL desenvolvera¡ programas de resposta climática em larga escala para algumas das populaa§aµes mais vulnera¡veis ​​do mundo.
Por Peter Dizikes - 30/07/2020


Durante a próxima década, a King Climate Action Initiative (K-CAI) ​​pretende ajudar a melhorar a vida de pelo menos 25 milhões de pessoas atingidas pela pobreza e pelasmudanças climáticas. Imagem: MIT News

Com um presente de US $ 25 milhões da King Philanthropies, o Laborata³rio de Ação contra a Pobreza do Abdul Latif Jameel (J-PAL) do MIT estãolana§ando uma nova iniciativa para resolver problemas no nexo da mudança climática e da pobreza global.

O novo programa, a King Climate Action Initiative (K-CAI), foi anunciado hoje pelo King Philanthropies e pelo J-PAL, e comea§ara¡ imediatamente. O K-CAI planeja estudar rigorosamente os programas que reduzem os efeitos dasmudanças climáticas nas populações vulnera¡veis ​​e, em seguida, trabalhar com os formuladores de políticas para ampliar as intervenções mais bem-sucedidas.

"Para proteger nosso bem-estar e melhorar a vida das pessoas que vivem na pobreza, precisamos ser melhores administradores do nosso clima e do nosso planeta", diz Esther Duflo, diretora da J-PAL e o professor de Ala­vio e Desenvolvimento da Pobreza Abdul Latif Jameel. Economia no MIT. “Por meio do K-CAI, trabalharemos para construir um movimento para políticas baseadas em evidaªncias no nexo da mudança climática e no ala­vio da pobreza, semelhante ao movimento que o J-PAL ajudou a construir no desenvolvimento global. O momento étalvez aºnico: o aºnico lado positivo dessa pandemia global éque ela nos lembra que a natureza a s vezes émais forte que nós. a‰ um momento de agir decisivamente para mudar o comportamento para evitar uma cata¡strofe muito maior no futuro. ”

O K-CAI constitui um esfora§o ambicioso: a iniciativa pretende ajudar a melhorar a vida de pelo menos 25 milhões de pessoas na próxima década. A K-CAI anunciara¡ uma chamada de propostas neste vera£o e selecionara¡ seus primeiros projetos financiados atéo final de 2020.

"Estamos com pouco tempo para agir sobre asmudanças climáticas", diz Robert King, co-fundador da King Philanthropies. “A K-CAI reflete nosso compromisso de enfrentar esta crise global, concentrando-se em soluções que beneficiam pessoas em extrema pobreza. Eles já são os mais atingidos pelasmudanças climáticas e, se não agirmos, suas circunsta¢ncias se tornara£o ainda mais terra­veis. ”

Atualmente, estima-se que 736 milhões de pessoas vivem globalmente em extrema pobreza, com apenas US $ 1,90 por dia ou menos. O Banco Mundial estima que asmudanças climáticas possam levar cerca de outros 100 milhões a  pobreza extrema até2030.

Por mais vastos que sejam seus efeitos, asmudanças climáticas também apresentam um conjunto diversificado de problemas a serem enfrentados. Entre outras coisas, espera-se que asmudanças climáticas, bem como a poluição por combusta­veis fa³sseis, reduzam a produção agra­cola, aumentem os prea§os dos alimentos e gerem mais desnutrição; aumentar a prevalaªncia de doenças respirata³rias, estresse por calor e inaºmeras outras doena§as; e aumentar eventos clima¡ticos extremos, destruindo casas, meios de subsistaªncia e comunidades.

Com isso em mente, a iniciativa se concentrara¡ em projetos específicos em quatro áreas: mitigação dasmudanças climáticas, para reduzir as emissaµes de carbono; redução de poluição; adaptação a smudanças climáticas em andamento; e mudando para fontes de energia mais limpas, confia¡veis ​​e mais acessa­veis. Em cada área, o K-CAI estudara¡ programas de menor escala, avaliara¡ seu impacto e trabalhara¡ com parceiros para ampliar os projetos com as soluções mais eficazes.

Os projetos apoiados pelo J-PAL já tiveram impacto nessas áreas. Em um estudo recente, pesquisadores afiliados ao J-PAL descobriram que a mudança do sistema de auditoria de emissaµes em Gujarat, na andia, reduziu a poluição das plantas industriais em 28%; o estado então implementou as reformas. Em outro estudo na andia, pesquisadores afiliados ao J-PAL descobriram que os agricultores que usam uma variedade de arroz resistente a inundações chamada Swarna-Sub1 aumentaram sua produção agra­cola em 41%.

Na Za¢mbia, um estudo realizado por pesquisadores da rede J-PAL mostrou que os empréstimos para os agricultores na anãpoca baixa aumentaram a produção agra­cola em 8%; no Uganda, pesquisadores afiliados ao J-PAL descobriram que um sistema de pagamento para proprieta¡rios de terras reduz o desmatamento quase pela metade e éuma maneira econa´mica de reduzir as emissaµes de carbono.

Outras experiências de campo do J-PAL em andamento incluem uma que oferece pagamentos em dinheiro que impedem os agricultores de Punjab, na andia, de queimar as colheitas, o que gera metade da poluição do ar em Delhi; outro implementando um plano de comanãrcio de emissaµes na andia; e um novo programa para coletar águada chuva de maneira mais eficaz no Na­ger. No total, os pesquisadores do J-PAL avaliaram mais de 40 programas focados no clima, energia e meio ambiente.

Ao conduzir esses tipos de experimentos de campo e implementar algumas amplamente, o K-CAI visa aplicar a mesma abordagem que o J-PAL direcionou para vários aspectos do ala­vio da pobreza, incluindo produção de alimentos, assistaªncia médica, educação e governana§a transparente.

Uma empresa acadaªmica única, a J-PAL enfatiza ensaios clínicos randomizados para identificar programas aºteis de redução da pobreza e, em seguida, trabalha com governos e organizações não-governamentais para implementa¡-los. No total, os programas avaliados por pesquisadores afiliados ao J-PAL e considerados eficazes foram ampliados para atingir 400 milhões de pessoas em todo o mundo desde a fundação do laboratório em 2003.

"O J-PAL possui competaªncias essenciais distintas que o equipam para obter um impacto desproporcional a longo prazo", diz Kim Starkey, presidente e CEO da King Philanthropies. “Seus pesquisadores se destacam na condução de avaliações aleata³rias para descobrir o que funciona, sua liderana§a étremenda e o J-PAL como organização tem uma rara e demonstrada capacidade de parceria com governos e outras organizações para ampliar intervenções e programas comprovados.”

O K-CAI tem como objetivo realizar um número crescente de experimentos de campo durante o período inicial de cinco anos e se concentrar na implementação de programas de alta qualidade em escala nos cinco anos subsequentes. Como Starkey observa, essa abordagem pode gerar um interesse crescente de parceiros adicionais.

"Existe uma imensa necessidade de um conjunto maior de evidaªncias sobre quais intervenções funcionam nesse nexo demudanças climáticas e pobreza extrema", diz Starkey. "As conclusaµes da Iniciativa King para Ação Clima¡tica informação os formuladores de políticas e financiadores, na tentativa de priorizar as oportunidades com maior impacto."

A King Philanthropies foi fundada por Robert E. (Bob) King e Dorothy J. (Dottie) King em 2016. A organização tem o objetivo de fazer "uma diferença significativa na vida das pessoas mais pobres do mundo", desenvolvendo e apoiando uma variedade de iniciativas antipobreza.

J-PAL foi co-fundado por Duflo; Abhijit Banerjee, professor internacional de economia da Ford no MIT; e Sendhil Mullainathan, agora professor da Booth School of Business da Universidade de Chicago. Possui mais de 200 pesquisadores afiliados em mais de 60 universidades em todo o mundo. O J-PAL estãolocalizado no Departamento de Economia da Escola de Humanidades, Artes e Ciências Sociais do MIT.

No outono passado, Duflo e Banerjee, juntamente com o colaborador de longa data Michael Kremer, da Universidade de Harvard, receberam o Praªmio Nobel de ciências econa´micas. A citação do Nobel observou que o trabalho deles “melhorou drasticamente nossa capacidade de combater a pobreza na prática ” e forneceu uma “nova abordagem para obter respostas confia¡veis ​​sobre as melhores maneiras de combater a pobreza global”.

O K-CAI seráco-presidido por dois professores, Michael Greenstone e Kelsey Jack, que possuem ampla experiência em pesquisa em economia ambiental. Ambos já são pesquisadores afiliados ao J-PAL.

Greenstone éo Professor de Servia§o Distinto de Milton Friedman em Economia da Universidade de Chicago. Ele também édiretor do Instituto de Pola­tica Energanãtica da Universidade de Chicago. Greenstone, que foi membro do corpo docente no Departamento de Economia do MIT de 2003 a 2014, publicou trabalhos de altonívelsobre acesso a  energia, as consequaªncias da poluição do ar e a eficácia de medidas políticas, entre outros tópicos.

Jack éprofessor associado da Bren School of Environmental Science and Management da Universidade da Califórnia em Santa Barbara. Ela éespecialista em programas relacionados ao meio ambiente nospaíses em desenvolvimento, com foco em incentivos que incentivam o desenvolvimento do setor privado de bens ambientais. Jack foi anteriormente membro do corpo docente da Tufts University e pa³s-doutorado no MIT em 2010-11, trabalhando na Iniciativa de Adoção de Tecnologia Agra­cola da J-PAL.

 

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