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Estudo indica que mega tubara£o pré-histórico criou seus filhotes em viveiros
Viveiros em plataformas continentais rasas com peixes pequenos e extensos para se alimentar e poucos predadores concorrentes deram a eles o espaço ideal para atingir seu tamanho impressionante.
Por Phys.org/news - 25/11/2020


Manda­bulas de Megalodon em exibição no Aqua¡rio Nacional em Baltimore, EUA. Crédito: Serge Illaryonov / Wikimedia / CC BY 3.0

Os maiores tubaraµes que já percorreram os oceanos estacionaram seus filhotes em viveiros rasos de águaquente, onde a comida era abundante e os predadores escassos atéque pudessem assumir o tí­tulo de reis e rainhas do mar.

Mas a  medida que oníveldo mar diminuiu em um mundo que esfria, o megapredador brutal, Otodus megalodons, pode ter encontrado cada vez menos zonas costeiras de refaºgio onde seus jovens poderiam chegar com segurança a  idade adulta, relataram pesquisadores na quarta-feira no jornal Biology Letters da Royal Society .

Na verdade, a dependaªncia de Megalodon em viveiros pode ter contribua­do para o fim de seu reinado de 20 milhões de anos, de acordo com a pesquisa.

Otodus megalodon - a s vezes classificado como um Carcharocles megalodon - levou 25 anos para se tornar adulto - "uma maturidade sexual extremamente atrasada", disseram os autores no artigo de pesquisa.

Mas, uma vez totalmente crescido, o tubara£o podia atingir até18 metros, três vezes o tamanho do maior tubara£o-branco, que ficou famoso pelo filme de sucesso de 1975, Tubara£o.

Como predador de ponta, e atésua extinção hácerca de três milhões de anos, o megalodonte adulto não tinha rivais entre outros caçadores oceânicos e se alimentava de tubaraµes menores e atémesmo de baleias.

Mas seus filhotes eram vulnera¡veis ​​a ataques de outros predadores, geralmente outros tubaraµes com dentes afiados.

Viveiros em plataformas continentais rasas com peixes pequenos e extensos para se alimentar e poucos predadores concorrentes deram a eles o espaço ideal para atingir seu tamanho impressionante.

"Nossos resultados revelam, pela primeira vez, que as áreas de bera§a¡rio eram comumente usadas pelo O. megalodon em grandes escalas temporais e espaciais", disseram os autores.

'Lugar perfeito para crescer'

A equipe de pesquisa descobriu uma zona de viveiro na costa leste da Espanha, na prova­ncia de Tarragona, depois de visitar um museu e observar uma coleção de dentes de megalodonte.

"Muitos deles eram bem pequenos para um animal tão grande", disseram a  AFP os autores da British University of Bristol, Carlos Martinez-Perez e Humberto Ferron.

A julgar pelo tamanho dos dentes, eles presumiram que a área já havia sido o lar de jovens megalodontes.

O viveiro espanhol pode ser descrito como "um lugar perfeito para crescer", disseram os autores.

Teria sido uma "área de baa­a rasa de a¡guas mornas, conectada ao mar e com extensos recifes de coral e abunda¢ncia de invertebrados, espanãcies de peixes, mama­feros marinhos e outros tubaraµes e raias".

Os pesquisadores analisaram outros oito conjuntos de dentes de tubara£o que haviam sido coletados anteriormente, espalhados pelos Estados Unidos, Peru, Panama¡ e Chile.

Eles chegaram a  conclusão de que quatro deles - dois nos Estados Unidos e dois no Panama¡ - haviam pertencido a tubaraµes mais jovens.

Como resultado, os autores sugerem que essas quatro áreas onde os dentes foram encontrados também podem ter sido bera§a¡rios.

"As quatro formações restantes ... demonstram estruturas de classe de tamanho tipicas de populações dominadas por adultos, sugerindo que essas regiaµes podem corresponder a áreas de alimentação ou acasalamento", disse o estudo.

Os tubaraµes perdem seus dentes continuamente ao longo de sua vida, e os viveiros são zonas com grande abunda¢ncia de tubaraµes.

“Como consequaªncia, um grande número de dentes pode ser cortado, aumentando as chances de descobertas fa³sseis subsequentes”, disseram os autores.

Os megalodontes desfrutaram das a¡guas quentes e temperadas do período Mioceno, que se estendeu de cerca de cinco milhões a 23 milhões de anos atrás.

Mas o período mais frio do Plioceno lhes convinha muito menos.

Amedida que suas presas se adaptavam e se dirigiam para a¡guas mais frias, o megalodonte permaneceu onde os oceanos permaneceram quentes.

O alimento restante também era preferido por grandes tubaraµes brancos, aumentando a competição com o predador menor, poranãm mais a¡gil.

A vasta redução de viveiros em a¡guas rasas devido a s perdas noníveldo mar - causadas por um clima mais frio - também pode ter contribua­do para a eventual extinção do megalodonte.

 

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