Os especialistas em silvicultura, Dr. Mark Ashton e Dr. Joseph Orefice, explicam as ameaa§as a s nossas florestas e as solua§aµes das quais todos podemos fazer parte.

Quais são as caracteristicas de uma floresta sauda¡vel?
“a‰ importante entender primeiro que as coisas que definimos como sauda¡veis, desejáveis ​​ou necessa¡rias de uma floresta são muito baseadas em humanosâ€, disse o Dr. Joseph Orefice, professor e diretor de Operações Florestais e Agracolas da The Forest School at The Escola de Meio Ambiente de Yale.Â
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Mark Ashton, Reitor Associado Saªnior da The Forest School da The Yale School of the Environment; Morris K. Jesup, Professor de Silvicultura e Ecologia Florestal e Diretor da Yale Forests, concorda e explica que descrever uma floresta sauda¡vel écomo descrever um ser humano sauda¡vel: émuito complexo.Â
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“Uma floresta não sabe se ésauda¡vel ou não, isso éuma construção humana, mas de nossa perspectiva, a vibração e o vigor de uma floresta são indicadores de saúdeâ€, diz Ashton. “Podemos tentar avaliar a saúde geral de uma floresta medindo sua taxa de crescimento e sua capacidade de se envolver na fotossantese.â€
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Além disso, uma floresta sauda¡vel não énecessariamente aquela que estãocompletamente intocada; As florestas enfrentam regularmente tensaµes naturais ou causadas pelo homem, e nossos especialistas sugerem que uma avaliação importante para a saúde da floresta ésua capacidade de resistir e / ou se adaptar a elas.
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“Ao pensar sobre a saúde de nossas florestas em qualquer escala, éimportante olhar para a resiliencia e a capacidade de regeneração de nossas florestasâ€, diz Orefice. “Se houver uma perturbação, seja um incaªndio, uma doença ou surto de inseto, ou impacto humano direto, queremos ver se a floresta pode lidar com e se recuperar dessa perturbação.â€
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Orefice acrescenta que as florestas temperadas aºmidas de espanãcies mistas, como na Nova Inglaterra, tendem a responder bem a distúrbios emudanças quando hádiversidade de tamanho, idade e espanãcies de a¡rvores presentes em uma paisagem.
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Quais os benefacios que as florestas oferecem aos humanos e ao meio ambiente?Â
As florestas fornecem aos humanos uma sanãrie de benefacios, incluindo abrigo, águae comida. A madeira éa base da construção, do piso e da mobalia em muitas casas e éextremamente valiosa para muitas comunidades ao redor do mundo que usam principalmente a madeira como abrigo. Ashton aponta que mais de dois bilhaµes de pessoas em todo o mundo também dependem do aquecimento a lenha.Â
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Empaíses desenvolvidos e em desenvolvimento, Orefice acredita que um dos servia§os mais importantes das florestas ésua capacidade de capturar e filtrar naturalmente nossa águapota¡vel. As florestas também podem fornecer outros benefacios hidrola³gicos, como mitigação de enchentes e armazenamento de águapara irrigação agracola. Muitas populações ao redor do mundo usam as florestas como fonte de alimento por meio da colheita e cultivo de plantas e caça.
“Em muitas partes do mundo, a caça a carne de caça éuma fonte muito importante de proteanaâ€, acrescenta Ashton. “Mesmo para aqueles de nosque não caçam para sobreviver, existem tantos tipos diferentes de ervas medicinais e alimentos que obtemos das florestas. Cacau, cafanã, cha¡ e muitas de nossas frutas foram todos domesticados de nossas florestas. â€Â
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Além da sobrevivaªncia ba¡sica, as florestas apoiam o bem-estar humano de várias maneiras. Ao fornecer oportunidades recreativas, como caminhadas ou observação de pa¡ssaros, para oferecer uma pausa visual agrada¡vel do estresse da sociedade, as florestas apresentam benefacios para a saúde física e mental. Â
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As florestas desempenham um papel importante na mitigação dasmudanças climáticas. Ashton explica que as florestas sempre serviram para evoluir e regular a temperatura regional, graças a sua capacidade de absorver radiação e transpirar águade volta para a atmosfera. As florestas também capturam e armazenam naturalmente o carbono que já estãoem nossa atmosfera - um contribuinte chave para a mudança climática global - por meio da fotossantese.
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Os pra³prios produtos de madeira são um material essencial para mitigar potencialmente asmudanças climáticas porque podem tanto armazenar carbono quanto servir como alternativas renova¡veis ​​aos combustaveis fa³sseis.Â
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“Quando pensamos sobre nossas florestas e clima, realmente precisamos pensar sobre como podemos usar as florestas para reduzir o uso de combustavel fa³ssilâ€, diz Orefice. “Aa§o, concreto e pla¡stico são materiais de construção muito comuns, mas todos são incrivelmente intensivos em combustavel fa³ssil e carbono. As florestas, por outro lado, são realmente nossa melhor capacidade de produzir um recurso renova¡vel, já que a madeira éo substituto mais sustenta¡vel para os recursos de consumo de combustavel fa³ssil em termos de construção â€.
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Quais são as ameaa§as mais urgentes a s nossas florestas hoje?Â
Embora as ameaa§as sejam diferentes em todo o mundo, as espanãcies invasivas - ou organismos que causam danos ecola³gicos ou econa´micos em um novo ambiente onde não são nativos - são o problema mais tangavel para as florestas no leste da Amanãrica do Norte hoje. Como essas espanãcies são frequentemente introduzidas acidentalmente em um ecossistema, por exemplo, por meio de transporte maratimo internacional e horticultura, as florestas não evoluaram ao lado dessas espanãcies e, portanto, não estãopreparadas para viver com elas. Orefice explica que espanãcies invasivas de plantas podem inibir a regeneração das florestas, e espanãcies invasivas de insetos ou patógenos podem destruir espanãcies de a¡rvores inteiras ou reduzir a capacidade de certas espanãcies de crescer e prosperar.
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“Temos aumentado gradativamente as ameaa§as compostas a s florestas da Nova Inglaterra devido a s espanãcies invasorasâ€, acrescenta Ashton. “Uma a uma, diferentes espanãcies de a¡rvores foram retiradas de nossas florestas, simplificando sua estrutura, simplificando sua composição e, portanto, simplificando e reduzindo a capacidade das florestas como um grupo de organismos de responder a outros tipos de impactos futuros imprevistos em potencial . â€
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Existem consequaªncias reais para isso.Â
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“Se perdermos uma espanãcie de a¡rvore, isso seráum verdadeiro desafio em termos de mudança climática, porque poderaamos estar contando com ela para armazenar muito carbonoâ€, explica Orefice. “Se uma espanãcie éperdida, seus benefacios potenciais de mitigação do clima são funcionalmente perdidos do sistema.â€
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O comportamento humano torna essa ameaça mais pronunciada. Nossa fragmentação de florestas - significando dividi-la em parcelas para coisas como desenvolvimento suburbano e estradas pavimentadas - torna as florestas mais suscetíveis a espanãcies invasivas e doena§as. A própria mudança climática pode piorar nossa capacidade de prever e reagir a essas ameaa§as.
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“Asmudanças climáticas podem fazer com que os patógenos invasivos atuem de uma determinada forma ecola³gica para a qual não estamos preparadosâ€, acrescenta Orefice.Â
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Quais são as estratanãgias para manter nossas florestas resilientes?Â
“Muitas pessoas pensam que basicamente deixar a floresta em paz éa melhor coisa que vocêpode fazer, mas a medida que as florestas envelhecem, elas se tornam cada vez mais suscetíveis a insetos, doenças emudanças no climaâ€, diz Ashton, explicando que muitos regiaµes florestadas foram desmatadas para a agricultura e, com a cessação de tais atividades, grandes áreas de floresta de uma única idade voltaram.Â
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Grande parte do sul da Nova Inglaterra éum exemplo disso.Â
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“Quando vocêtem uma floresta de idade uniforme que estãoenvelhecendo junto, por exemplo, seria sensato tentar quebrar isso emulando os processos naturais de perturbação e regeneração com os quais essas a¡rvores já co-evoluaram.â€Â
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O objetivo do manejo florestal sustenta¡vel éperturbar a floresta de uma forma intencional que deixe as a¡rvores remanescentes com mais recursos para crescer ou estimular uma nova regeneração. O corte de a¡rvores não éinerentemente ruim quando feito intencionalmente e estrategicamente sob a orientação de silvicultores.Â
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No sul da Nova Inglaterra, os engenheiros florestais frequentemente imitam os distúrbios naturais, como tempestades de vento, cortando a¡rvores de uma forma que fornea§a alguma diversidade na idade e altura das a¡rvores em uma paisagem florestal. Tais distúrbios criam condições para o estabelecimento e regeneração e fornecem a s a¡rvores residuais o espaço maior de que precisam para crescer.
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“O que fazemos na silvicultura éolhar para as florestas e dizer: 'Quais a¡rvores eu quero continuar a crescer? Como pretendo manipular as condições de luz e solo dessa floresta, que normalmente éfeito por meio do corte de a¡rvores, para estimular certos tipos de regeneração? 'â€, Diz Orefice. “Muitas vezes, para cumprir nossos objetivos em termos de condições florestais na escala da paisagem, ou na escala local, estamos fazendo algum tipo de perturbação intencional para mudar a ecologia daquela floresta para ser mais resiliente no futuro.â€
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Essa estratanãgia éalgo que todos fazemos para mitigar nossos riscos todos os dias.Â
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“Pense nisso como investir no mercado de açõesâ€, explica Ashton. “Se vocêestãotentando se proteger dos caprichos das flutuações do mercado, que sobem e descem, investe em todos os tipos de ações muito diferentes. E vocênão apenas investe em ações muito diferentes, mas, mesmo dentro do mesmo tipo de ação, estãotentando investir em marcas e empresas diferentes. Esse tipo de diversidade projetada éo que estamos fazendo com o manejo florestal. â€Â
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O que as pessoas podem fazer para ajudar a manter as florestas sauda¡veis?
Aprender sobre as florestas locais éuma excelente maneira de fazer a sua parte para manter sauda¡veis ​​as florestas locais. Orefice recomenda falar com seus engenheiros florestais estaduais ou privados sobre suas estratanãgias de manejo florestal e como vocêtambém pode desfrutar dos vários benefacios que as florestas podem oferecer. Ashton sugere que também dediquemos tempo para aprender e incorporar a perspectiva indagena das florestas e do manejo florestal.Â
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“Os povos indagenas manejaram essas florestas de maneira bastante intensa, de todas as maneiras, porque eram sua fonte de sustento, em termos de comida, caça e construçãoâ€, diz Ashton.Â
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Além de se envolver com as florestas de forma recreativa, Ashton e Orefice sugerem aprender sobre os servia§os que as florestas fornecem a vocêtodos os dias. Pesquise a história das terras indagenas que vocêe suas florestas próximas ocupam e como elas foram tratadas ao longo dos períodos da história.
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“A sociedade ocidental tem uma perspectiva muito distorcida da natureza selvagem, onde a natureza éintocada e os humanos são divorciados da natureza, e isso simplesmente não éprecisoâ€, diz Ashton. “Se vocêconversar com a maioria dos povos indagenas que trabalham e vivem nas florestas, não existe selva para eles. Somos muito parte da floresta e a floresta émuito parte de nós. â€
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O que Yale estãofazendo?
Yale élider em conservação florestal, ciência e educação hámais de um século. A Escola da Floresta na Escola de Meio Ambiente de Yale, começou em 1900 e serviu como a base sobre a qual Yale se envolveu na conservação ambiental. O corpo docente da escola tem educado lideres de conservação florestal e ciência florestal avana§ada nas últimas 12 décadas. Yale atualmente possui 10.880 acres de áreas florestais em Connecticut, New Hampshire e Vermont dedicados a fornecer oportunidades educacionais, de pesquisa e profissionais. As Florestas de Yale, como são conhecidas, são administradas pela The Forest School, mas valorizadas e utilizadas por alunos e professores em toda Yale. Â
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As Florestas de Yale são parte de paisagens produtivas e são manejadas para fornecer recursos florestais sustenta¡veis ​​enquanto aumenta a biodiversidade e a resiliencia donívelda paisagem. As prescrições de manejo estimulam a diversidade estrutural e de espanãcies ao criar condições que criam novas classes de idade, estabelecendo periodicamente a regeneração natural em certas áreas e, ao mesmo tempo, garantindo que outras partes da floresta fiquem muito mais velhas.
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A implementação desses regimes ao longo do tempo lentamente converte uma floresta homogaªnea de uma única idade em uma de várias idades, estruturalmente complexa e com maior diversidade de plantas e animais. Acreditamos que essa abordagem garante a capacidade das florestas de se recuperar de grandes distúrbios, como furacaµes e secas, e de melhor resistir aos impactos de insetos introduzidos, doenças e plantas e animais invasores. A pesquisa de longo prazo do corpo docente concentra-se no monitoramento dessas atividades de manejo e na medição da resiliencia da floresta de diferentes maneiras. O corpo docente e os alunos de pesquisa procuram compreender os aspectos teóricos e aplicados de várias áreas importantes da ecologia: 1) decomposição microbiana e carbono, 2) a dina¢mica das cadeias alimentares em sistemas terrestres e de águadoce, e 3) a dina¢mica sucessional e diversidade das florestas.
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Os alunos estãoenvolvidos com o manejo florestal em cada etapa do processo. Os bolsistas de pós-graduação da Yale Forest, geralmente recanãm-formados no Mestrado em Silvicultura, e alunos assistentes florestais trabalham diretamente com o corpo docente para planejar e implementar operações florestais, pesquisas e oportunidades educacionais para Yale e as comunidades locais. O ponto alto do nosso envolvimento com os alunos éno vera£o, quando os alunos do Mestrado aprendem os aspectos práticos da silvicultura durante um curso intensivo de 12 semanas, carinhosamente conhecido como “Forest Crewâ€. Esses alunos sobrepaµem sua estadia nas Florestas de Yale com alunos de pesquisa e alunos de mestrado que chegam na The Yale School of the Environment, criando uma comunidade da floresta sazonal com trocas de conhecimento, experiência e prazer em constante evolução.Â