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Combatendo a insegurança alimentar durante uma pandemia global
Jessica Fanzo, do Programa de Pola­tica e a‰tica Alimentar Global da JHU, analisa a crise crescente e as formas de enfrenta¡-la
Por Relatório da equipe do centro - 07/01/2021


Getty Images

Amedida que os sistemas alimentares aleijados pandemia COVID-19 em todo o mundo, os governos devem evoluir e cooperar para curar a crise, Johns Hopkins Professor Jessica Fanzo argumenta em uma recente Nature op-ed .

Fanzo, que dirige o Programa Global de a‰tica e Pola­tica Alimentar da Johns Hopkins, expaµe os fatos duros: Estima-se que mais 130 milhões de pessoas enfrentaram insegurança alimentar aguda em 2020, o que significa que não tinham acesso a alimentos nutritivos e acessa­veis. Isso além dos 135 milhões que já sofriam de insegurança alimentar antes de a pandemia chegar.

COVID-19 impactou todos os aspectos de nossos sistemas alimentares, escreve Fanzo - todas as atividades envolvidas "na produção, processamento, distribuição, preparação e consumo de alimentos e as pessoas que influenciam essas atividades". Os agricultores estãomais vulnera¡veis ​​economicamente, por exemplo, e os surtos diminua­ram a força de trabalho nas fa¡bricas de processamento de carne. As restrições de fronteira e porto aumentaram as perdas de alimentos, especialmente produtos pereca­veis como carne e latica­nios.

“OS GOVERNOS NaƒO DEVEM OLHAR PARA DENTRO. ELES DEVEM REDUZIR AS OPORTUNIDADES DE SE ENGAJAR E COLABORAR NOS DESAFIOS INTERLIGADOS DE MUDANa‡A CLIMaTICA, DESNUTRIa‡aƒO E COLAPSO AMBIENTAL”.

Jessica Fanzo
Diretor, Programa Global de a‰tica e Pola­tica Alimentar

Com a diminuição da renda agravando esses problemas, uma dieta sauda¡vel agora éilusãoria para muitos, diz Fanzo, e "a saúde daqueles que já estãosubnutridos pode piorar ainda mais - particularmente pessoas mais velhas, vulnera¡veis ​​e marginalizadas" - aqueles que atualmente enfrentam maiores riscos para COVID-19.

Ela exorta os governos a apoiarem os programas de assistaªncia alimentar e o Plano de Resposta Humanita¡ria Global COVID-19 das Nações Unidas, que permanece bem aquanãm do financiamento previsto. Ela também defende uma visão mais hola­stica em relação a  insegurança alimentar, identificando áreas onde a saúde humana, ambiental e animal colidem. Afinal, a pandemia de COVID-19 provavelmente surgiu de uma falha no sistema alimentar, com uma doença zoona³tica entrando na população humana por meio de um mercado de alimentos na China.

Fanzo escreve:

Em vez das respostas fragmentadas a  crise COVID-19 vista atéagora, envolvendo polarização pola­tica e competição geopola­tica, os pola­ticos devem abraçar a inclusão e a cooperação global. Os governos não devem olhar para dentro. Eles devem dobrar as oportunidades de se engajar e colaborar nos desafios interligados de mudança climática, desnutrição e colapso ambiental.


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