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Futuro quente demais para tubaraµes bebaªs
O estudo sugere que os tubaraµes do futuro nascera£o - ou eclodira£o, neste caso - não apenas em desvantagem, mas em ambientes que já estãononívelmais quente que eles podem tolerar.
Por ARC Centro de Excelência para Estudos de Recifes de Coral - 12/01/2021


Em a¡guas mais quentes, os embriaµes de tubara£o cresceram mais rápido e usaram seu saco vitelino mais rápido, que ésua única fonte de alimento a  medida que se desenvolvem na caixa do ovo. Isso os levou a eclodir mais cedo do que o normal. Crédito: M. Johnson

Uma nova pesquisa descobriu que, como asmudanças climáticas causam o aquecimento dos oceanos do mundo, os tubaraµes bebaªs nascem menores, exaustos, subnutridos e em ambientes nos quais já são difa­ceis de sobreviver.

A autora principal do estudo, Carolyn Wheeler, éPh.D. candidato no ARC Center of Excellence for Coral Reef Studies na James Cook University (Coral CoE na JCU) e na University of Massachusetts. Ela examinou os efeitos do aumento da temperatura no crescimento, desenvolvimento e desempenho fisiola³gico dos tubaraµes dragonas - uma espanãcie de postura de ovos encontrada apenas na Grande Barreira de Corais. Ela e sua equipe estudaram os tubaraµes como embriaµes e filhotes.

"Testamos embriaµes de tubara£o em a¡guas de até31 ° C", disse Wheeler.

“Quanto mais quentes as condições, mais rápido tudo acontecia, o que pode ser um problema para os tubaraµes. Os embriaµes cresceram mais rápido e usaram o saco vitelino mais rápido, que ésua única fonte de alimento quando se desenvolvem na caixa do ovo. Isso os levou a incubação mais cedo que o normal. "

Isso significava que os filhotes não eram apenas menores, mas precisavam se alimentar quase imediatamente - embora faltasse uma energia significativa.

A coautora professora associada Jodie Rummer, também do Coral CoE em JCU, diz que as a¡guas da Grande Barreira de Corais provavelmente tera£o médias de vera£o próximas ou mesmo superiores a 31 ° C atéo final do século.

Como os tubaraµes não se importam com seus ovos após a postura, um ovo de tubara£o deve ser capaz de sobreviver desprotegido por atéquatro meses. O Dr. Rummer sinaliza o aumento da temperatura dos oceanos como uma grande preocupação para o futuro de todos os tubaraµes - tanto as espanãcies produtoras de ovos quanto as que vivem.

"O tubara£o dragonas éconhecido por sua resistência a smudanças, atémesmo a  acidificação do oceano", disse Rummer. "Então, se esta espanãcie não consegue lidar com o aquecimento das a¡guas, como as outras espanãcies menos tolerantes se saira£o?" ela disse.

Os tubaraµes e a classe de animais a que pertencem, que inclui raias e patins, tem crescimento lento. Eles também não se reproduzem frequentemente em comparação com outros peixes. As populações dessas criaturas já estãoameaa§adas em todo o globo.

O estudo sugere que os tubaraµes do futuro nascera£o - ou eclodira£o, neste caso - não apenas em desvantagem, mas em ambientes que já estãononívelmais quente que eles podem tolerar.

"O estudo apresenta um futuro preocupante, dado que os tubaraµes já estãoameaa§ados", disse Wheeler.

"Os tubaraµes são predadores importantes que mantem os ecossistemas oceânicos sauda¡veis. Sem predadores, ecossistemas inteiros podem entrar em colapso, e épor isso que precisamos continuar estudando e protegendo essas criaturas."

"Nossos ecossistemas futuros dependem de que tomemos medidas urgentes para limitar asmudanças climáticas ", disse o Dr. Rummer.

 

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