Mundo

Fena´meno geola³gico ampliando o Oceano Atla¢ntico
As placas fixadas nas Amanãricas estãose distanciando das fixadas na Europa e na áfrica quatro centa­metros por ano.
Por Universidade de Southampton - 27/01/2021


39 sisma´metros de fundo do oceano foram implantados no fundo do oceano em toda a crista mesoatla¢ntica como parte do experimento PI-LAB. Crédito: Universidade de Southampton

Um aumento de matéria vindo das profundezas da crosta terrestre pode estar afastando os continentes da Amanãrica do Norte e do Sul da Europa e da áfrica, descobriram uma nova pesquisa.

As placas fixadas nas Amanãricas estãose distanciando das fixadas na Europa e na áfrica quatro centa­metros por ano. Entre esses continentes estãoa Cadeia do Atla¢ntico Manãdio, um local onde novas placas são formadas e uma linha divisãoria entre as placas que se movem para o oeste e aquelas que se movem para o leste; abaixo dessa crista, o material sobe para substituir o espaço deixado pelas placas a  medida que se separam.

A sabedoria convencional éque esse processo énormalmente impulsionado por forças de gravidade distantes a  medida que as partes mais densas das placas afundam de volta na Terra. No entanto, a força motriz por trás da separação das placas atla¢nticas permanece um mistério porque o oceano Atla¢ntico não écercado por placas densas e afundando.

Agora, uma equipe de sisma³logos, liderada pela Universidade de Southampton, encontrou evidaªncias de uma ressurgência no manto - o material entre a crosta terrestre e seu núcleo - de profundidades de mais de 600 quila´metros abaixo da crista do Atla¢ntico Manãdio, que pode estar empurrando as placas de baixo, fazendo com que os continentes se afastem ainda mais.

Acredita-se que as ressurgências abaixo das cristas se originem de profundidades muito mais rasas, de cerca de 60 km.

Implantando um dos sensores remotos. Crédito: Universidade de Southampton
As descobertas, publicadas na revista Nature, fornecem uma maior compreensão das
placas tecta´nicas que causam muitos desastres naturais em todo o mundo,
incluindo terremotos, tsunamis e erupções vulcânica s.

Ao longo de dois cruzeiros de pesquisa no RV Langseth e RRV Discovery, a equipe implantou 39 sisma´metros no fundo do Atla¢ntico como parte do experimento PI-LAB (Imagem Passiva da Fronteira Litosfera-Astenosfera) e EURO-LAB (Experimento para Desenterrar o Limite Reola³gico da Litosfera-Astenosfera Ocea¢nica). Os dados fornecem a primeira imagem em grande escala e alta resolução do manto abaixo da Cadeia do Atla¢ntico Manãdio.

Este éum dos poucos experimentos dessa escala já realizados nos oceanos e permitiu a  equipe imagens de variações na estrutura do manto da Terra perto de profundidades de 410 km e 660 km - profundidades que estãoassociadas amudanças abruptas nas fases minerais. O sinal observado era indicativo de uma ressurgência profunda, lenta e inesperada do manto mais profundo.
 
O autor principal, Matthew Agius, um ex-pa³s-doutorado na Universidade de Southampton e atualmente na Universita  degli studi Roma Tre disse: "Esta foi uma missão memora¡vel que nos levou um total de 10 semanas no mar no meio do Oceano Atla¢ntico . Os resultados incra­veis lana§am uma nova luz em nossa compreensão de como o interior da Terra estãoconectado com as placas tecta´nicas, com observações nunca vistas antes. "

A Dra. Kate Rychert e o Dr. Nick Harmon da Universidade de Southampton e o Professor Mike Kendall da Universidade de Oxford conduziram o experimento e foram os principais cientistas dos cruzeiros. O experimento foi financiado pelo NERC (Natural Environment Research Council, Reino Unido) e o ERC (European Research Council).

Dr. Harmon disse: "Ha¡ uma distância crescente entre a Amanãrica do Norte e a Europa, e não éimpulsionada por diferenças políticas ou filosãoficas - écausada pela convecção do manto!"

Além de ajudar os cientistas a desenvolver melhores modelos e sistemas de alerta para desastres naturais, as placas tecta´nicas também tem um impacto sobre os na­veis do mar e, portanto, afetam as estimativas dasmudanças climáticas em escalas de tempo geola³gicas.

Dr. Rychert disse: "Isso foi completamente inesperado. Tem amplas implicações para nossa compreensão da evolução e habitabilidade da Terra. Tambanãm demonstra como écrucial coletar novos dados dos oceanos. Ha¡ muito mais para explorar!"

O professor Mike Kendall acrescentou: "Este trabalho éempolgante e refuta suposições de longa data de que as dorsais meso-oceânicas: podem desempenhar um papel passivo nas placas tecta´nicas. Sugere que, em lugares como o Meio-Atla¢ntico, as forças na crista desempenham um papel importante papel na separação de placas recanãm-formadas. "

 

.
.

Leia mais a seguir