Uma cervejaria de alta produção que se acredita ter mais de 5.000 anos foi descoberta por uma equipe de arqueólogos em um local funera¡rio no sul do Egito, disse o ministanãrio do turismo

Acredita-se que os tonanãis desenterrados no sul do Egito tenham sido usados ​​para fabricar cerveja há5.000 anos
Uma cervejaria de alta produção que se acredita ter mais de 5.000 anos foi descoberta por uma equipe de arqueólogos em um local funera¡rio no sul do Egito, disse o ministanãrio do turismo no sa¡bado.
O sitio contendo várias "unidades" consistindo de cerca de 40 potes de cera¢mica dispostos em duas fileiras foi descoberto em North Abydos, Sohag, por uma equipe egapcia-americana conjunta, disse o ministanãrio em um comunicado em sua pa¡gina no Facebook.
A cervejaria provavelmente remonta a era do Rei Narmer, citou o secreta¡rio-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Mostafa Waziry, acrescentando que acredita que a descoberta é"a mais antiga cervejaria de alta produção do mundo".
Narmer, que governou hámais de 5.000 anos, fundou a Primeira Dinastia e unificou o Alto e o Baixo Egito.
Os arqueólogos brita¢nicos descobriram a existaªncia da cervejaria no inicio do século 20, mas sua localização nunca foi determinada com precisão, disse o comunicado.
A equipe conjunta egapcio-americana "foi capaz de se reposicionar e descobrir seu conteaºdo", disse a agaªncia.
De acordo com Waziry, a cervejaria era composta por oito grandes áreas que eram utilizadas como “unidades de produção de cervejaâ€.
Cada setor continha cerca de 40 potes de cera¢mica dispostos em duas fileiras.
Uma mistura de gra£os e águausada para a produção de cerveja era aquecida nas cubas, sendo cada bacia "mantida no lugar por alavancas de barro colocadas verticalmente em forma de ananãis".
A cervejaria descoberta em North Abydos provavelmente remonta a era do Rei Narmer,
fundador da Primeira Dinastia que governou hámais de 5.000 anos
Cerveja para 'rituais reais'
O arqueólogo Matthew Adams, da Universidade de Nova York, que chefia a missão conjunta com Deborah Vischak da Universidade de Princeton, disse que estudos mostraram que a cerveja era produzida em grande escala, com cerca de 22.400 litros produzidos por vez.
A cervejaria "pode ​​ter sido construada neste local especificamente para suprir os rituais reais que aconteciam dentro das instalações funera¡rias dos reis do Egito", afirmou o comunicado.
"Provas para o uso de cerveja em ritos de sacrifacio foram encontradas durante escavações nessas instalações", disse o comunicado.
As evidaªncias da fabricação de cerveja no antigo Egito não são novas e as descobertas anteriores lançaram luz sobre essa produção.
Fragmentos de cera¢mica usados ​​pelos egapcios para fazer cerveja e datados de 5.000 anos foram descobertos em um canteiro de obras em Tel Aviv, a Autoridade de Antiguidades de Israel anunciou em 2015.
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Abydos, onde a última descoberta foi desenterrada, rendeu muitos tesouros ao longo dos anos e éfamosa por seus templos, como o de Seti I.
As evidaªncias da fabricação de cerveja no antigo Egito não são novas, e as descobertas
anteriores lançaram luz sobre essa produção
Em 2000, uma equipe de arqueólogos americanos trouxe a luz em Abydos o primeiro exemplo conhecido de uma antiga barcaça solar egapcia, que remonta a primeira dinastia faraa´nica, hácerca de 5.000 anos.
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