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Uma visão nova e mais clara dos cristais ocultos da Terra
Os gea³logos desenvolveram uma nova teoria sobre o estado da Terra bilhaµes de anos atrás, após examinar as rochas muito antigas formadas no manto da Terra abaixo dos continentes.
Por Trinity College Dublin - 17/02/2021


Uma visão da luz transmitida atravanãs de uma seção de 200 ma­crons de uma amostra de peridotito, mostrando os três minerais principais - olivina (verde-claro), ortopiroxaªnio (verde-cinza) e granada (rosa). Crédito: Dra. Emma Tomlinson, Trinity College Dublin.

Os gea³logos desenvolveram uma nova teoria sobre o estado da Terra bilhaµes de anos atrás, após examinar as rochas muito antigas formadas no manto da Terra abaixo dos continentes.

A professora assistente Emma Tomlinson, do Trinity College Dublin, e o professor Balz Kamber da Queensland University of Technology, acabaram de publicar suas pesquisas em um importante jornal internacional, Nature Communications .

Os sete continentes da Terra hoje são construa­dos em torno de um interior esta¡vel chamado cra¡ton, e os gea³logos acreditam que a estabilização do cra¡ton, cerca de 2,5 a 3 bilhaµes de anos atrás, foi cra­tica para o surgimento de massas de terra na Terra.

Pouco se sabe sobre como cra¡tons e seus apoiando manto quilhas formada, mas pistas importantes podem ser encontrados em xenoliths peridotito, que são amostras do manto que são trazidos a superfÍcie da Terra por vulcaµes em erupção.

O Dr. Tomlinson, da Escola de Ciências Naturais da Trinity, disse:

"Tanto as rochas ricas em sa­lica no manto profundo quanto as rochas vulcânica s de baixa viscosidade pararam de ser feitas pela Terra hácerca de 2,5 bilhaµes de anos. Este momento éa fronteira entre os anãons arqueano e proteroza³ico - uma das mais significativas rupturas geola³gicas da Terra escala de tempo."


"Muitas rochas do manto abaixo dos velhos continentes contem uma quantidade surpreendente de sa­lica - muito mais do que a encontrada nas partes mais jovens do manto."

"Atualmente, não háconsenso cienta­fico sobre o motivo disso."

A nova pesquisa, que analisa os dados globais do peridotito do manto, apresenta uma nova explicação para essa observação.

A pesquisa usou um novo modelo termodina¢mico para calcular que a mineralogia incomum se desenvolveu quando a rocha fundida muito quente - maior que 1700 ° C - interagiu com partes mais antigas do manto e isso causou o crescimento de minerais ricos em sa­lica.

"Por mais de 1 bilha£o de anos, de 3,8 a 2,5 bilhaµes de anos atrás, os vulcaµes também explodiram lavas muito incomuns de viscosidade muito baixa - lava que era muito fina, muito quente e frequentemente continha na­veis varia¡veis ​​de sa­lica", acrescentou o Dr. Tomlinson.

"Nossa modelagem sugere que as lavas incomuns eram na verdade as rochas derretidas que interagiam com o manto em grande profundidade e essa interação resultava nonívelvaria¡vel de sa­lica."

O professor Kamber, QUT, disse:

"Tanto as rochas ricas em sa­lica no manto profundo quanto as rochas vulcânica s de baixa viscosidade pararam de ser feitas pela Terra hácerca de 2,5 bilhaµes de anos. Este momento éa fronteira entre os anãons arqueano e proteroza³ico - uma das mais significativas rupturas geola³gicas da Terra escala de tempo."

O que causou essa fronteira permanece desconhecido, mas a pesquisa oferece uma nova perspectiva.

Professor Kamber adicionou:

"Isso pode ter sido devido a uma mudança na forma como o manto flua­a. Uma vez que o manto começou a girar lentamente atéo núcleo (2.900 km), as temperaturas muito altas do anãon arqueano não eram mais possa­veis."

 

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