Os pesquisadores da Duke tem estudado algo que acontece muito lentamente para que nossos olhos vejam.

Domanio paºblico
Os pesquisadores da Duke tem estudado algo que acontece muito lentamente para que nossos olhos vejam. Uma equipe do laboratório do bia³logo Philip Benfey queria ver como as raazes das plantas penetram no solo. Então, eles montaram uma ca¢mera com sementes de arroz brotando em gel transparente, tirando uma nova foto a cada 15 minutos por vários dias após a germinação.
Quando eles reproduziram suas filmagens a 15 quadros por segundo, comprimindo 100 horas de crescimento em menos de um minuto, eles viram que as raazes do arroz usam um truque para ganhar seu primeiro péno solo: suas pontas de crescimento fazem movimentos semelhantes aos de um saca-rolhas, balana§ando e enrolando em um caminho helicoidal.
Usando suas filmagens de lapso de tempo, junto com um roba´ parecido com uma raiz para testar ideias, os pesquisadores ganharam novos insights sobre como e por que as pontas das raazes das plantas giram enquanto crescem.
A primeira pista veio de outra coisa que a equipe percebeu: algumas raazes não conseguem fazer a dança do saca-rolhas. O culpado, eles descobriram, éuma mutação em um gene chamado HK1 que os faz crescer diretamente para baixo, em vez de circular e serpentear como outras raazes fazem.
A equipe também observou que as raazes mutantes cresceram duas vezes mais profundas que as normais. O que levantou uma questão: "O que o crescimento mais tapico da ponta em espiral faz pela planta?" disse Isaiah Taylor, um pa³s-doutorado associado no laboratório de Benfey em Duke.
Movimentos sinuosos em plantas eram "um fena´meno que fascinava Charles Darwin", mesmo 150 anos atrás, disse Benfey. No caso de tiros, háuma utilidade a³bvia: entrelaa§ar e girar torna mais fa¡cil obter uma pegada enquanto sobem em direção a luz do sol. Mas como e por que isso acontece nas raazes era mais um mistanãrio.
A germinação de sementes éum desafio, dizem os pesquisadores. Para sobreviver, a primeira raiz minaºscula que surge precisa ancorar a planta e sondar para baixo para sugar a águae os nutrientes de que a planta precisa para crescer.
O que os fez pensar: talvez nas pontas das raazes esse crescimento em espiral seja uma estratanãgia de busca - uma maneira de encontrar o melhor caminho a seguir, disse Taylor.
Em experimentos realizados no laboratório do professor de física Daniel Goldman na Georgia Tech, observações de raazes normais e mutantes de arroz crescendo sobre uma placa de pla¡stico perfurada revelaram que as raazes espirais normais tinham três vezes mais probabilidade de encontrar um buraco e crescer para o outro lado.
Colaboradores na Georgia Tech e na Universidade da Califa³rnia, Santa Ba¡rbara construaram um roba´ flexavel e macio que se desenrola de sua ponta como uma raiz e o solta em uma pista de obsta¡culos que consiste em pinos espaa§ados de maneira irregular.
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Para criar o roba´, a equipe pegou dois tubos de pla¡stico infla¡veis ​​e os aninhou um dentro do outro. Alterar a pressão do ar empurrou o tubo interno macio de dentro para fora, fazendo com que o roba´ se alongasse da ponta. Contrair pares opostos de "maºsculos" artificiais fez a ponta do roba´ dobrar de um lado para o outro a medida que crescia.
Mesmo sem sensores ou controles sofisticados, a raiz roba³tica ainda foi capaz de abrir caminho atravanãs dos obsta¡culos e encontrar um caminho atravanãs dos pinos. Mas quando a curvatura lateral parou, o roba´ rapidamente ficou preso contra um pino.
Finalmente, a equipe cultivou sementes de arroz normais e mutantes em uma mistura de terra usada para campos de beisebol, para testa¡-las em obsta¡culos que uma raiz encontraria no solo. Com certeza, enquanto os mutantes tinham problemas para se apoiar, as raazes normais com pontas em espiral foram capazes de perfurar.
O crescimento do saca-rolhas da ponta da raiz écoordenado pelo horma´nio vegetal auxina , uma substância de crescimento que os pesquisadores acreditam que pode se mover ao redor da ponta de uma raiz em crescimento em um padrãode onda. O acaºmulo de auxina em um lado da raiz faz com que essas células se alongem menos do que as do outro lado, e a ponta da raiz se curva nessa direção.
As plantas que carregam a mutação HK1 não podem dançar por causa de um defeito na forma como a auxina étransportada de uma canãlula para outra, descobriram os pesquisadores. Bloquear esse horma´nio e as raazes perdem a capacidade de girar.
O trabalho ajuda os cientistas a entender como as raazes crescem em solo compacto e duro.