Pesquisadores usam nova ferramenta para estudar o estresse em bactanãrias que colonizam raazes
A chave para este estudo éentender que as bactanãrias nem sempre são ruins.

Pesquisadores de engenharia biológica no estado de Utah estãotentando entender como podem alavancar os benefacios do microbioma de uma planta em face de condições agracolas adversas. Crédito: Matt Jensen
Uma solução para os muitos desafios da agricultura - secas induzidas pelasmudanças climáticas, menos terras ara¡veis ​​e diminuição da qualidade da a¡gua, para citar alguns - édesenvolver fertilizantes mais inteligentes. Esses fertilizantes teriam como objetivo não apenas nutrir a planta, mas também maximizar os efeitos positivos das bactanãrias do solo na planta. Explorar o microbioma de uma planta pode ser a camada extra de defesa que as safras precisam para prosperar.
Em seu estudo publicado em 4 de dezembro na Nature Scientific Reports , pesquisadores da Utah State University analisaram os efeitos de dois estressores abia³ticos em Pseudomonas chlororaphis O6 (PcO6), uma bactanãria nativa das raazes do trigo de sequeiro no norte de Utah. Eles descobriram que o estresse pode causar alterações de composição nas estruturas extracelulares da bactanãria, chamadas de vesaculas da membrana externa, ou OMVs. Os cientistas sabem hámuito tempo que as células bacterianas liberam OMVs, mas este estudo pergunta quais fatores promovem sua liberação e como a miraade de funções dessas estruturas pode ser alavancada para o benefacio da cultura.
A chave para este estudo éentender que as bactanãrias nem sempre são ruins.
“Ha¡ muito mais aªnfase no que échamado de 'revolução do microbioma', vocêsabe, o fato de vocêcarregar dois quilos de bactanãrias em seu corpo agora, e isso não éde todo ruim; na verdade, éprincipalmente bomâ€, disse David Britt, professor titular de engenharia biológica no estado de Utah. "As plantas também tem um microbioma, ou 'segundo genoma', e émuito importante tentar entender como esse microbioma interage com o meio ambiente e com seu hospedeiro".
Tambanãm a chave para este estudo éentender que o estresse pode ser bom. A bactanãria aqui estudada, por exemplo, protege o trigo da seca, formando uma pelacula ao redor de suas raazes. Mas, com a introdução de pequenaspartículas de micronutrientes, esses benefacios poderiam ser fortalecidos.
"Um pouco de estresse énecessa¡rio", disse Britt. "Vocaª pode realmente preparar todo o sistema para melhorar sob a seca."
Igualmente importantes para os resultados são o instrumento e os algoritmos usados ​​no estudo. Esta éa primeira vez que os pesquisadores usaram a espectroscopia Raman para estudar OMVs de bactanãrias que colonizam raazes. "Poderaamos ter feito muitos ensaios caros para descobrir todas essas coisas diferentes que esta¡vamos interessados ​​em examinar", disse Elizabeth Vargis, professora associada de engenharia biológica da USU.
Em vez disso, explicou Vargis, o uso da espectroscopia Raman juntamente com um algoritmo de aprendizado de ma¡quina permitiu-lhes identificar o tipo de estresse que as bactanãrias estavam experimentando ao liberar esses OMVs e asmudanças composicionais dependentes de estresse neles. Essasmudanças observadas tem implicações para a comunicação canãlula-canãlula e comunicação bactanãria-planta, que são essenciais para uma melhor compreensão do microbioma.
O estudo foi apoiado em parte pela National Science Foundation, a Utah State University Agriculture Experiment Station e o USDA National Institute of Food and Agriculture, mas suas implicações va£o além da agricultura. A espectroscopia Raman suportada pelos algoritmos de aprendizado de ma¡quina éuma ferramenta poderosa que pode ser usada em qualquer estudo biola³gico. "Uma canãlula cancerosa em seu corpo ira¡ liberar vesaculas extracelulares antes que possamos detectar o câncer por meio de outros manãtodos", disse Britt. "Esta éuma técnica muito sensavel."