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Ecossistemas ao redor do globo respiram de maneira diferente em resposta ao aumento das temperaturas
Os ecossistemas terrestres são compostos de plantas, solos, animais e micróbios - todos crescendo, se reproduzindo, morrendo e respirando em uma moeda comum; carbono .
Por Cranfield University - 01/03/2021


Crédito: Unsplash 

A terra armazena grandes quantidades de carbono, mas um novo estudo conduzido pela Dra. Alice Johnston da Cranfield University sugere que a quantidade desse carbono que entra na atmosfera a  medida que as temperaturas sobem depende de quanto longe essa terra estãodo equador.

Os ecossistemas terrestres são compostos de plantas, solos, animais e micróbios - todos crescendo, se reproduzindo, morrendo e respirando em uma moeda comum; carbono . E quanto desse carbono éexpirado (também conhecido como respiração do ecossistema) em comparação com o quanto éarmazenado (por meio da produção prima¡ria) tem impactos nasmudanças climáticas.

Uma preocupação importante éque, se mais carbono for respirado do que armazenado, a taxa de mudança climática pode acelerar ainda mais. No entanto, algumas grandes suposições são feitas nos modelos usados ​​para prevermudanças climáticas - que a respiração do ecossistema aumenta com a temperatura na mesma taxa (dobra para um aumento de temperatura de 10 ° C), independentemente do pra³prio ecossistema. Um novo estudo "Limiares de temperatura para a respiração do ecossistema em escala global" publicado na Nature Ecology & Evolution de um grupo internacional de cientistas liderados pela Dra. Alice Johnston na Cranfield University e o professor Chris Venditti na University of Reading, no entanto, sugere que hádois principais 'limiares' para esta relação.

O estudo, financiado pela Leverhulme Trust, mostra que a respiração do ecossistema não aumenta tão fortemente com a temperatura em climas mais quentes (mediterra¢neos e tropicais) em comparação com climas amenos (temperados), mas mostra um aumento extremo com a temperatura no frio (boreal e tundra) climas. Esta descoberta contradiz vários estudos que mostram uma relação esta¡tica de temperatura-respiração globalmente, mas concorda com as observações feitas em diferentes ecossistemas.

A primeira autora, Dra. Alice Johnston, conferencista em Ciência de Dados Ambientais na Cranfield University, disse: "Os ecossistemas são extremamente complexos e háuma grande variação em quantos e quais tipos de plantas, animais e micróbios estãopresentes em um campo em comparação com o outro muito menos atravanãs dos ecossistemas globais. Dados esses padraµes de mudança na biodiversidade, esperara­amosmudanças na forma como a respiração do ecossistema responde a  temperatura, porque diferentes espanãcies apresentam diferentes sensibilidades a  temperatura. Nosso estudo émuito simples e não captura toda essa variação, mas ele captura três diferenças distintas no padrãode respiração do ecossistema em 210 locais distribua­dos globalmente.

"Fundamentalmente, nossos resultados mostram que a temperatura tem um efeito fraco na respiração do ecossistema em ecossistemas mediterra¢neos e tropicais, um efeito bem conhecido em ecossistemas temperados e um efeito desproporcional em ecossistemas boreais e de tundra . Por um lado, isso éuma preocupação, porque grandes estoques de carbono em climas frios pode ser liberado com o aumento da temperatura. Por outro lado, se a fertilização com CO 2 em regiaµes tropicais promover a produção prima¡ria e o aumento das temperaturas inibir a respiração do ecossistema, climas mais quentes podem se tornar um sumidouro de carbono ainda mais importante. Independentemente disso, este estudo realmente indica que precisamos entender melhor as causas desses limites e o papel vital que a perda de biodiversidade pode estar desempenhando. Isso não apenas melhoraria as previsaµes dasmudanças climáticas , mas incentivaria ainda mais os esforços de conservação. "

O professor Chris Venditti, professor de Biologia Evolutiva da University of Reading, acrescentou: "O impacto da diversidade das plantas no ciclo do carbono terrestre émuito mais conhecido do que a diversidade animal. No futuro, precisamos concentrar nossa atenção na identificação de maneiras gerais, mas realistas para integrar toda a complexidade da comunidade em modelos clima¡ticos. Dessa forma, podemos determinar a perda de biodiversidade ou ganhar pontos de inflexa£o além dos quais os sumidouros de carbono da biosfera são aumentados ou diminua­dos. "

 

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