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Estudo destaca a 'globetrotting desenfreada' do pata³geno estrangulador em cavalos
No maior estudo já feito em um pata³geno equino, cientistas de 18países usaram as mais recentes técnicas de sequenciamento de DNA para rastrear a bactanãria responsável por uma doença chamada 'estrangulamento' em cavalos ao redor do mundo.
Por Jacqueline Garget - 11/03/2021


Pixabay

"Usando sequaªncias de genoma completo, podemos rastrear o movimento de patógenos com alta­ssima precisão, mostrando como e onde intervir para prevenir a propagação da doena§a".

Julian Parkhill

Os resultados, publicados hoje na revista  Microbial Genomics , evidenciam o importante papel desempenhado pela movimentação de cavalos na disseminação da doena§a, proporcionando novas oportunidades de intervenções que ira£o prevenir futuros surtos.

O estrangulamento, causado pela bactanãria Streptococcus equi , éa doença infecciosa mais freqa¼entemente diagnosticada em cavalos, com 600 surtos estimados no Reino Unido a cada ano.

O Streptococcus equi invade os ga¢nglios linfa¡ticos da cabea§a e do pescoa§o dos cavalos, fazendo-os inchar e formar abcessos que podem, em cerca de 2% dos casos, estrangular literalmente o cavalo atéa  morte. Alguns dos cavalos que se recuperam de estrangulamentos permanecem infectados de forma persistente. Esses animais aparentemente sauda¡veis ​​liberam bactanãrias no meio ambiente e espalham a doença para outros cavalos com os quais entram em contato.

Usando o teste de diagnóstico padra£o, as cepas de Streptococcus equi parecem quase idaªnticas. Mas, ao examinar cuidadosamente o DNA da bactanãria, a equipe conseguiu rastrear diferentes variantes a  medida que se espalhavam pelo mundo.

A pesquisa usou o novo recurso online Pathogenwatch , desenvolvido no Wellcome Sanger Institute, para visualizar e compartilhar dados do genoma para rastrear o curso das infecções.

“Juntando o quebra-cabea§a, mostramos que os casos da Argentina, do Reino Unido e dos Emirados arabes Unidos estavam intimamente ligados. Junto com outros exemplos, fornecemos evidaªncias de que o comanãrcio global e a movimentação de cavalos estãoajudando a espalhar a doença ”, disse o professor Matthew Holden, da Universidade de St Andrews, que esteve envolvido no estudo.

"Este estudo mostra mais uma vez o poder dos dados gena´micos para descobrir os detalhes da transmissão do pata³geno local e globalmente", disse o professor Julian Parkhill, do Departamento de Medicina Veterina¡ria da Universidade de Cambridge, envolvido no estudo.

Ele acrescentou: “Usando sequaªncias de genoma completo, podemos rastrear o movimento de patógenos com alta­ssima precisão, mostrando como e onde intervir para prevenir a propagação da doena§a”.

Strangles foi descrito pela primeira vez na anãpoca medieval e, com exceção da Isla¢ndia, afeta cavalos em todos os cantos do mundo. A isenção desta doença de que goza a Isla¢ndia deve-se a  proibição da importação de cavalos, que existe hámais de 1.000 anos.

“Este tem sido um esfora§o de equipe incra­vel, que são foi possí­vel com a colaboração de pesquisadores lideres de vinte e nove institutos cienta­ficos diferentes em dezoitopaíses”, disse o Dr. Andrew Waller, da Intervacc AB.

Os cavalos são transportados em todo o mundo a  medida que se mudam para novas instalações ou participam de competições e eventos. Novos casos de Strangles podem ser evitados tratando os portadores antes de transmitirem a bactanãria.
 
Institutos Colaboradores

Argentina: Clinica Equina, Buenos Aires

Austra¡lia: Universidade de Melbourne

Banãlgica: Universidade de Ghent, Merelbeke

Frana§a: LABa‰O Frank Duncombe, Caen

Alemanha: Labor Dr. Ba¶se GmbH, Harsum

Irlanda: Irish Equine Centre, Naas; University College Dublin

Israel: Instituto Veterina¡rio Kimron, Bet Dagan

Ita¡lia: Universidade de Camerino

Japa£o: Japan Racing Association, Tochigi

Pola´nia: Instituto de Medicina Veterina¡ria, Universidade de Ciências da Vida de Varsãovia - SGGW

Nova Zela¢ndia: Massey University, Palmerston North; Universidade de Waikato, Hamilton

Ara¡bia Saudita: Al Khalediah Equine Hospital, Riyadh

Espanha: Exopol, Saragoa§a; Universidad Complutense, Madrid

Suanãcia: Departamento de Ciências Biomédicas e Saúde Paºblica Veterina¡ria, Universidade Sueca de Ciências Agra¡rias, Uppsala; Intervacc AB, Estocolmo

Holanda: Royal GD, Deventer

Emirados arabes Unidos: Laborata³rio Central de Pesquisa Veterina¡ria, Dubai; Emirates Racing Authority, Dubai

Reino Unido: Animal Health Trust, Newmarket; Instituto de Big Data, Centro Li Ka Shing para Informações e Descobertas em Saúde, Departamento de Medicina de Nuffield, Universidade de Oxford; Centro de Vigila¢ncia de Pata³genos Gena´micos, Wellcome Trust Sanger Institute, Cambridge; Santua¡rio de Cavalos Redwings; Universidade de Cambridge; Universidade de St Andrews

Estados Unidos da Amanãrica: Gluck Equine Research Center, Lexington; Weatherford Equine Medical Center, Texas

Adaptado de um comunicado de imprensa da Intervacc.

 

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