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Missão de gravidade ainda revelando segredos escondidos
Pesquisas recentes mostram como os cientistas combinaram os dados do GOCE com media§aµes feitas nasuperfÍcie para gerar um novo modelo da crosta terrestre e do manto superior.
Por Agência Espacial Europeia - 13/03/2021


Apesar da missão GOCE da ESA ter terminado hámais de sete anos, os cientistas continuam a usar os dados gravimanãtricos deste satanãlite nota¡vel para aprofundar e desvendar segredos sobre o nosso planeta. Pesquisas recentes mostram como os cientistas combinaram dados GOCE com medições feitas nasuperfÍcie para gerar um novo modelo da crosta terrestre e do manto superior. Esta éa primeira vez que tal modelo foi criado dessa forma - e estãolana§ando uma nova luz sobre os processos de placas tecta´nicas. O novo modelo produzido no estudo 3D da Terra da ESA mostra pela primeira vez como o manto sublitosfanãrico édiferente sob os diferentes oceanos e fornece uma visão de como a morfologia e as taxas de propagação das dorsais mesooceânicas: podem estar conectadas com a química profunda e estrutura tanãrmica. Crédito: ESA / Visaµes Planeta¡rias)

Apesar da missão GOCE da ESA ter terminado hámais de sete anos, os cientistas continuam a usar os dados gravimanãtricos deste satanãlite nota¡vel para aprofundar e desvendar segredos sobre o nosso planeta. Pesquisas recentes mostram como os cientistas combinaram os dados do GOCE com medições feitas nasuperfÍcie para gerar um novo modelo da crosta terrestre e do manto superior. Esta éa primeira vez que tal modelo foi criado dessa forma - e estãolana§ando uma nova luz sobre os processos de placas tecta´nicas, que, por sua vez, estãorelacionados a fena´menos como terremotos e erupções vulcânica s.

A litosfera, que inclui a crosta dura do planeta e a parte superior parcialmente derretida do manto superior, éfundamental para a tecta´nica de placas.

A tecta´nica de placas descreve como a crosta édividida em um mosaico de placas que deslizam lateralmente sobre o topo malea¡vel do manto superior e, com isso, da£o origem a um novo leito ocea¢nico ao longo das dorsais mesooceânicas:, montanhas, vulcaµes e terremotos. Uma melhor compreensão desses processos depende do conhecimento das diferenças na temperatura e composição química da litosfera.

Os geofa­sicos medem tradicionalmente a velocidade com que as ondas sa­smicas se propagam quando ocorre um terremoto para determinar a distribuição das propriedades físicas do subsolo. A velocidade das ondas sa­smicas égovernada principalmente pela temperatura das rochas subterra¢neas e, em menor grau, pela densidade.

Aqui, os dados de gravidade do espaço podem ser adicionados a  imagem porque a força do sinal de gravidade estãorelacionada a  densidade. Além disso, os dados dos satanãlites são uniformes em cobertura e precisão, e os satanãlites cobrem áreas onde as medições do solo são escassas.

Uma nova pesquisa publicada no Geophysical Journal International descreve como os cientistas geraram um novo modelo da litosfera usando o poder conjunto de dados gravitacionais GOCE e observações sismola³gicas combinadas com dados petrola³gicos, que vão do estudo de rochas trazidas a superfÍcie e de laboratórios onde os extremos as pressaµes e temperaturas do interior da Terra são replicadas.

Javier Fullea, da Complutense University of Madrid e do Dublin Institute for Advanced Studies, e também coautor do artigo, disse: "Modelos globais anteriores da crosta ou litosfera sofriam de resolução limitada ou eram baseados em um aºnico manãtodo ou conjunto de dados.

"Sa³ recentemente os modelos disponí­veis foram capazes de combinar vários dados geofa­sicos, mas eles eram frequentemente apenas em escalas regionais ou eram limitados pela forma como os diferentes dados são integrados.
 
"Pela primeira vez, fomos capazes de criar um novo modelo que combina vários conjuntos de dados terrestres e de satanãlite GOCE em escala global em uma inversão conjunta que descreve a temperatura real e a composição das rochas do manto."

Lana§ado em 17 de mara§o de 2009, o campo Gravity da ESA e a missão Ocean Circulation
Explorer (GOCE) de estado estaciona¡rio foram a primeira missão Earth Explorer em a³rbita.
Esta nova missão entregou uma grande quantidade de dados para trazer um novonívelde
compreensão de uma das forças mais fundamentais da natureza da Terra - o campo
gravitacional. Este satanãlite gravitacional elegante e de alta tecnologia incorporou muitas
inovações em seu design e uso de novas tecnologias no espaço para mapear o campo
gravitacional da Terra em detalhes sem precedentes. Crédito: ESA osAOES-Medialab

Jesse Reusen, da Delft University of Technology, acrescentou: "Este novo modelo fornece uma imagem da composição e estrutura tanãrmica atuais do manto superior que pode ser usada para estimar a viscosidade. Na verdade, ele já foi usado para estimar o soerguimento pa³s-glacial restante - ou a ascensão da terra após a remoção do peso do gelo - após o derretimento da camada de gelo Laurentide no Canada¡, melhorando nossa compreensão das interações entre a criosfera e a Terra sãolida. Esta pesquisa foi publicada. no ano passado no Journal of Geophysical Research . "

O novo modelo produzido no estudo 3D da Terra da ESA mostra pela primeira vez como o manto sublitosfanãrico édiferente sob os diferentes oceanos e fornece uma visão de como a morfologia e as taxas de propagação das dorsais mesooceânicas: podem estar conectadas com a química profunda e estrutura tanãrmica.

Roger Haagmans da ESA, comentou: "A nossa missão GOCE nunca deixa de impressionar. Os dados que entregou durante os quatro anos de vida em a³rbita continuam a ser usados ​​para compreender as complexidades do nosso planeta. Aqui o vemos brilhar uma nova luz sobre a estrutura de A Terra estãobem abaixo de nossos panãs. Mesmo que os processos ocorram bem no fundo, eles afetam asuperfÍcie da Terra - desde a geração de um leito marinho renovado atéterremotos, portanto, afetam a todos nós.

"Além disso, este éum resultado nota¡vel do projeto 3D Earth e mais um passo significativo para a realização de um dos principais objetivos do nosso programa Ciência para a Sociedade: desenvolver a reconstrução mais avana§ada de nossa Terra sãolida do núcleo a superfÍcie, e seus processos dina¢micos. "

 

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