
Pesquisadores coletando sedimentos perto da falha alpina na Nova Zela¢ndia para estudar a história dos terremotos na área. Crédito: Jamie Howarth / Victoria University of Wellington
Um novo estudo descobriu uma "porta de terremoto" que ocorre naturalmente, que decide quais terremotos podem crescer atéuma magnitude de 8 ou mais.
a€s vezes, o "portão" interrompe terremotos na faixa de magnitude 7, enquanto aqueles que passam pelo portão crescem para magnitude 8 ou mais, liberando mais de 32 vezes mais energia do que magnitude 7.
"Um portão de terremoto écomo alguém direcionando o tra¡fego em uma zona de construção de uma pista. a€s vezes vocêpuxa e vaª um sinal verde 'va¡', outras vezes vocêtem um sinal vermelho 'pare' atéque as condições mudem", disse o gea³logo Nicolas, da UC Riverside. Barth.
Os pesquisadores aprenderam sobre este portão enquanto estudavam a falha alpina da Nova Zela¢ndia, que eles determinaram que tem cerca de 75 por cento de chance de produzir um terremoto prejudicial nos pra³ximos 50 anos. A modelagem também sugere que o pra³ximo terremoto tem 82 por cento de chance de romper o portão e ter magnitude 8 ou maior. Essas percepções agora estãopublicadas na revista Nature Geoscience .
Barth fazia parte de uma equipe de pesquisa internacional que incluaa cientistas da Victoria University of Wellington, GNS Science, University of Otago e US Geological Survey.
Seu trabalho combinou duas abordagens para estudar terremotos: evidaªncias de terremotos anteriores coletadas por gea³logos e simulações de computador executadas por geofasicos. Apenas usando os dois em conjunto os pesquisadores foram capazes de obter uma nova visão sobre o comportamento esperado de futuros terremotos na Falha Alpina.
Escombros após o terremoto de 2011 em Christchurch, Nova Zela¢ndia.
Crédito: Fora§a de Defesa da Nova Zela¢ndia
"Grandes terremotos causam sanãrios abalos e deslizamentos de terra que carregam detritos pelos rios e lagos", disse o principal autor Jamie Howarth, gea³logo da Victoria University of Wellington. "Podemos perfurar vários metros nos sedimentos do lago e reconhecer padraµes distintos que indicam que um terremoto sacudiu a regia£o próxima. Dando os sedimentos, podemos determinar com precisão quando o terremoto ocorreu."
Registros sedimentares coletados em seis locais ao longo da Falha Alpina identificaram a extensão dos últimos 20 terremotos significativos nos últimos 4.000 anos, tornando-o um dos registros de terremoto mais detalhados de seu tipo no mundo.
A integridade desse registro de terremoto ofereceu uma rara oportunidade para os pesquisadores compararem seus dados com um registro de 100.000 anos de terremotos gerados por computador. A equipe de pesquisa usou um ca³digo de simulação de terremoto desenvolvido por James Dieterich, distinto professor emanãrito da UC Riverside.
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Apenas o modelo com a geometria da falha correspondente a falha Alpine foi capaz de reproduzir os dados do terremoto. "As simulações mostram que um terremoto de magnitude menor de 6 a 7 no portão do terremoto pode mudar a tensão e interromper a sequaªncia de terremotos maiores", disse Barth. "Sabemos que as três últimas rupturas passaram pelo portão do terremoto. Em nosso modelo mais adequado, o pra³ximo terremoto também passara¡ 82% do tempo."
Olhando além da Nova Zela¢ndia, os portaµes de terremotos são uma área importante de pesquisa ativa na Califa³rnia. O Southern California Earthquake Center, um consãorcio de mais de 100 instituições das quais o UCR éum membro central, fez dos portaµes de terremotos uma prioridade de pesquisa. Em particular, os pesquisadores estãovisando a regia£o de Cajon Pass perto de San Bernardino, onde a interação das falhas de San Andreas e San Jacinto pode causar um comportamento de portão de terremoto que pode regular o tamanho do pra³ximo terremoto prejudicial la¡.
"Estamos comea§ando a chegar ao ponto em que nossos dados e modelos são detalhados o suficiente para comea§armos a prever os padraµes de terremotos. Nãoapenas a probabilidade de um terremoto, mas o quanto grande e generalizado ele pode ser, o que nos ajudara¡ a nos preparar melhor, "Barth disse.