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Raa­zes continentais de 'autocura' tem implicações para a exploração de minerais preciosos
Um novo estudo da Universidade de Alberta estãolana§ando luz sobre um mecanismo fundamental de como as placas continentais da Terra se curam, com implicaçaµes para a exploraça£o de diamantes e localizaa§a£o de minerais economicamente importantes.
Por Andrew Lyle - 29/04/2021


Doma­nio paºblico

Um novo estudo liderado por gea³logos da Universidade de Alberta estãolana§ando luz sobre um mecanismo fundamental de como as placas continentais da Terra se curam, com implicações para a exploração de diamantes e localização de minerais economicamente importantes.

"Os cra¡tons são as mais antigas massas de terra continentais esta¡veis ​​na Terra e são amplamente conhecidos como reposita³rios de diamantes e metais de importa¢ncia econa´mica", disse Jingao Liu, principal autor e pesquisador visitante do Departamento de Ciências da Terra e Atmosfanãricas. "Rupturas da litosfera abaixo desses cra¡tons podem ser a chave para hospedar depa³sitos minerais de classe mundial, especialmente diamantes e metais preciosos como a platina."

Os cra¡tons sobreviveram bilhaµes de anos sendo arrastados ao redor da Terra pelo movimento das placas tecta´nicas, passando por um complexo ciclo de vida geola³gico de afinamento e cura. Este éo primeiro estudo que fornece evidaªncias do mecanismo que cura a litosfera sob os cra¡tons e cria condições adequadas para a formação de minerais preciosos, explicou Liu.

"Encontramos evidaªncias diretas de que a raiz profunda do manto foi substitua­da hácerca de 1,3 bilha£o de anos", disse Liu, um professor visitante da Universidade de Geociências da China (Pequim), que concluiu a pesquisa com o colaborador Graham Pearson, Diretor de Pesquisa de Excelaªncia do Canada¡ Laureate e Henry Marshall Tory Chair do Departamento de Ciências da Terra e Atmosfanãricas.

"Esta substituição de uma raiz continental profunda mais antiga coincide com o aparecimento de um derramamento gigante de magma basa¡ltico nesta regia£o - conhecido como Grande Evento agnea Mackenzie, um dos maiores da história da Terra", disse Pearson. "Este evento produziu alvos importantes para a mineralização do metal na­quel e platina no artico do Canada¡, e são agora estamos comea§ando a entender sua importa¢ncia para a destruição e formação do diamante - o primeiro atravanãs da remoção da raiz antiga e o último pela criação de um novo espesso litosfanãrico raiz."

Para entender melhor esse processo, os pesquisadores examinaram amostras de erupção de kimberlito com diamante no artico canadense, a leste de Kugluktuk em Nunavut. Usando simulações baseadas em descobertas de campo, a equipe mostrou que restos desse processo de derretimento geola³gico foram redepositados no manto, tornando a espessar a litosfera e mostrando a primeira evidência firme do mecanismo por trás da cura de uma raiz continental.

"Além de aumentar nossa compreensão do mecanismo por trás da recratonização, essas descobertas também tem significado econa´mico", explicou Liu. "Podemos mapear a área da raiz do manto afetada que pode hospedar depa³sitos minerais ligados a este evento - incluindo áreas onde os diamantes podem estar presentes."

A pesquisa foi apoiada por meio do programa Geomapping for Energy and Minerals do Geological Survey of Canada (GSC).

"Esses programas são uma grande ajuda para acadaªmicos e também para a indaºstria", disse Liu. "Este trabalho exigiu que monta¡ssemos uma equipe de pesquisadores cientificamente diversa que inclua­a especialistas em geoquímica, geofa­sica e modelagem geodina¢mica numanãrica."

Além do financiamento, o GSC também forneceu apoio a  pesquisa, incluindo o trabalho do coautor e sisma³logo Andrew Schaeffer.

"Demonstrar que o que antes pensa¡vamos ser cra¡tons antigos e inalterados são de fato substancialmente retrabalhados éuma descoberta importante. Isso implica que háo potencial de várias outras regiaµes crata´nicas terem sido alteradas de forma semelhante, dadas as circunsta¢ncias corretas", disse Schaeffer. "Além disso, estudos como este são extremamente importantes, pois combinam várias facetas das geociências para fazer uma interpretação muito mais robusta."

A pesquisa faz parte de um importante programa de colaboração entre a U of A e a Universidade de Geociências da China (Pequim).

"Esta colaboração serve para explorar as origens e a evolução das raa­zes profundas para os continentes e suas implicações para a criação de depa³sitos minerais de que a humanidade necessita", disse Liu. "Nosso objetivo écontinuar a entender melhor como esses eventos de recratonização concentram metais preciosos na crosta terrestre e onde procurar novos depa³sitos de diamantes."

O estudo, "Recratonização impulsionada pela pluma do manto litosfanãrico continental profundo", foi publicado na Nature .

 

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