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Como o camelo a¡rabe com uma corcova sobrevive sem beber?
Camelus dromedarius éo animal de criação mais importante nas regiaµes a¡ridas e semi-a¡ridas do Norte e Leste da áfrica, na Pena­nsula Ara¡bica e no Ira£, e continua a fornecer necessidades ba¡sicas a milhões de pessoas.
Por Universidade de Bristol - 23/06/2021


Pixabay

Pesquisas lideradas por cientistas da Universidade de Bristol lançaram uma nova luz sobre como os rins do camelo a¡rabe com uma corcunda desempenham um papel importante em ajuda¡-lo a enfrentar os extremos.

Em um novo artigo publicado nesta quarta-feira, 23, na revista Communications Biology , eles estudaram a resposta dos rins do camelo a  desidratação e a s tensaµes de reidratação rápida.

Camelus dromedarius éo animal de criação mais importante nas regiaµes a¡ridas e semi-a¡ridas do Norte e Leste da áfrica, na Pena­nsula Ara¡bica e no Ira£, e continua a fornecer necessidades ba¡sicas a milhões de pessoas.

Acredita-se que tenha sido domesticado de 3.000 a 6.000 anos atrás na Pena­nsula Ara¡bica, o camelo tem sido usado como animal de carga, para passeios e esportes e para produzir leite, carne e abrigo, e ainda hoje são usados ​​para os mesmos fins .

Este animal étão incrivelmente bem adaptado ao ambiente desanãrtico que pode resistir semanas sem acesso a  a¡gua. Um rim muito bem desenvolvido éa chave para produzir urina altamente concentrada e garantir que a águanunca seja desperdia§ada.

No contexto atual de avanço da desertificação e dasmudanças climáticas, háum interesse renovado nas adaptações dos camelos. Além disso, técnicas de laboratório avana§adas permitem estudar os mecanismos genanãticos subjacentes a essas adaptações.

No entanto, não havia, atéo momento, um estudo abrangente e dispona­vel gratuitamente dos genes envolvidos no enfrentamento da desidratação no rim do camelo.

Este projeto nasceu em 2015 com o ini­cio de uma colaboração fruta­fera entre o Laborata³rio do Professor David Murphy na Universidade de Bristol e o Laborata³rio do Professor Abdu Adem na Universidade dos Emirados arabes Unidos.

A equipe analisou como milhares de genes mudaram no rim do camelo como consequaªncia da desidratação e reidratação e sugeriu que a quantidade de colesterol no rim tem um papel no processo de conservação de a¡gua. Eles usaram técnicas diferentes para validar ainda mais esses resultados.

Os autores principais Fernando AlviraI Iraizoz e Benjamin T. Gillard da Escola de Medicina da Universidade de Bristol, disseram: "Uma diminuição na quantidade de colesterol na membrana das células renais facilitaria o movimento de solutos e águaem diferentes seções do rim - um processo que énecessa¡rio para reabsorver águade forma eficiente e produzir uma urina altamente concentrada, evitando assim a perda de a¡gua.

“Esta anã, atéonde sabemos, a primeira vez que onívelde colesterol foi diretamente associado a  conservação de águano rim. Assim, descrevemos um novo papel para esse lipa­dio que pode ser de interesse no estudo de outras espanãcies. "

A equipe também apresenta uma imensa fonte de informação que, conforme mencionado por um dos revisores, émuito valiosa no contexto dasmudanças climáticas e, portanto, ajudara¡ os cientistas a entender os mecanismos de controle da águana desidratação.

Apa³s a publicação desta pesquisa, a equipe agora estãoanalisando como o cérebro do camelo responde aos mesmos esta­mulos e como outras espanãcies, como jerboas e ratos Olive, se adaptam a  vida nos desertos.

 

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