Remanescentes de moléculas orga¢nicas encontradas em núcleos de antigas células de dinossauros
O dinossauro, chamado Caudipteryx, era um pequeno onavoro do tamanho de um pava£o com longas penas de cauda. Ele percorreu as margens dos lagos rasos do Jehol Biota na provancia de Liaoning durante o Creta¡ceo Inferior.

Reconstrução do Jehol Biota e o exemplar bem preservado de Caudipteryx. Crédito: Zheng Qiuyang
Uma equipe de cientistas do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados (IVPP) da Academia Chinesa de Ciências e do Museu da Natureza Shandong Tianyu (STM) isolou células de cartilagem primorosamente preservadas em um dinossauro de 125 milhões de anos do Nordeste China que contanãm núcleos com restos de moléculas orga¢nicas e cromatina. O estudo foi publicado na Communications Biology nesta sexta-feira, 24.
O dinossauro, chamado Caudipteryx, era um pequeno onavoro do tamanho de um pava£o com longas penas de cauda. Ele percorreu as margens dos lagos rasos do Jehol Biota na provancia de Liaoning durante o Creta¡ceo Inferior.
"Dados geola³gicos se acumularam ao longo dos anos e mostraram que a preservação de fa³sseis na Biota de Jehol foi excepcional devido a s finas cinzas vulcânica s que sepultaram as carcaças e as preservaram atéonívelcelular", disse Li Zhiheng, professor associado do IVPP e co- autor deste estudo.
Os cientistas extraaram um pedaço de cartilagem articular distal do faªmur direito desse espanãcime, descalcificaram-no e usaram diferentes microscopia e manãtodos químicos para analisa¡-lo. Eles perceberam que todas as células haviam sido mineralizadas por silicificação após a morte do animal. Essa silicificação éprovavelmente o que permitiu a excelente preservação dessas células.
Eles também descobriram dois tipos principais de células: células que eram sauda¡veis ​​no momento da fossilização e células não tão sauda¡veis ​​que eram porosas e fossilizadas durante o processo de morte. “a‰ possível que essas células já estivessem morrendo antes mesmo do animal morrerâ€, disse Alida Bailleul, professora associada do IVPP e autora correspondente deste estudo.
A morte celular éum processo que ocorre naturalmente ao longo da vida de todos os animais. Mas ser capaz de colocar uma canãlula fossilizada em um ponto especafico dentro do ciclo celular ébastante novo na paleontologia. Este éum dos objetivos dos cientistas do IVPP: melhorar a imagem celular em fa³sseis.
Além disso, a equipe isolou algumas células e as corou com um produto quamico usado em laboratórios biola³gicos em todo o mundo. Essa substância química roxa, chamada hematoxilina, éconhecida por se ligar ao núcleo das células. Depois de tingir o material do dinossauro, uma canãlula de dinossauro mostrou um núcleo roxo com alguns fios roxos mais escuros. Isso significa que a canãlula de dinossauro de 125 milhões de anos tem um núcleo tão bem preservado que retanãm algumas biomoléculas originais e fios de cromatina.
A cromatina dentro das células de todos os organismos vivos na Terra éfeita de moléculas de DNA compactadas. Os resultados deste estudo fornecem dados preliminares sugerindo que os restos do DNA original do dinossauro ainda podem ser preservados. Mas para testar isso com precisão, a equipe precisa fazer muito mais trabalho e usar manãtodos químicos que são muito mais refinados do que a coloração que eles usaram aqui.
"Vamos ser honestos, obviamente estamos interessados ​​em núcleos de células fossilizadas porque éaqui que a maior parte do DNA deveria estar se o DNA fosse preservado", disse Alida Bailleul. No ano passado, ela publicou outro estudo relatando preservação nuclear e de biomoléculas excepcionais nas células da cartilagem de um dinossauro de Montana. “Portanto, temos bons dados preliminares, dados muito interessantes, mas estamos apenas comea§ando a entender a bioquímica celular em fa³sseis muito antigos. neste ponto, precisamos trabalhar mais. "
A equipe insiste que precisam fazer muito mais análises e atémesmo desenvolver novos manãtodos para entender os processos que podem permitir a preservação de biomoléculas em células de dinossauros, porque ninguanãm jamais sequenciou com sucesso qualquer DNA de dinossauro. Na antiga comunidade do DNA, manãtodos de sequenciamento são usados ​​para confirmar se o DNA antigo estãopreservado nos fa³sseis. Atéagora, esses manãtodos funcionaram apenas para fa³sseis jovens (não muito mais velhos do que cerca de um milha£o de anos), mas nunca funcionaram para material de dinossauro. Os dinossauros são considerados velhos demais para reter qualquer DNA. No entanto, os dados químicos coletados pelos cientistas do IVPP e STM sugerem o contra¡rio.
Mesmo que mais dados devam ser coletados, este estudo definitivamente mostra que células fa³sseis de dinossauros de 125 milhões de anos não podem ser consideradas 100% rocha. Eles não estãocompletamente "apedrejados". Em vez disso, eles ainda contem restos de moléculas orga¢nicas. Agora, évital descobrir exatamente o que são essas molanãculas, se elas retem alguma informação biológica e vestagios de DNA.