Muitas coisas podem dar errado quando um a³vulo fertilizado se transforma em um embria£o e, por fim, da¡ origem a um recanãm-nascido, pois as mutaa§aµes no genoma que afetam o desenvolvimento são relativamente comuns.

Uma sanãrie de interruptores no genoma garante o desenvolvimento correto das extremidades - e deu margem de manobra a evolução para produzir extremidades muito diferentes. Crédito: KEYSTONE / Science Photo Library / Paul D Stewart
Um sistema sofisticado orienta o desenvolvimento de nossos membros. Pesquisadores da Universidade de Basel lançaram uma nova luz sobre o kit de ferramentas genanãticas usado durante a evolução para criar uma variedade de extremidades diferentes, como nadadeiras, asas, cascos, dedos dos panãs e das ma£os.
Muitas coisas podem dar errado quando um a³vulo fertilizado se transforma em um embria£o e, por fim, da¡ origem a um recanãm-nascido, pois as mutações no genoma que afetam o desenvolvimento são relativamente comuns. O fato de o desenvolvimento embriona¡rio geralmente ser perfeito para humanos e animais se deve ao fato de que os programas genanãticos são controlados por uma sanãrie de circuitos genanãticos que podem se apoiar mutuamente de forma autorregulata³ria.
Esta robustez dos programas de desenvolvimento éum interesse chave do grupo de pesquisa liderado pelo Professor Rolf Zeller e PD. Dra. Aimanãe Zuniga do Departamento de Biomedicina da Universidade de Basel. Eles buscam obter insights sobre este processo estudando um regulador chave do desenvolvimento dos membros, uma proteana chamada "Gremlin1". Essa proteana impede que as células formem ossos muito cedo e funciona no ajuste fino da atividade de várias redes de sinalização, conectando-as umas a s outras. Mais importante ainda, Gremlin1 éresponsável pela formação correta dos chamados botaµes dos membros, que são a minaºscula estrutura embriona¡ria que dara¡ origem a s nossas extremidades.
Uma rede garante um desenvolvimento perfeito
Estudos com embriaµes de camundongos permitiram aos pesquisadores decifrar outronívelde regulamentação - e robustez - desse programa de desenvolvimento. Na revista cientafica Nature Communications , eles descrevem uma sanãrie de "interruptores" embutidos no genoma de todos os vertebrados que garantem que a quantidade correta de Gremlin1 seja produzida no lugar certo. Essas opções são chamadas de "reala§adores".
Zuniga compara o sistema que ela e sua equipe estãoinvestigando com o sistema de iluminação de uma sala que écontrolado por uma sanãrie de interruptores. A luz permite ler as instruções para construir extremidades corretamente formadas. “No inacio, não sabaamos o que cada botão individual contribui para iluminar a salaâ€, explica a pesquisadora. "Pode haver um interruptor mestre que desligue todas as luzes, tornando as instruções impossaveis de ler. Em vez disso, agora sabemos que todos os interruptores contribuem para o sistema de iluminação: se um interruptor estiver quebrado, a quantidade de luz éapenas marginal ou não afetados e as informações ainda podem ser lidas. a‰ por isso que o sistema étão robusto. Por outro lado, uma vez que muitos interruptores são quebrados, muito pouca informação pode ser lida e, na pior das hipa³teses, nenhuma. "
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Na verdade, a análise de Ph.D. o estudante Jonas Malkmus e colegas mostraram que interruptores individuais podem ser inativados sem interromper Gremlin1 ou o desenvolvimento das extremidades. No entanto, abaixo de um certo limite de interruptores em funcionamento, o sistema falha e ocorrem malformações. "As maºltiplas salvaguardas no sistema explicam por que defeitos de nascena§a devido a alterações genanãticas na regulação Gremlin1 são extremamente raros", diz Malkmus.
Estabilidade com potencial de mudança
Em seguida, os pesquisadores começam a identificar as raazes evolutivas desta robusta sanãrie de interruptores. Eles descobriram que o núcleo desta sanãrie de interruptores que garantem a quantidade e distribuição corretas de Gremlin1 em embriaµes humanos já existia em peixes hámais de 400 milhões de anos. “Isso mostra que a evolução já tinha o kit de ferramentas para desenvolver as extremidades antes mesmo das nadadeiras evoluarem para pernas e os primeiros animais desembarcaremâ€, explica Zuniga. O que mudou ao longo da evolução foi a atividade de intensificadores individuais e, como resultado, a distribuição de Gremlin1. "A atividade dos interruptores genanãticos e a distribuição de Gremlin1 nos botaµes dos membros prefigura seu desenvolvimento subsequente em nadadeiras, asas, cascos ou ma£os e panãs", explica Zeller.
Se apenas um interruptor regulasse a produção de Gremlin1, então a pressão evolutiva para mantaª- lo exatamente como estãoseria enorme. "Um sistema com muitos switches garante que o sistema não falhe facilmente", diz Zuniga. "E da¡ a evolução espaço paramudanças." Portanto, os interruptores individuais foram capazes de mudar sem pressão significativa, e isso desempenhou um papel no desenvolvimento de uma ampla gama de extremidades durante a história da evolução.