Os conservacionistas da ilha identificam as principais barreiras para atingir as metas de biodiversidade
As ilhas são hotspots de biodiversidade, mas, paradoxalmente, também são hotspots de extina§a£o.

Os conservacionistas da ilha identificam as principais barreiras para atingir as metas de biodiversidade - Crédito da imagem: Shutterstock
Os impactos de espanãcies exa³ticas invasoras, perda de habitat emudanças climáticas são agravados em pequenas nações insulares, que são altamente dependentes da biodiversidade para seu bem-estar econa´mico e social. O fracasso em cumprir as metas globais de biodiversidade indica claramente a necessidade de esforços de gestãoe conservação da biodiversidade mais eficazes, e isso, por sua vez, requer uma melhor compreensão das barreiras atuais para o sucesso.
Pesquisa com conservacionistas de ilhas no Oceano andico Ocidental revelou uma sanãrie de barreiras operando em vários naveis de manejo, que interferem em sua capacidade de atingir os objetivos de conservação locais e nacionais. Os problemas mais comuns foram capacidade limitada, recursos limitados e falta de coordenação governamental. Essas barreiras impedem a capacidade dospaíses de cumprir as metas nacionais e contribuir para as metas globais de biodiversidade. O artigo foi publicado hoje na Conservation Science and Practice.
April Burt , da Universidade de Oxford e principal autora do estudo, disse: 'Ao definir essas barreiras por meio de pesquisa sistema¡tica, elas podem ser apresentadas para discussão entre profissionais de todos os naveis gerenciais.'
Um praticante de conservação descreveu a “fragmentação de esforçosâ€, em que os praticantes “não tem ideia do que estãoacontecendo em outras ilhas†e estão“todos fazendo a mesma coisa, de maneiras ligeiramente diferentes, mas não compartilhando as lições aprendidasâ€.
April Burt disse, 'Essa falta de conexão e colaboração torna difacil rastrear e sintetizar os resultados do manejo da conservação, compilar dados nacionais, identificar ações bem-sucedidas (e malsucedidas) e, em última insta¢ncia, maximizar o uso de recursos e o manejo eficaz.'
Uma das descobertas mais surpreendentes foi a prevalaªncia em que os conservacionistas encontraram egos e conflitos interpessoais dentro da alta administração como a principal barreira. Um praticante descreveu como “'egos' hista³ricos governam as organizações de uma abordagem de cima para baixoâ€.
Embora o estudo enfoque as principais barreiras, ele também destaca soluções potenciais.
April Burt diz: 'a‰ importante reconhecer que, apesar das barreiras delineadas neste estudo, háuma grande quantidade de trabalho de conservação crucial e bem-sucedido sendo realizado pelos praticantes da regia£o. Muitos deles já reconheceram certas barreiras e estãolidando com elas de forma proativa; por exemplo, criando cargos de gerenciamento de dados ou desenvolvendo colaborações com institutos de pesquisa para facilitar a análise de dados. '
Um exemplo fornecido foi o de uma ONG que coordena reuniaµes anuais para grupos focais sobre aves marinhas e um dos programas de recuperação de espanãcies de aves terrestres endaªmicas de longo prazo, apesar de não receber mais fundos do projeto para fazer isso.
Por fim, April Burt diz: 'Encontrar soluções significativas depende de sermos honestos, realistas e autocraticos, mas implementa¡-las exigira¡ investimento emnívelnacional. Somente assim podemos aumentar a eficácia de nossa gestãonos naveis local e nacional e maximizar nossas chances de atingir as metas globais de biodiversidade. '