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Gaªnero dos dragaµes australianos determinado por diferenças epigenanãticas
Publicado hoje na PNAS , o estudo mostrou que os lagartos-draga£o são determinados como machos ou faªmeas por diferenças epigenanãticas e não genanãticas osisto anã,mudanças na vizinhana§a cromossa´mica do gene, e não no pra³prio gene.
Por Universidade La Trobe - 18/01/2022



Crédito: Universidade La Trobe

Uma equipe de geneticistas australianos descobriu que o gene que determina o sexo dos lagartos-draga£o funciona de maneira diferente da maneira como os genes sexuais funcionam em outros animais.

Publicado hoje na PNAS , o estudo mostrou que os lagartos-draga£o são determinados como machos ou faªmeas por diferenças epigenanãticas e não genanãticas osisto anã,mudanças na vizinhana§a cromossa´mica do gene, e não no pra³prio gene.

O estudo foi coautor da Professora Jenny Graves da Universidade La Trobe, juntamente com o colaborador Professor Arthur Georges e membros da sua equipa da Universidade de Canberra, incluindo os primeiros autores Dr. Xiuwen Zhang e Dr. Susan Wagner.

O professor Graves disse que a equipe de pesquisa ficou surpresa com a descoberta.

"Na³s olhamos para os genes dos cromossomos sexuais em ambos os sexos, e não conseguimos encontrar nenhuma sequaªncia de DNA que os distinguisse uns dos outros. Nãoconseguimos entender por que eles não estavam agindo da mesma maneira", disse o professor Graves.

“Foi particularmente estranho, porque os dois cromossomos sexuais parecem bem diferentes ao microsca³pio.

"Nossa descoberta foi a percepção de que esse DNA repetitivo pode distorcer o cromossomo W para que o gene sexual seja lido incorretamente", disse o professor Graves.

"Então, em vez de o sexo ser determinado pela sequaªncia ba¡sica de um gene sexual - como nos humanos e em todos os outros animais que conhecemos - no lagarto draga£o, tratava-se da 'vizinhana§a' cromossa´mica bizarra do gene."

O professor Graves disse que a descoberta ilustra como o Projeto BioGenoma da Terra mudara¡ a maneira como os cientistas fazem pesquisas biológicas.

O professor Graves éautor de dois artigos da PNAS , também publicados hoje, que trazm os objetivos e o progresso deste grande projeto internacional para sequenciar os genomas de todas as 1,8 milha£o de espanãcies de animais, plantas, fungos e organismos unicelulares com núcleo.

"Na³s nunca tera­amos descoberto esta maneira única de fazer a determinação genanãtica do sexo se apenas olha¡ssemos para humanos, camundongos e peixes-zebra! Espanãcies peculiares como lagartos-draga£o podem fornecer novas informações sobre genes e regulação genanãtica", disse o professor Graves.

"O Projeto BioGenoma da Terra nos dara¡ informações cra­ticas sobre toda a vida complexa no planeta, como ela funciona e como evoluiu. Mais importante, ele nos ajudara¡ a identificar e salvar espanãcies ameaa§adas e monitorar os sistemas ecola³gicos que geram ar limpo, águae alimentos que sustentam a vida humana."

O professor Graves disse que, com as previsaµes atuais indicando que a Terra perdera¡ 50% da biodiversidade atéo final deste século, a corrida estãopara completar o projeto de 10 anos.

"Atéo final de 2022, teremos sequenciado 3.100 espanãcies, acima de algumas centenas de apenas alguns anos atrás. Estamos a um bom caminho em direção ao nosso objetivo da Fase 1 de sequenciar as 9.400 espanãcies que representam cada familia taxona´mica."

O professor Graves disse que a equipe internacional não se intimida com o objetivo de criar uma biblioteca digital dos genomas de 1,8 milha£o de espanãcies.

"Parece impossí­vel, mas, por causa dos grandes saltos na tecnologia, na verdade custara¡ menos e levara¡ menos tempo do que levou para sequenciar o genoma humano há20 anos", disse o professor Graves.

 

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