Pla¡stico foi encontrado no gelo marinho do artico, nas barrigas das baleias e na atmosfera da Terra, e os governos estãosob crescente pressão para se unir em aa§a£o contra o flagelo global.

Pla¡stico foi encontrado no gelo marinho do artico, nas barrigas das baleias e na atmosfera da Terra.
Espera-se que mais de 100 nações reunidas em Naira³bi na próxima semana deem os primeiros passos para estabelecer um tratado global hista³rico para enfrentar a crise do pla¡stico que aflige o planeta.
Pla¡stico foi encontrado no gelo marinho do artico, nas barrigas das baleias e na atmosfera da Terra, e os governos estãosob crescente pressão para se unir em ação contra o flagelo global.
Os negociadores estãoelaborando a estrutura para um tratado de pla¡stico legalmente vinculante que diplomatas dizem ser o pacto ambiental mais ambicioso desde o Acordo de Paris de 2015 sobremudanças climáticas .
"Este éum grande momento. Este éum dos livros de história", disse Inger Andersen, chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a AFP esta semana.
O escopo exato do tratado continua a ser definido. Ha¡ propostas concorrentes sendo elaboradas antes de uma cúpula ambiental da ONU de três dias que comea§a na segunda-feira em Naira³bi.
Espera-se que lideres mundiais e ministros do meio ambiente se encontrem pessoalmente e virtualmente para iniciar o processo do tratado, nomeando um comitaª de negociação para finalizar os detalhes da polatica nos pra³ximos dois anos.
Mas mais de 50países, juntamente com cientistas, empresas e grupos ambientais, pediram publicamente novas regulamentações ragidas sobre a indústria para conter a torrente de pla¡stico que entra no meio ambiente.
Isso pode incluir limites na produção de novo pla¡stico osque éfeito de petra³leo e gás, e deve dobrar até2040 osredesenhando produtos para tornar a reciclagem mais fa¡cil ou menos prejudicial e eliminando itens de uso aºnico.
Pescadores separam suas capturas de uma rede em a¡guas poluadas por pla¡stico em Bandar Lampung, na Indonanãsia.
'Tratado com os dentes'
Muitospaíses, incluindo grandes produtores de pla¡stico como Estados Unidos e China, expressaram apoio geral a um tratado, mas não chegaram a endossar medidas especaficas.
Mas háum amplo consenso de que ospaíses agindo sozinhos não podem resolver o problema, e énecessa¡ria uma resposta global coordenada.
Desde a década de 1950, a taxa de produção de pla¡stico cresceu mais rápido do que qualquer outro material, superando amplamente os esforços nacionais para manter o meio ambiente limpo.
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Hoje, cerca de 300 milhões de toneladas de resíduos pla¡sticos oso equivalente ao peso da população humana ossão produzidos a cada ano.
Menos de 10% éreciclado, com a maioria terminando em aterros sanita¡rios ou nos oceanos.
Segundo algumas estimativas, o equivalente a um caminha£o de lixo de pla¡stico édespejado no mar a cada minuto, sufocando a vida marinha e poluindo as costas do mundo. Partículas microsca³picas de pla¡stico também podem entrar na cadeia alimentar , eventualmente se juntando a dieta humana.
Pesadelo do pla¡stico: Um aterro sanita¡rio em Bulawayo, Zimba¡bue.
"Nãoéalgo que pare na fronteira. Como sabemos pelos pla¡sticos no oceano... seu lixo se torna meu lixo, e meu lixo se torna seu lixo", disse Andersen.
Em outubro, dezenas de grandes corporações, incluindo Coca-Cola e Unilever, disseram que um tratado de pla¡sticos com metas obrigata³rias era “crucial para estabelecer um alto padrãocomum de ação para todos ospaíses cumpriremâ€.
Grupos ambientais continuam cautelosos e querem metas concretas e mecanismos de aplicação consagrados em qualquer tratado para garantir a responsabilidade.
"Estamos olhando para algo que éjuridicamente vinculativo e tem consequaªncias, e não apenas um tratado que as pessoas podem assinar... mas não tem os dentes para morder", disse Erastus Ooko, do Greenpeace áfrica.
'Pronto para a mudança'
Alguns dos maiores fabricantes de pla¡sticos do mundo também expressaram apoio a um tratado, mas dizem que a proibição de certos materiais criaria interrupções na cadeia de suprimentos e impediria melhorias na reciclagem.
Grupos ambientais alertaram que gigantes do pla¡stico tentariam desviar as negociações em Naira³bi de compromissos firmes destinados a levar as empresas a produzir menos pla¡stico.
Ganhos laquidos: a empresa francesa Fil & Fab pega redes de pesca antigas e as transforma
em gra¢nulos de nylon que são incorporados em novos produtos.
Duas das propostas do tratado adotam uma abordagem de "fonte para o mar": visando não apenas o lixo nos oceanos e aterros sanita¡rios, mas também a poluição causada pela fabricação de novos pla¡sticos a partir de combustaveis fa³sseis.
Essas propostas osuma patrocinada por Ruanda e Peru e outra pelo Japa£o ostem amplo apoio e estãosendo combinadas para chegar a um consenso, disseram fontes com conhecimento das negociações em Naira³bi.
Uma terceira proposta da andia osque pedia medidas volunta¡rias osnão tem amplo apoio.
"Acho que o mundo estãopronto para uma mudança na forma como nos relacionamos com o pla¡stico", disse Marco Lambertini, diretor geral do WWF.