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Formiga-touro desenvolve nova maneira de combater a dor
A equipe acredita que as ligaa§aµes entre a sinalizaa§a£o do EGF e a dor crônica estãoganhando força e estãoconfiante de que este estudo pode inspirar novas maneiras de tratar a dor a longo prazo.
Por Universidade de Queensland - 03/03/2022


Formiga-touro australiana. Crédito: Wikipedia

As formigas-touro australianas desenvolveram uma molanãcula de veneno perfeitamente ajustada para atingir um de seus predadores osa equidna osque também pode ter implicações para pessoas com dor a longo prazo, dizem pesquisadores da Universidade de Queensland.

Dr. Sam Robinson e David Eagles, do Instituto de Biociaªncia Molecular da UQ, encontraram um componente do veneno da formiga-touro que explora uma via de dor em mama­feros, que eles acreditam ter evolua­do para impedir que as equidnas atacassem os ninhos das formigas.

"Os venenos são coquetanãis complexos e, embora o veneno da formiga-touro contenha moléculas semelhantes a s encontradas nas picadas de abelhas que causam dor imediata, também encontramos uma nova molanãcula intrigante que era diferente", disse Robinson.

Enquanto procurava em bancos de dados sequaªncias de aminoa¡cidos semelhantes, o Dr. Robinson descobriu que a molanãcula combinava com a sequaªncia de horma´nios de mama­feros relacionados ao Fator de Crescimento Epidanãrmico (EGF), e destes, estava mais intimamente relacionado com a da equidna.

"Testamos a molanãcula do veneno em receptores de EGF de mama­feros e foi muito potente - isso nos convenceu de que a molanãcula do veneno estava la¡ para se defender contra os mama­feros", disse ele.

"Passamos a mostrar que, embora não causasse dor direta, a molanãcula causou hipersensibilidade de longa duração.

"Muitos pequenos marsupiais carna­voros, como bandicoots, comem formigas individuais, mas apenas a equidna éconhecida por atacar ninhos de formigas-touro e atingir seus filhotes - achamos que tornar a equidnasensívela  dor, em conjunto com a dor imediata da 'picada de abelha' , pode dissuadi-lo de retornar aos ninhos.

"Vocaª pode ver claramente no DNA da formiga que ela estãoproduzindo uma molanãcula que imita um horma´nio de seu inimigo natural e o estãousando como uma arma contra ele - isso traz a  mente o antigo provanãrbio 'para conhecer seu inimigo, vocêdeve se tornar seu inimigo'. inimigo.'"

A equipe acredita que as ligações entre a sinalização do EGF e a dor crônica estãoganhando força e estãoconfiante de que este estudo pode inspirar novas maneiras de tratar a dor a longo prazo.

Drogas inibidoras de EGF estãoprontamente disponí­veis no mercado e são usadas na terapia anticâncer para retardar o crescimento do tumor, com evidaªncias sugerindo que os pacientes que as tomam experimentam menos dor a longo prazo.

"Esperamos que, ao destacar o papel desta via de sinalização na dor, possamos encorajar diferentes estratanãgias para o tratamento da dor, especialmente a dor de longo prazo para a qual o tratamento éatualmente limitado", disse o Dr. Robinson.

 

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