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Estudo: O fluxo de gelo émaissensívelao estresse do que se pensava
Mudanças em uma equaa§a£o chave de fluxo de gelo podem refinar as estimativas de aumento doníveldo mar.
Por Becky Ham - 11/03/2022


A taxa de fluxo de gelo da geleira émaissensívelao estresse do que o calculado anteriormente, de acordo com um novo estudo de pesquisadores do MIT que inverte uma equação de décadas usada para descrever o fluxo de gelo. Na foto, o campo de gelo de Juneau, no Alasca. Créditos: Foto: Joana Millstein

A taxa de fluxo de gelo da geleira émaissensívelao estresse do que o calculado anteriormente, de acordo com um novo estudo de pesquisadores do MIT que derruba uma equação de décadas usada para descrever o fluxo de gelo.

O estresse, neste caso, refere-se a s forças que atuam nas geleiras anta¡rticas, que são influenciadas principalmente pela gravidade que arrasta o gelo para baixo em direção a elevações mais baixas. O gelo viscoso das geleiras flui “realmente de maneira semelhante ao mel”, explica Joanna Millstein, estudante de doutorado no Glacier Dynamics and Remote Sensing Group e principal autora do estudo. “Se vocêespremer mel no centro de um pedaço de torrada e ele se acumular la¡ antes de escorrer para fora, éexatamente o mesmo movimento que estãoacontecendo com o gelo.”

A revisão da equação proposta por Millstein e seus colegas deve melhorar os modelos para fazer previsaµes sobre o fluxo de gelo das geleiras. Isso pode ajudar os glaciologistas a prever como o fluxo de gelo da Anta¡rtida pode contribuir para o aumento futuro doníveldo mar, embora Millstein tenha dito que éimprova¡vel que a mudança de equação eleve as estimativas de aumento doníveldo mar além dos na­veis ma¡ximos já previstos nos modelos de mudança climática.

“Quase todas as nossas incertezas sobre o aumento doníveldo mar vindo da Anta¡rtida tem a ver com a física do fluxo de gelo, então esperamos que isso seja uma restrição a essa incerteza”, diz ela.

Outros autores do artigo, publicado na Nature Communications Earth and Environment , incluem Brent Minchew, Cecil and Ida Green Career Development Professor no Departamento de Ciências da Terra, Atmosfanãricas e Planeta¡rias do MIT, e Samuel Pegler, um acadêmico universita¡rio da Universidade de Leeds.

Benefa­cios do big data

A equação em questão, chamada Lei do Fluxo de Glen, éa equação mais usada para descrever o fluxo de gelo viscoso. Foi desenvolvido em 1958 pelo cientista brita¢nico JW Glen, um dos poucos glaciologistas que trabalhavam na física do fluxo de gelo na década de 1950, de acordo com Millstein.

Com relativamente poucos cientistas trabalhando no campo atérecentemente, juntamente com o afastamento e a inacessibilidade da maioria das grandes camadas de gelo das geleiras, havia poucas tentativas de calibrar a Lei de Fluxo de Glen fora do laboratório atérecentemente. No estudo recente, Millstein e seus colegas aproveitaram uma nova riqueza de imagens de satanãlite sobre as plataformas de gelo da Anta¡rtida, as extensaµes flutuantes da camada de gelo do continente, para revisar o expoente de estresse da lei de fluxo.

“Em 2002, esta grande plataforma de gelo [Larsen B] desmoronou na Anta¡rtida, e tudo o que temos desse colapso são duas imagens de satanãlite com um maªs de diferença”, diz ela. “Agora, nessa mesma área, podemos obter [imagens] a cada seis dias.”

A nova análise mostra que “o fluxo de gelo nas regiaµes mais dina¢micas e de mudança mais rápida da Anta¡rtida osas plataformas de gelo, que basicamente retem e abraçam o interior do gelo continental osémaissensívelao estresse do que comumente se supaµe”, diz Millstein. . Ela estãootimista de que o crescente registro de dados de satanãlite ajudara¡ a capturarmudanças rápidas na Anta¡rtida no futuro, fornecendo informações sobre os processos fa­sicos subjacentes das geleiras.   

Mas o estresse não éa única coisa que afeta o fluxo de gelo, observam os pesquisadores. Outras partes da equação da lei de fluxo representam diferenças de temperatura, tamanho e orientação do gra£o de gelo e impurezas e águacontidas no gelo ostodas as quais podem alterar a velocidade do fluxo. Fatores como a temperatura podem ser especialmente importantes para entender como o fluxo de gelo afeta o aumento doníveldo mar no futuro, diz Millstein.

Quebra sob tensão

Millstein e colegas também estãoestudando a meca¢nica do colapso do manto de gelo, que envolve modelos fa­sicos diferentes daqueles usados ​​para entender o problema do fluxo de gelo. “A rachadura e quebra do gelo éo que estamos trabalhando agora, usando observações de taxa de deformação”, diz Millstein.

Os pesquisadores usam o InSAR, imagens de radar dasuperfÍcie da Terra coletadas por satanãlites, para observar deformações das camadas de gelo que podem ser usadas para fazer medições precisas de tensão. Ao observar áreas de gelo com altas taxas de deformação, eles esperam entender melhor a taxa na qual fendas e fendas se propagam para desencadear o colapso.

A pesquisa foi apoiada pela National Science Foundation.

 

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